Passe Livre irrita tanto a direita quanto os petistas, por Francisco Toledo

Enviado por Leo V

Do Democratize, no Medium

O MPL irrita tanto a direita quanto os petistas

É no mínimo interessante ver novamente pessoas como Reinaldo Azevedo, colunista clássico da direita brasileira, e Emir Sader — o pai dos defensores do PT — se unirem em um grito contra o Movimento Passe Livre. Isso mostra o quão importante é existir de fato uma nova via política que venha das ruas, e tenha uma cara completamente diferente daquela representada no bipartidarismo que se tornou o Brasil pós-ditadura.

 

 

Em junho de 2013 não foi diferente.

Quem não se lembra do jornalista Paulo Henrique Amorim chamando os manifestantes contra a tarifa de “mimados de classe média”? E quem não se lembra também, de ver o pseudo-intelectual Arnaldo Jabour falar asneiras em rede nacional, praticamente exigindo mais repressão contra o MPL, que seriam para ele “rebeldes sem causa”?

O jogo só virou quando a opinião pública também virou. Ai, profissionais sem a mínima opinião que são, também acabaram por mudar de lado.

E lá vem 2016, menos de três anos depois, tudo acontecer novamente. O primeiro ato do Movimento Passe Livre neste ano ocorreu em três capitais do Brasil, na sexta-feira (08). A cidade de São Paulo contou com o maior protesto — mais de 10 mil pessoas compareceram. E também contou com a maior repressão. Mais de 15 pessoas foram presas, vários feridos — apesar da mídia convencional e seu negacionismo.

Não passou nem dois dias do ato, e dois célebres personagens decidiram colocar a cara pra fora novamente — Emir Sader e Reinaldo Azevedo.

O colunista da revista VEJA, de uma forma um tanto irracional e — me perdoe a palavra — burra, usou sua capacidade intelectual para “descobrir” que o ato contra o aumento da tarifa em São Paulo na realidade é pelo “Fica Dilma”. Resta saber se foi uma colocação simplesmente baseada na sua inteligência, que é nula, ou na má intenção simplesmente.

Já o pai dos petistas no Twitter, Emir Sader, usou aquele velho jargão: MPL? “Aquela esquerda que a direita adora”. Claro, adora tanto que o governador Geraldo Alckmin deu sinal verde para uma série de agressões policiais contra manifestantes e imprensa.

E é bom que ambos pensem desta forma. A existência de um movimento como o MPL é o que mantém, de certa forma, a bipolaridade fora das ruas. PT e PSDB vivem uma guerra dentro de Brasília, no poder institucional, e fazem o máximo possível para levar essa guerra para a rua, com manifestações contra e pró o governo Dilma.

O ano de 2015 foi praticamente assim — até o momento em que os secundaristas, assim como o MPL, mostraram para que veio.

Enxergando como uma grande ameaça — não só aos seus respectivos políticos envolvidos e aliados de empresas de transporte urbano — a possibilidade de uma nova onda de protestos desarticulados e baseados em pautas como a redução da tarifa tomarem conta das ruas no Brasil, ambos fazem o possível para criticar e tentar ao máximo jogar um pro lado do outro.

Enquanto o petista Emir Sader enxerga no MPL uma ameaça ao prefeito Fernando Haddad, o “tucano dentro do armário” Reinaldo Azevedo vê nos protestos do MPL no começo deste ano uma ameaça ao movimento pelo impeachment, pelo simples fato de que o Passe Livre pode retomar pra si o protagonismo das ruas, até então dominado pelos movimentos de direita em 2015.

E nós, no meio do furacão, entre erros e acertos, não podemos permitir que ambos acabem com isso. Terça-feira tem mais.


Texto por Francisco Toledo, co-fundador e fotojornalista da Agência Democratize

 

 

 

 

 

Redação

64 Comentários

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  1. Eles querem que as passagens

    Eles querem que as passagens sejam grátis, beleza eu também quero, mas de onde viria a “grana”para isso acontecer? Para mim o “x”da questao é esse, será que o movimento tem essa a fórmula para solucionar o problema?

    1. Não adianta perguntar

      Nem o MPL e nem os seus defensores jamais explicaram isso. Como essa proposta deles de passe livre é só pra justificar a existência de um movimento antipetista, eles nem se preocupam em explicar.

      Pergunte a algum dos MPL’s se eles conhecem alguma cidade do mundo que oferece passe livre (sim, elas existem) e como funciona o sistema por lá. Espere sentado a resposta…

      1. Não existem mais!

        Os paradigmas de cidades que mantinham passe livre no mundo (conforme o próprio MPL) desistiram em 2013 do passe livre devido aos custos crescentes,  na Bélgica (Hasselt com 70.000 habitantes) que era uma comuna que tinha na distância mais larga de suas fronteiras algo da ordem de poucos quilômetros, e deveria ter umas poucas linhas de transporte, mesmo assim não aguentou.

  2. O MPL foi alvo de inúmeras

    O MPL foi alvo de inúmeras críticas. Justa ou injustas. Mas aqui deixo meu pitaco. Tranporte público de qualidade, acessível, é tema de políticas públicas, não temo como negar isso. Está acima de bipartidarismo e picuinhas políticas. Agora, pergunto: Por onde andou o MPL quando vieram à tona para o grande público, os escândalos do Metrô de SP? Ou o caríssimo monotrilho que funciona de forma capenga? Não são temas que dizem respeito ao tranporte público em uma megalópole como São Paulo? Ou também porque não questionaram a licitação das linhas de ônibus da cidade de São Paulo? E não me venham falar que tem apoio do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que por sinal não tenho conhecimento sobre posicionamente quando seguranças do Metrô de SP agrediram estudantes secundaristas não faz muito tempo. Os estudantes secundaristas da rede pública de São Paulo mostraram uma maturidade impressionante, muitos ficaram espantados com a garotada. Já o pessoal do MPL, estão devendo…..

    1. Perfeito

      Cara, seu comentário é perfeito. A questão não é de demonizar o movimento, mas de cobrar um mínimo de corerência sem a qual fica clara uma atuação com intenções não declaradas, bem diferentes daquilo que é alegado.

      Dizer que o trabalhador não aguenta R$ 3,80 mas ficar quieto, com a roubalheira do metrô, as obras paradas dos monotrilhos ou a ineficiência crônica e diária da CPTM é ser flagrantemente oportunista. Quer dizer então que o trabalhador aguenta R$ 3,50 mas não aguênta R$ 3,80?

      E não adianta vir com a mesma conversinha mole de 2013 e dizer que “não é só os 30 centavos”. O silência dos tês anos em que essa turma se manteve quietinha diante de tudo que naquela época diziam que o movimento significava além do 20 centavos mostrou que realmente eram só os 20 centavos mesmo, não venham agora dizer que tinha algo mais, se foram completamente omissos sobre tudo de mais durante 3 anos.

      Um movimento de pauta única que alega ter uma preocupação social mas se omite em todos os momentos onde essa preocupação social tornou-se candente como um nervo exposto na sociedade, não pode ser nada além de puro e cínico oportunísmo.

    2. Por onde andavam?

      Por onde andou o MPL quando vieram à tona para o grande público, os escândalos do Metrô de SP?

      No mesmo lugar em que estiveram durante os aumentos da tarifa de metrô e de ônibus (enquanto a Prefeitura de Sampa não era do PT): em algum lugar entre a órbita de Plutão e a próxima galáxia…

      1. E por onde andou o petismo?

        Diz aí uma manifestação pública do petismo contra esses mal feitos. Cadê as concentrações e manifestações nas ruas do petismo, contra a corrupção no Metrô, contra os aumentos das tarifas de Metrô e dos ônibus? Com Hadad prefeito o petismo nâo pode protestar, afinal, os aumentos de passagem, das companhias que contribuem com o caixa de camnpanha, são aumentos “cumpanheros”.

  3. por que irritam o pt?

    porque o pt, como todo partido de origem à esquerda, é altamente vulnerável aos oportunistas de direita que ascendem, invariavelmente, na burocracia partidária, com aquele usual discurso extremado para camuflar o próprio conservadorismo.

    há bom tempo, o pt é um partido, quando muito, de centro, e isso só não está mais evidenciado porque a oposição majoritária optou pela extrema direita onde se alojou confortavelmente a planejar um golpe palaciano.

    falta, no brasil, uma alternativa genuinamente de esquerda pois o psol aparenta, também, ser presa fácil dos oportunistas de sempre.

    diferentemente do que pregam os arautas da casa-grande e seus esbirros serviçais voluntários, o brasileiro sempre foi instintivamente simpático às idéias socialistas, ainda que entorpecido pela idiotia condicionante dos meios de comunicação de massa monopolizados pela mídia corporativa: o ‘pig’.

    o movimento passe-livre merece ser prestigiado porque a causa é justíssima, visto que a função do estado é distribuir renda, e o transporte público gratuito, além de ser instrumento para isso, é dever dele, estado, tanto quanto direito do cidadão de transitar livremente.

  4. O direito de ir e vir

    Independente das razões dos protestos serem ou não justas, a forma como essas manifestações ocorrem é agressiva, impositiva, impede o legítimo direito de ir e vir. Tantos protestos dos alunos e professores em SP (todos justos) se revelaram grosseiros e mal educados quando colocaram cadeiras em importante cruzamento da cidade, atazanaram com a vida a metropole e do trabalhador que, a priori, nada tem a ver com o protesto . Hoje, fica dificil marcar e honrar compromisso em São Paulo, tamanha a bagunça. Em especial na região da avenida Paulista ouj dependendo de transporte urbano por aquela via. Primeiro,´o MPL deveria estudar e apresentar uma fórmula que torne viável a passagem gratis para todos. Quebrar bancas de jornais, atirar pedras, interromper a revelia do combinado uma avenida como a 23 de Maio é anarquia, é provocação, é agressão ao direito de ir e vir. Quanto a isso, o governador Alckmin, que se mostrou tão grave e sério no combate aos protestos dos estudantes, deveria ter agora e sempre a mesma postura, dar segurança à sua mal paga PM para agir contra os excessos que impedem ônibus e troléubis de trafegarem. Chega de bagunça, façam protestos no Morumbi ou no campo de Bagatelle. Mas com a preocupação de não in terromperem o direito de ir e vir. 

      1. razões do bom senso

        A ironia é infundada, não se trata de razões da direita ou da esquerda. São razões do bom  senso, da boa educação, do respeito ao próximo. Uma minoria não tem o direito de causar tantos transtornos a maioria do povo de uma cidade grande. Um grupo não pode, deliberadamente, partir para a depredação, para o impedimento ou cerceamento do direito de ir e vir.  Essa conduta invasiva quase que diariamente e quase sempre nas mesmas regiões (a avenida Paulista) passou dos limites.  Está na hora do povo e da mídia cobrar das autoridades um freio nessa anarquia insensível.

        1. Quem se incomoda com os movimentos sociais não é o bom senso.

          Mas o senso da direita, que é contra tudo que ameaça o status quo. O petismo anda abraçado com o status quo, por isso se alia como unha e carne com a direita, ataca os movimentos sociais que não podem controlar, com o mesmo rancor direitista, pois isso atrapalha a sua “governabilidade”, os conchavos alimentados por corrupção selados com as mais venais forças das DIREITAS. O petismo anda incomodado com os movimentos sociais, igual a todos agrupamentos de DIREITA.

  5. Movimento pontual

    Considero legítimo o Movimento. No entanto penso que, enquanto for um movimento pontual, focado unicamente na extinção da tarifa será um movimento fraco. Seria importante contextualizar o papel do estado na abordagem. Principalmente o papel que o estado tem na gerência da distribuição da renda. Aí as perguntas que o cometarista Elvys (abaixo) fez, passam a fazer muito mais sentido. 

    Penso que é possível sim TARIFA ZERO. E quem deveria prover esta tarifa zero são todos os que andam de carro. Com subsídios do estado. É um modo bem coerente de ver o estado como aquele que controla o modo como as pessoas irão participar da distribuição da renda. 

    Sobre o papel do estado na distribuição da renda basta olhar como o estado define as taxas de juros, salário mínimo, etc…. Para ver que tem papel central na definição do modo como a riqueza produzida será distribuída.

    Enquanto for um movimento pontual será fraco. Quando contextualizar poderá ganhar força.

  6. O ruim é que o MPL não tem

    O ruim é que o MPL não tem compromisso nenhum com sua causa, que é infinita, tanto faz como tam fez a vitoria e a derota. Não discutem o tema a fundo, mesmo por que isso iria enquadralos e isso é o que eles menos querem.

    A causa do MPL se disfarçada de passagem livre, mas no fundo é um novo contrato social.

    1. Qual é o problema de exigir um novo contrato social?

      Num país com as iniquidades, as injustiças e discrepâncias das diferenças sociais que temos?  Exigir isso é um mérito. Desmérito é se aferrar a boquinhas do poder, como o PT faz, para garantir e manter o status quo do qual se beneficia, alguns até pela via da corrupção.

  7. Fico intrigado vendo esse MPL

    Fico intrigado vendo esse MPL nascer com a Prefeitura Haddad e só reclamar do transporte municipal. Aí tem coisa. Gostaria de ver de perto uma manifestação dele, pois conheço a cara do operário, conheço a cara do jovem pobre.

  8. Suplicy

    Na administração Erundina, o então vereador Eduardo Suplicy, apresentou a proposta de tarifa zero, baseando a cobraça no IPTU, se não me enganso.

    Foi taxado de louco, inclusive por muitos petistas, enquanto esse petista subia no muro, sem entender nada, de tão visionária e revolucionária era a proposta.

    Seria muito interessante resgatar essa proposta do Eduardo, traze-la para os tempos atuais (atualizá-la), para nós fazer essa discussão aqui, coisa que o PSTU, digo, MPL não irá fazer, pois isso não vem ao caso.

    1. Tarifa zero

      Existem duas maneiras de se pagar um serviço público: direta ou indiretamente.  No caso dos transportes, o pagamento é direto.  Se fosse indireto – isto é, tarifa zero, com o custo caindo sobre o orçamento – o transporte ficaria  MUITO MAIS BARATO. É só pensar que, no caso dos ônibus, tiraríamos o cobrador (se são dois, motorista e ele, praticamente a metade de economia na condução do coletivo), além da redução de custos na venda de passagens, controle dos usuários, manuseio do dinheiro arrecadado etc. etc.  Se lembrarmos que os empregadores devem fornecer  vales-transportes aos empregados, é só mudar o endereço de destino dessa verba toda para termos transportes públicos “gratis” para toda a população. Acho que foi isso que o Suplicy pensou, mas se esqueceu dos interesses da máfia que controla essa área em todo o país.

      1. Aumentar imposto predial para o transporte não é viável …

        Aumentar imposto predial para o transporte não é viável a longo prazo.

        Nas cidades norte-americanas em que houve um aumento significativo dos impostos municipais para pagar diversos benefícios a população levou-se ao caos a administração destas cidades. O processo foi assim, aumetou-se em muito os impostos municipais principalmente nas casas maiores, ficou interessante para os construtores migrarem para outras cidades com imposto mais baixo, com a migração caiu a arrecadação dos impostos, como só ficaram nas cidades os mais pobres a pressão por mais serviços sociais aumentou, com isto as cidades simplesmente faliram.

        Ou se criam impostos nacionais, que terão resistência de todos que moram em localidades pequenas, ou no mínimo impostos regionais.

        O problema são as contas, não há claro quanto seria a despesa com o transporte livre para todos, também não é claro quanto seria o aumento dos impostos locais, se seria somente o IPTU, ou os outros. Tem que fazer uma avaliação e apresntar os valores, não adianta ficar só com suposições.

    2. o que tornou aquela proposta inviável?

      que ela seria paga pelo andar de cima.

      só isso.

      … que é muito, considerando que, no brasil, cidadão de 1ª classe não paga imposto.

  9. MPL?

    Só cresceu e apareceu por conta do apoio da grande mídia que viu nele (MPL) uma possibilidade de desestabilizar o PT (não só o Hadad). Me parece uma meninada boba, ingênua e deslumbrada.

    Também me parece ingênua ou mesmo maliciosa (quem sabe?) a análise de que são (o MPL) uma mostra de que há uma via fora da tal “bipolarização” PT/PSDB.

    A pergunta que me faço é: qual é o engajamento desse pessoal do MPL nas lutas popilares? Quais suas posições acerca de outras temas fundamentais da pauta democrática e popular, da pauta da esquerda em geral?

    O que pensam sobre a democratização da mídia, por exemplo?

    São capazes de entender/admitir que foram usados pela direita e pela mídia em 2013?

    1. são bandeiras …

      de uma luta muito maior.

      a catraca livre é apenas uma delas, resgatada por esse movimento.

      a idéia foi atacada antes, quando proposta pela administração erundina, inclusive por alguns oportunistas do próprio pt, que já se alojavam no partido no início dos 90.

      o debate perde sentido se se resume à hipotética desonestidade política dos líderes desse movimento.

      isso, os líderes, são mais importante que debater políticas públicas que realmente atinjam e interessem a base?

      se os tais líderes não estiverem a altura do movimento, a própria base dele pode corrigir, mas condenar uma demanda de justeza indiscutível porque se desconfia da honestidade de seus organizadores não é apenas incoerente, como parece ciumeira de burocrata.

      Hadad deve receber as lideranças desse movimento junto com sua base legislativa para viabilizar a proposta de catraca livre, obrigando o andar de cima a pagar os impostos que sempre sonegaram.

      deve-se avançar nas políticas públicas de inclusão social.

      antigamente, as catracas eram livres em dias de eleições e em feriados pátrios. hoje, nem isso.

      1. alguns cometários

        Caro Mauro,

        1) Haddad e Alckmin convidaram o mpl para debater o assunto em 2013 e o mpl, no alto de sua arrogância, recusou solenemente.

        2) O mpl nunca vai no âmago da questão que, na verdade, são dois: a) a lentíssima velocidade com que o metrô de SP é construído; b) a máfia de 3 famiglias que comanda o transporte por ônibus na capital paulista. E, aliás, máfia semelhantes atuam nas outras capitais e cidades por todo o país. Quando o mpl fez manifestação em frente às garagens, ou em frente à casa das 3 famiglias? Quando o mpl ofereceu apoio ao prefeito para enfrentar essa máfia? Lembre que a prefeita Marta Suplicy teve que andar com segurança e colete à prova de balas quando instalou o Bilhete Único.

        3) O consórcio mpl-black-bloc não tem bandeira. Em 2013 quando foram confrontados com argumentos começar com a palhaçada de “não é só pelos 20 centavos, é por todo o resto”. Todo o resto Mauro? Isso não é bandeira em lugar algum.

        1. continuação

          4) Até entendo que preço de passagem pode ser objeto de discussão pública mas tem hora e local para isso e não é tentando invadir a prefeitura (2013) destruindo ônibus e tacando fogo pelas ruas que se discute isso.

          5) Até entendo que preço de passagem pode ser objeto de discussão pública mas temos prioridades atualmente que é a “luta muito maior” que você cita mas não define. Essa bandeira sem bandeira é o maior problema do consórcio mpl-black-bloc. O quebra-quebra como esporte. Menimos mimados quebrando a cidade pois não foram atendidos em seus pedidos pelo titio prefeito.

          1. caro socram

            a nossa discordância pelo que estou entendendo está na atuação do mpl.

            mas não vejo isso como relevante porque se há oportunismo, e sempre há, caberia ao prefeito abraçar a causa, dando um “chega prá lá” neles.

            ultra-radicais sempre aparecem nesses movimentos; sempre. o pt, na sua 1ª infância, estava infestado deles: sou testemunha.

            esses arruaceiros não tiram a legitimidade do movimento pois … eram 10 mil arruaceiros nas ruas?

            quanto as “bandeiras”, isso está vinculado ao comentário anterior como “democratização da mídia; imposto sobre grandes fortunas; imposto sobre exportação de minérios; imposto sobre lucros financeiros … enfim: tributar a casa-grande como nunca se fez neste país.

  10. Este artigo é completamente

    Este artigo é completamente equivocado.

    O texto perde qualquer relevância já no início ao comparar Emir Sader com Reinaldo de Azevedo. Menos, né seu Leo V. Direito seu discordar do Emir, mas encontre alguém no campo da direita do mesmo nível, se for capaz …

    O fato é que a “falta de bandeira política” do mpl é exatamente uma das táticas da direita para governar. Aqui reside o maior equivoco deste texto. A não-bandeira do sou contra tudo que está aí, a tentativa de criminalização geral da política – alô Curitiba ! – mas sem fulanizar, sem dar nome aos bois é tática velha da direita.

    O mpl trabalha sim para os governos de direita.

    1. sobre o mpl

      Alguns pontos que estão claros :

      1) MPL = Black-blocs. Não há infiltração dos BB nas manifestações do mpl. São os próprios.

      2) é um movimento que proteje o psdb e o governador de SP.

      3) é um movimento que claramente é contra o prefeito Haddad (em junho de 2013 o atual prefeito estava apenas há 6 meses no cargo)

      4) é um movimento disfarçadamente altruísta, meninos de classe média “defendendo” os pobres trabalhadores que não podem pagar o aumento das passagens. Alguém vê algum trabalhador de fato nas manifestações?

      5) é um movimento que comete crimes como incendiar espaço público, destruir ônibus, ameaçar pessoas, entre outros.

      1. Outro grave erro deste texto

        Outro grave erro deste texto é confundir o legítimo movimento dos estudantes secundaristas que se mobilizaram pela educação com os arruaceiros do consórcio MPL/Black-bloc.

        Uma coisa é a luta legítima pela qualidade do ensino, com bandeira bem definida e estatégia. Mantiveram os colégios limpos e, inclusive, consertaram equipamentos quebrados, vazamentos, etc.

        Outra coisa é fazer arruaça. Dizer “sou contra tudo e contra todos”. E usar essa falsa revolta para tacar fogo na cidade, destruir ônubus, tacar fogo no carro de um trabalhador (fusca) pobre com sua familia.

        Favor não confundir os marginais do consórcio MPL/Black-blocs com estudantes !

        1. Se esforce para separar a

          Se esforce para separar a luta do secundaristas do MPL.

          Claro, não era MPL, mas qualquer um próximo aos movimentos reais e não às fofocas institucionais sabe que o movimento dos secundaristas tinha influência do MPL até por ter inúmeros militantes do mesmo na linha de frente.

          Incrível que esse ódio neopetista contra o MPL cega. Chega a ser burro, como o Emir Sader, que na ânsia governista afirma que o o MPL é contra o Haddad, quando na verdade as manifestações são contra a tarifa. São os próprios governistas que deixam o Alckmin pra debaixo do tapete quando associam a tarifa aoo Haddad.

          O mais interessante é: onde estavam essesneopetistas quando o MPL em São Paulo fazia protestos contra aumento de tarifa na gestão Kassab que contavam com a presenção até de vereadores petistas?

          1. Puxa, sério ?

            1) Kassab pegou a passagem em R$ 1,70 e entregou o governo com a passagem em R$ 3,00, 76% de aumento. Não houve nenhuma manifestação de parar a cidade, tampouco esse quebra-quebra promovido pelo consórcio mpl-black-bloc.

            2) Passagens de ônibus (prefeitura) e metrô (governo estadual) tem o mesmo preço e aumentam de forma igual. O consórcio mpl-black-bloc só se manifesta na frente da prefeitura, nunca em frente ao Palácio dos Bandeirantes. Porque? É muito longe? Vai cansar suas perninhas? Em 2013 quase invadiram a prefeitura qubrando os vidros da porta de entrada e incendiaram um veículo em frente do local, com todos os graves riscos de explosão. Pagaram pelo prejuízo? Claro que não.

            3) O consórcio mpl-black-bloc nunca se manifesta sobre a corrupção no metrô, o trensalão. E nem vá dizer que corrupção não é tema da campanha de vocês.

            4) O consórcio mpl-black-bloc nunca se manifesta sobre o infinito adiamento das obras do metrô e do monotrilho. É nesses transportes onde está o ponto chave para o transporte urbano numa região metropolitana do tamanho da grande SP e que inclui 35 municípios.

            Que bom que você me informou que não é contra o Haddad. Imagina se fosse …

  11. Nenhum dos lados sabe do que fala…

    Antes de escrever meu comentário eu li todos os outros. E pude perceber claramente que as pessoas que comentaram a reportagem NÃO SE UTILIZAM DO TRANSPORTE PÚBLICO. É bem claro que os srs. que fizeram os comentários acima raramente ou talvez nunca andem de ônibus em alguma metrópole brasileira. Me parecem pessoas que teoriocamente vem falar de transporte público olhando de dentro de seus veículos particulares de janelas fechadas e ar condicionado ligado. Assim como são todas as pessoas (de esquerda ou direita) que gerenciam o transporte público nas grandes cidades brasileiras. Aqui em BH é bem claro que nenhum dos funcionários e diretores da BHTrans com alguma possibilidade de influir no gerenciamento do transporte tenha sequer subido alguma vez num ônibus. E me parece que os pobres garotos do MPL sofrem do mesmo problema… E essa falsidade explícita se revela clara na hora que expoem suas demandas.

    Quanto ao financiamento de um possível passe livre nos transportes públicos ele já existe sob a figura do vale-transporte. Este dispositivo financiado pelos empresários e trabalhadores é a forma mais usual de pagamento nos transportes públicos e para o financiamento de um transporte público gratuito e de boa qualidade era só usar este dinheiro todo do vale-transporte para financiar uma empresa pública de transporte e não para transferir para empresários gananciosos e desonestos que possuem as concessões de ônibus em todo país ( nem preciso citar nomes pois todos sabemos que existem máfias de empresários ligados a reacionários de direita dominando os transportes públicos em todas as grandes cidades). Se todo dinheiro arrecadado com o vale-transporte fosse destinado exclusivamente ao transporte público, e não para enriquecer esses empresários-bandidos, sobraria verba para um transporte não só decente mas também de boa qualidade e gratuito para os usuários. No entanto ninguém faz essa proposta! Nem direita, nem esquerda nem MPL. E porque ?? pura e simplesmente porque nenhum deles se utiliza de forma regular dos transporte públicos, em especial do ônibus. E mesmo os ilustres comentaristas desse blog e os jornalistas em geral nunca se utlizaram dos ônibus para seu transporte diário. Aí vemos esses delírios completamente fora da realidade expressos na reportagem, pelo MPL e até pelos críticos ao MPL. Todos não passam de burguesinhos confortavelmente sentados no seu carrinho do ano com as janelas fechadas e o ar condicionado ligado e sem a menor ideia do que venha a ser ter de pegar ônibus todos os dias como eu sou obrigado a fazer.

      1. Esse aí é campeão.

        O ódio que demonstra contra o MPL só não é maior, do que sua ignorância sobre movimentos sociais. Traz aquele ranço de coxinha que nunca anda de ônibus, a última vez foi em tempos imemoriais de sua esquecida adolescência, desde então tira carro da garagem para ir comprar pão na padaria do bairro. Transporte público não é assunto que lhe apetece, espera que outros reivindiquem e façam manifestação por esta causa, que definitivamente não se identifica com ela, no máximo quando for contra um governador que não é garantia de suas boquinhas. Tem todos instrumentos daqueles bundinhas que quando chutam a lataria de sua “caranga”, sente profunda dor nos saco; sem carro ele é broxa.

  12. Para mim a proposta do MPL é

    Para mim a proposta do MPL é claramente equivocada. A Tarifa 0 apenas nos ônibus simplesmente aprofundaria o problema do transporte urbano Brasileiro.ônibus só é transporte de Massa no Brasil. Na Realidade, Transporte de massa DE VERDADE é sobre trilhos. Trens e metrô. Qualquer melhoria no transporte público das nossas grandes cidades que não envolvam em criar redes de trem/metrô nas que não tiverem, ou ampliar significativamente nas que já existem, é perfumaria.

    A provável consequencia do passe livre apenas nos ônibus seria que as pessoas talvez desistissem de metrô/Trens para se deslocar de graças. mais pessoas nos ônibus = mais ônibus = mais trânsito=mais tempo gasto pelo trabalhador nos seus deslocamentos e mensos tempo com a família.

    Será que o trabalhador quer DE VERDADE ônibus gratuito ?? Será que muitos deles, em àreas nas quais o transporte rodoviário é a única opção, não preferiam ter transporte sobre trilhos ?? OS trabalhadores fazem parte do MPL ?? O MPL se deu ao trabalho e ouvir os trabalhadores e saber o que eles pensam sobre o transporte urbano ?  Se o sujeito não preferia continuar pagando o que paga, ou até pagar um pouco mais, só que gastando uma hora a menos de deslocamento por dia ??

     

     

    1. Concordo com você, o

      Concordo com você, o trabalhador foi consultado? Estão discutindo o tipo de transporte – ônibus, trem/metrô?  Foram atazanar o Prefeito, o Governador, o bispo ou o que for? Se fizeram, ninguem ouviu ou viu…Problemas de comunicação? E no caso de tarifa ZERO, qual será a qualidade do transporte público? Meu caso: moro na Penha, Zona Leste de São Paulo e trabalho no Centro da Capital. Utilizo ônibus para ir e voltar do trabalho todo dia, pois é de conhecimento público a situação da Linha 3 – Vermelha do Metrô paulistano. MPL e seus defensores, este usuário do transporte público da cidade de São Paulo espera um resposta

    2. Será que o trabalhador quer DE VERDADE ônibus gratuito ??

      A pergunta deixa claro que quem pegunta se exclui da classe trabalhadora.

      Outra que deixa bandeira é a observação: “ônibus só é transporte de Massa no Brasil”.

      Salvo um minimo de tranporte sobre trilhos, retritos a poucas metrópoles brasileiras e de forma muito limitada, que outros transportes de massas existem no país? o cidadão é daquela classe mérdia que nunca usa ônibus, que acha que o trabalhador pode esperar para que, daqui a um século, esteja disponível o transporte sobre trilhos para todos. Mais coxinha, impossível.

       

      1. Almeida, vamos a uma recuperação da história.

        Primeiro o transporte sobre trilhos não é algo inviável para o Brasil. Porto Alegre até 1970 tinha uma rede pública de “bondes” que invejaria qualquer cidade europeia nos dias atuais. As linhas iam até os limites da cidade, os bondes eram bem mais confortáveis e muito menos poluentes que os ônibus, e o mais incrível de tudo, a cidade era mais pobre que nos dias atuais.

        As licitações para transporte sobre trilhos são inviabilizadas simplesmente porque no custo delas são colocados os custos dos TRILHOS, enquanto nas licitações que compreende ônibus ou arremedos de BRTs, o custo da via fica tudo por conta da população.

        Fico realmente impressionado que alguém como tu, feche os olhos para esta realidade, pois o transporte sobre trilhos, além do conforto atende prerequisistos de sustentabilidade, não poluição de todos os tipos. Chamo a atenção que uma frota de ônibus tem que ser trocada a cada 10 anos, enquanto bondes e outros materiais ferroviários duram NO MÍNIMO 30 anos (há em diversos países europeus, bondes com mais de 50 anos de existência totalmente operacionais). Isto significa que não são sucateados e que não há novo aporte de energia no sistema.

        Fico realmente surpreso com alguém que se diz favorável a sustentabilidade de tudo que se utilize, fechando os olhos para o evidente, também fico surpreso que feche os olhos para a realidade técnica do assunto, adotando um discurso pró-rodoviarismo COMPLETAMENTE DEFASADO DE QUALQUER ASSUNTO QUE POSTASSE NOS ÚLTIMOS ANOS, isto mostra a visão seletiva que tens do que é sustentável ou não.

        Não é necessário se esperar um século para o trandsporte sobre trilhos, as cidades europeias que não tinham este transporte, em nome da sustentabilidade e de respeito ao meio ambiente começaram a construir linhas deste tipo nos últimos dez anos.

        Fico surpreso que apoies um tranporte baseado em combustíveis fósseis e não em eletricidade, e agora vejo a imagem correta do ALMEIDA que vem escrevendo sobre meio ambiente nos últimos anos!

        1. Onde o meu curtíssimo texto diz que sou contrário aos trilhos?

          Apenas constato que os trilhos não são a realidade cotidiana de transportes da imensa maioria dos brasileiros. Estamos em 2015, acorda, não há mais bondes circulando nas ruas das cidades brasileiras, não estamos mais nos anos 1960.

          Essa é a realidade que temos, O MPL luta sobre a realidade de que imensa maioria dos usuários de transportes públicos se valem dos ônibus, como movimento social ele não pode reivindicar sobre as passagens de meios de tranportes inexistentes. Que sentido faria alguém levantar em Porto Alegre nos dias atuais, o passe livre para os serviços de bonde?  

          Você inventou um texto “meu” para “contestá-lo”, atacou suas próprias invencionices.

          1. Qual Almeida que devo acreditar?

            Não dizes que és contra trilhos, só dizes que a única solução são os ônibus.

            Vejo um texto que é Almeida lutando pelo transporte rodoviário versus outros textos de Almeida lutando pela transformação total da sociedade na direção da sustentabilidade, mesmo que este decrescimento seja algo bem mais radical do que lutar por um transporte sustentável.

            Qual Almeida que devo levar em conta? O Almeida que mesmo sabendo que o transporte sobre trilhos, desde os metrôs até os bondes é o mais sustentável, nega totalmente qualquer luta nesta direção. Ou devo acreditar no Almeida que pede uma revolução completa do consumo do uso do petróleo em nome da sustentabilidade.

            Acredito no Almeida que colocou na rede dezenas de publicações tais como:

            O crescimento econômico no século 21https://jornalggn.com.br/blog/almeida/o-crescimento-economico-no-seculo-21 Questionando o crescimento econômicohttps://jornalggn.com.br/blog/almeida/questionando-o-crescimento-economico Onde fica claro uma opção pelo decrescimento para poupar recursos naturais como o petróleo deixando claro em intervenções como “O decrescimento não é uma escolha ou desejo, não é uma utopia.” Onde coloca palavras fortes como:”Sobre a era de crescimento, nos últimos dois séculos, ergueu-se muitas utopias e distopias acerca do crescimento desejado, prevaleceu uma delas, todo crescimento se encaminhou de acordo com um certos modelo de acumulação que foi dominante, em meio a um caos que assumiu e ainda assume a face da barbárie em vários momentos. Sob o decrescimento, modelos de acumulação só serão possíveis com canibalismo, em regimes onde a civilização será exceção à regra da barbárie. Se é inevitável, cabe a pergunta: que decrescimento queremos e o que não queremos?” Ou acredito no Almeida que faz pouco caso de meios de transporte mais poupadores como bondes e metrôs, colocando palavras suaves aceitando a realidade como ela é, tais como:”Salvo um minimo de transporte sobre trilhos, retritos a poucas metrópoles brasileiras e de forma muito limitada, que outros transportes de massas existem no país? o cidadão é daquela classe mérdia que nunca usa ônibus, que acha que o trabalhador pode esperar para que, daqui a um século, esteja disponível o transporte sobre trilhos para todos. Mais coxinha, impossível.” Ou acredito no Almeida que quando é mais conveniente tomar uma posição favorável a um transporte poluidor e quando não é o caso toma a posição exatamente ao contrário. Me diga logo qual o Almeida que devo acreditar, o favorável ao ônibus e contra os transporte sobre trilhos, ou o que prega exatamente ao contrário, chegando a propor o decrescimento como solução para o meio ambiente?

          2. Onde escrevi “a única solução são os ônibus”?

            Para você afirmar que eu disse tal coisa. Novamente você põe palavras que não escrevo em meus textos. Não tem nada para argumentar e aí inventa, né?

            Um movimento que luta pelo principio da instituição do passe livre, só pode pedir que seja instituído para os meios de transportes existentes, que para a imensa maioria das populações urbanas no país são os ônibus. Quando vierem a existir de fato os trilhos para essa maioria, o princípio será aplicado. Você quer levar o debate para um campo que não intefere na discussão do princípio da tarifa zero; se daqui a décadas os trilhos substituirem os ônibus, na realidade cotidiana dos ambientes urbanos brasileiros, ótimo, mas essa não é a situação presente.

            Lembre-se que implantação de redes de trilhos é paulatina, não elimina ônibus de imediato e nem sempre é econômico estender trilhos para todos os bairros, em nenhum lugar os trilhos eliminaram totalmente os ônibus. Londres, que tem uma das mais antigas e extensas rede de trilhos urbanos, tem um ônibus como um dos seus símbolos.

            É preferível um ônibus a mais nas ruas, no lugar de quarenta ou cinquenta carros em circulação; não há nenhum conflito dessa preferência com as ideias de sustentabilidade ou decrescimento, trocar cinquenta carros por um único ônibus, fisicamente no olhar já é um decrescimento formidável.

  13. Reis da cocada preta

    MPL não é terceira via nem aqui, nem na Sérvia.

    A honestidade e a isenção do MPL ainda estão por se provar. Não é uma organização transparente. Não se sabe quem os financia, nem o que pretendem, já que aumento da tarifa é mero pretexto. “Não é só pelos 20 centavos” diziam em 2013. É pelo o que, então, cara-pálida? Pela defesa do povo é que não é.

    Quando a tarifa em SP saltou de R$ 3,00 para R$ 3,50 o MPL não foi às ruas. Agora que é ano de eleição municipal, os caras estão de volta, com a mesma violência de antes. Na semana passada, deixaram um rastro de pichações e destruição pela cidade. Quase conseguiram incendiar um ônibus.

    Quem é pelo povo não destrói o patrimônio público. Nas ocupações nas escolas estaduais, os meninos anônimos deram uma inesquecível lição de como é o patrimônio público deve ser cuidado. Sob a liderança de Lula, nunca se soube de metalúrgico destruindo fábricas, imóveis ou carros dos patrões. Por isso Lula é o cara e o MPL é mais um movimento burguês, de origem suspeita, sem nenhuma aderência com a defesa da democracia ou com a luta contra as desigualdades sociais.

    Deve-se imputar ao MPL a responsabilidade pela morte do cinegrafista Santiago Andrade (sim, quem morre tem nome) e por toda violência que se praticou em 2013. Um jornalista ficou cego; muita gente levou borrachada no lombo. Houve destruição de ônibus, veículos, estações de metrô, edifícios públicos, agências bancárias, lojas. Até um diretório do PT foi vandalizado, coisa que nem na ditadura militar se ousou fazer.

    NA época, o MPL estava emponderado o suficiente para estancar a violência, podiam ter interrompido os movimentos de rua, mas não o fizeram. Preferiram os holofotes da Globo e da Veja à negociação adulta com o prefeito (aqui em SP). Tiveram o poder nas mãos e se lambuzaram com ele. São responsáveis por toda a violência que se praticou naquele momento.

    Este artigo arrogante (“Terça-feira tem mais”) mostra que, mais uma vez, o objetivo é só mais violência e mais mídia. Aumento da tarifa é detalhe. De novo: o que pretendem os financiadores do movimento?

    Até onde se sabe, não foi o MPL que acendeu o rojão na cabeça do cinegrafista, mas, como o Eduardo Cunha nas contas da Suíça, o movimento é usufrutuário da violência e do caos que se instala a cada vez que um de seus parceiros acende o pavio do ódio nas ruas.

    A mim, me irrita o cinismo. Um movimento que é indiferente à morte e à dor que provoca não representa da cidade de SP, onde eu moro. Que se virem sozinhos com a PM, na próxima terça-feira.

    1. Indigência mental.

      No mesmo artigo que o autor aponta:

      “Até onde se sabe, não foi o MPL que acendeu o rojão na cabeça do cinegrafista”

      Ele é enfático para afirmar:

      “Deve-se imputar ao MPL a responsabilidade pela morte do cinegrafista Santiago Andrade”

      Um petista que deseja ao MPL “Que se virem sozinhos com a PM, na próxima terça-feira”. Entre um movimento social legítimo e a PM tucana de Alckimin, ele torce pela última. Diz tudo sobre o péssimo caráter dessa figura. Isso aí é a “esquerda” repesentativa do PT? Algum outro petista assina embaixo?

       

      1. Correção
        Imputo ao MPL as 7 mortes ocorridas nas manifestações de rua em 2013, incluindo a morte de Santiago Andrade.
        Não defendo o movimento pq não reconheço sua legitimidade. Os caras abriram a Caixa de Pandora do ódio. É cinismo ignorar o fato.
        Ou burrice. Que movimento, com histórico de violência e mortes, como o do MPL, sai às ruas para enfrentar a PM a mais violenta do Brasil?
        O que se viu ontem foi o pior dos mundos. A polícia batendo e a população se recusando a ajudar os feridos.

  14. Adivinha quem é..

    A esquerda que a direita adora é a  que quando está no poder faz reforma da previdencia, financia o ensino privado com recursos públicos deixando o ensino público a mingua, sucateia a saúde pública e dá privilégios para planos de saúde privados, corta verbas de ensino e educação e mantêm os juros nas estratosferas redistribuindo renda dos pobres para os ricos, nomeia dona de latifundio para ministério da agricultura e praticamente paralisa os assentamentos da reforma agrária, faz acordo para colocar um evangélico ultraconservador na presidencia da comissão de direitos humanos. Adivinhem quem é essa (pseudo)esquerda…

  15. Francisco quem?!

    O “padrão Fifa”, o “padrão Moro” e a falta de política

     

    morofifa1

    Menos de três anos atrás, as ruas brasileiras estavam cheias de manifestantes de classe média, negadores da política, orgulhosos do “apartidarismo” e a vasta fauna de “donos da verdade” que, depois, virariam os “revoltados” e os “kataguiris” de hoje.

    A esquerda confusa, que não percebia a natureza daquilo – também houve na direita quem tenha se confundido, mas o Jabor foi rápido na correção, apenas 24 horas – olhava perplexa os cartazes pedindo “padrão Fifa” nas escolas, nos hospitais, em tudo e tendia a achar que era – oh! – a endeusada classe média a pretender o ótimo, como se requeresse um passo mais à frente, agora que o país havia, finalmente, andado.

    Padrão Fifa era, afinal, sinônimo de qualidade, excelência, modernidade, de respeito ao contribuinte e à população.

    Em nome disso, era até bonito e conveniente que o “sacerdote” da Fifa, o sr. Jerôme Valcke, recomendasse um “pontapé na bunda” do Brasil. Afinal, todos aqui eram incapazes, desonestos, ineficientes e, enquanto eles queriam bons estádios e bons serviços os governantes tupiniquins só queriam mesmo é roubar.

    Dispensa-se dizer o que se revelou ser, afinal, o “padrão Fifa” e seu clero.

    Há pouco mais de um ano, finda a Copa onde o nosso quase único problema foi dentro de campo, trocou-se o “padrão Fifa” pelo “padrão Moro”.

    Novamente o país se viu vergado em adoração a  um homem sem passado, à frente de uma instituição “dona” do honestíssimo sucesso de todas as Copas (embora todos, no fundo, soubessem que a Fifa já não era, há muito, “os velhinhos do board” dos quais falava o João Saldanha.

    Como Moro, o Brasil de novo se reduziu à praga dos incapazes, dos ladrões, dos ineficientes e todas as obras e investimentos, afinal, são apenas um pretexto para roubar.

    Todos são corruptos, desde que todos sejam governistas este todos, porque o Brasil foi construído por meio milênio de homens honradíssimos e, afinal, a política é um altar de santos em outras igrejas que não o “lulopetismo” (vejam que até uma expressão nova criaram para modernizar o desgastado “populismo”, que era a versão que a mídia e a academia usavam em outras nem tão longínquas eras).

    Óbvio que não se acusa o Dr. Moro das falcatruas que se revelaram sobre Valcke. Comparam-se apenas  o autoritarismo, as “razões absolutas”, as verdades irretorquíveis de tudo o que diz. E o poder de, afinal, decidir se “vai ter Copa”  ou “não vai ter Copa”, aquele “impeachment futebolístico”  que arrastou tantos imbecis às ruas.

    Mais importante é a reação da esquerda e do governo brasileiro, tão semelhante num e noutro caso.

    Primeiro, a perplexidade. Depois, a capitulação ao discurso do inimigo.

    A estratégia é ocultar-se, pretendendo que o tempo passe e, depois, quase prometendo, diariamente, “comportar-se bem”, à espera da hora final.

    Luta política, polêmica, nem pensar.

    O governo e as camadas dirigentes do PT parecem ter vergonha de si mesmos.

    E seus intelectuais, sempre com os punhos de renda de quem parece mais bem situado  no clube amável das ideias do  que na poeira e nas simplificações  necessárias à política real, aquela que dá comida, escola, emprego, salário e progresso.

    O governo parece conformado com a derrota e firmemente  disposto a seguir a máxima do lendário Neném Prancha: “recurar os alfes para evitar a catástrofe”.

    Não é outra impressão que passa o governo Dilma desde a sua posse, com raríssimos espasmos – não continuados – de reação.

    Poupo-me de seguir nas comparações com o futebol da Copa para não piorar a segunda-feira.

     

     

     

    http://tijolaco.com.br/blog/o-padrao-fifa-o-padrao-moro-e-a-falta-de-politica/

  16. A grande discussão na Europa é quem paga.

    Todos os movimentos europeus de passe livre centralizam a sua discussão de como pagar via impostos as tarifas zero, pois pelo menos os europeus sabem que alguém deve pagar. Há diversas propostas, porém é um consenso que isto deve vir não só dos impostos municipais.

    Aqui o MPL nem questiona isto, simplesmente querem porque querem, sem definir da onde virá o dinheiro, atá 2013 o grande paradigma da tarifa zero era a cidade de Hasselt na Bélgica, uma pequena comunidade de 70.000 habitantes que até aquela data não cobrava nada.

    Como a prefeitura local não conseguiu sustentar passaram a cobrar a módica quantia de 0,80 euros por passagem, ou seja, algo de R$3,50 por passageiro para linhas que não devem ultrapassar mais do que dois ou três quilômetros (se não sai da cidade).

    Há um monte de coletivos na Europa como o MPL, mas nenhum numa cidade maior do que 300.000 habitantes.

    1. Ignorância ou má fé

      Ignorância ou má fé sua.

      Desde sua criação a questão do MPL foi sempre ‘quem paga’.

      Não disseine desinformação.

      Inúmeros textos na internet sobre isso.

      1. Vale Transporte

        primeiro quem vai economizar são os empregadores e não os trabalhadores, como da vez anterior o aumento entra na faixa de 6% do Vale Transporte. Ou seja, se não tiver aumento da tarifa as empresas economizaram e a população paulistana pagar a diferença. Não sou advogado, mas, qq trabalhador sabe as regras do vale transporte, o excedente de 6% do salário é a empresa que paga.

        Outro ponto os jornalistas e blogueiros progressistas que criticavam o MPL nunca mudaram de lado, os Jabores da vida sim.

        Como disse outro dia aqui o Fabio, onde estava a esquerda Hipster (eu que chamo assim estes novos barbudinhos) para reclamar da falta de água de SP?

        Diferente da galera da ocupação das escolas, o MPL é a juventude LOBÃO, pai com grana e filho moderninho.

      2. Ótimo, logo que existe inúmeros textos na Internet, podes …

        Ótimo, logo se existem inúmeros textos na Internet, podes encarecidamente me colocar o link para somente 1.

        Só um coisa, não adinta um texto em que diz: A taxação do transporte privado pode pagar o transporte público, ou coisa do mesmo tipo. Alguma coisa assim. O transporte gratuíto para São Paulo custaria aproximadamente XXXXX com um aumento (ou criação de novo) imposto arracadaria aproximadamente YYYYYY, logo se YYYYY>XXXXX se pode subsidiar o transporte público.

        1. A proposta de tarifa zero partiu de uma gestão do PT.

          Especificamente da histórica gestão de Luiza Erundina, com o secretário Lúcio Gregori, que contiua firme defensor da proposta e apoiador do MPL.

          Se o FHC mandou esquecer seu trabalhos acadêmicos, o PT fez pior, “esqueceu”  os programas políticos partidários que escrevee e construiram sua representatividade. Hoje assume desassombradamente programas neoliberais, antigos projetos da ditadura militar, propostas oportunistas neoliberais do pmdb, enfim, tudo que possa contribuir para mantê-lo no poder para… se manter no poder com suas boquinhas.

  17. Argumentos preguiçosos

    Percebi em vários posts que um dos principais argumentos para atacar o MPL é que eles não dizem “quem vai pagar a conta”. Esse é um argumento bem preguiçoso, uma vez que há vários textos na Net mostrando diferentes soluções que o movimento sugere para viabilizar financeiramente a política. Pode até ser que as ideias não sejam realistas, mas isso é totalmente diferente de dizer que o movimento “não tem proposta”. Alguns links:

    http://tarifazero.org/

    http://saopaulo.mpl.org.br/tarifa-zero/

    E para mostrar que o tema do Passe Livre não é uma ideia “lunática”, segue  uma matéria da The Economist, que não é exatamente um veículo dos black blocs, com o sugestivo título: “Tarifas: Talvez os ônibus deveriam ser gratuitos”:

    http://www.economist.com/blogs/gulliver/2013/06/fares

    Eu lamento a depredação e o comportamento de alguns dos manifestantes, mas isso não é motivo para desqualificar a ideia, que tem sim seus méritos!

  18. Da Que Necessita… Amadora.

    Em determinado momento diz o texto sobre a campanha 2013: “…MPL? “Aquela esquerda que a direita adora”. Claro, adora tanto que o governador Geraldo Alckmin deu sinal verde para uma série de agressões policiais contra manifestantes e imprensa…”.     

    Pois então, vejamos o resultado do “cacetetazzo” através do que diz a BBC – Brasil, em matéria de 13/04/15: “Na semana passada, a PM de São Paulo divulgou que policiais não precisariam se recusar, durante o protesto marcado para o último domingo, a fazer fotos com manifestantes, um comportamento que chamou a atenção na primeira manifestação contra o governo federal, realizada em 15 de março. Isso de fato ocorreu, e fotos de manifestantes com policiais voltaram a circular nas redes sociais. A novidade é que, desta vez, elas foram republicadas também pelos próprios perfis oficiais na PM-SP, junto com imagens de apoio à corporação escritas pelos autores das postagens originais. “Nosso amigo Glauber disse: ‘Obrigado aos policiais militares de Sorocaba acompanhando os manifestantes de bem'”… Os posts também destacam que o protesto na Avenida Paulista, na capital do Estado, foi “totalmente pacífico” e “sem incidentes”.

    Não é exato e lindo?… Obviamente que não se trata “aquela esquerda que a direita adora”, mas “da que necessita”? 

    O “safo” Ulisses Guimarães dizia que a política brasileira não era para amadores. Não era “doutor”, não era, hoje anda coalhada, tanto exercendo cargos, assessorando-a, participando ou apenas acompanhando-a, inclusive na internet, com análises, estratégias, opiniões e ações, de…, a começar pela PR, que há mais de um ano não fala diretamente com o povo, para através do contraditório e da polêmica informa-lo e fazê-lo reagir politicamente, sabendo que a mídia, monopólio no Brasil e auto declarada líder da oposição, não cumpre com seu papel de democraticamente informar o cidadão, ou melhor, “cumpre” sim, através da prática do terrorismo da desinformação e da seletividade, que desinforma-o e torna-o ignorante de fato em relação aos fatos, em conluio com a “ordem da justiça maçônica brasileira”, aquela do “não vem ao caso” e “por que a literatura jurídica assim o permite”, sem falar no providencial importado, “Domínio do fato”.

  19. MPL só irrita a direita ingênua, q nao sabe q sao financiados

    pela própria direita… E há tb, claro, aqueles que só fingem irritaçao.

  20. O aumento de Haddad é mais grave que o de Alckmin?

    Engraçado: o PT criou o bilhete único, o Haddad criou o mensal e semanal (que não aumenta), abaixou a idade para idoso não pagar passagem, criou o passe livre para desempregado e estudante de baixa renda.

    E o Alckmin?

    Mas na manifestação tinha mais “Fora Haddad” do que “Fora Alckmin”, que inclusive usa a PM para massacrar os manifestantes.

    Mas tudo bem. Eu gostaria de saber quantos manifestantes utilizam (e pagam) os ônibus.

    Quem tem uma renda decente, pode se permitir de pagar o ônibus, como se faz no mundo inteiro.

    Agora, por que não exigir do governador o bilhete semanal ou mensal para o metrô?

  21. Eu também não gosto do MPL … e daí???

    Desde 2013, aquela pataquada nunca me convenceu. Me parece um bando de porras loucas de classe media, a procura de sarna pra se coçar. São os anarquistas irresponsáveis de sempre. Essa conversinha mole de que são  a “democracia das ruas” é pretenciosa demais, ridicula  até.  Não negociam nada. Pra eles negociar é ceder. São como crianças birrentas. Na minha cidade essa merda não existe. Ninguem tem saco pra isso … 

  22. Em SP temos o pior do 2

    Em SP temos o pior do 2 mundos, a passagem e cara e o transporte e lento.

    O metro de SP e muito bom (limpo e seguro) porem totalmente defasado para o tamanho da cidade. Munich com um populacao 10 vezes menor tem mais metro e trens totalmente conectados com os onibos e bondes (eletricos e super modernos) mas nao e barato (ha a opcao do passe semanal e mensal).

    Uma viagem do Aeroporto de Munich a Estacao Principal (Hauptbanhof) custa mais de R$60,00, barato em relacao ao taxi mas caro para uma viajem de 30 minutos.

    Mas e super eficiente, eu adoro usar o sistema publico la, nem em sonho alugaria um carro se apenas tenho que ficar na cidade, sistema totalmente automatizado e sem catracas, tudo na confianca ao usuario (em caso de ser pego a multa e de 60 euros), fora passar vergonha na frente dos outros usuarios

    Resumindo, culpar o Haddad ou a prefeitura pelo caos que e o transporte publico e desonesto, apenas o metro e os trens tem capacidade de realizar viajens longas pela cidade a demanda de SP. Onibus, taxi e ciclovias nao resolvem e sao a solucao para o comeco e fim do trajeto apenas.

  23. Hipocrisía do MPL

    Acho que o movimento em sí é válido, mas acompanhe a página do MPL no facebook.

    Só vejo críticas ao Haddad, que é o único dos dois que tentou política inovadoras para destravar o trânsito. Mas como o movimento sabe do ‘ibope’ que recebe pelas críticas ao prefeito petista, prefere atacá-lo apenas ao invés de mirar suas críticas ao governador.

    Dessa forma decidi ser uma voz crítica ao movimento também.

  24. O MPL é verdadeiramente elitista.

    Qualquer um sabe que o transporte por ônibus não atrai a classe média, simplesmente porque ele é extremamente desconfortável. Por outro lado todos sabem que em locais que há transporte sobre trilhos (metrôs, tramways ou mesmo nossos antigos bondes) são mais confortáveis e atraem a todos.

    O que o MPL quer, é simplesmente retirar a massa de pessoas da rua com seus velhos e feios automóveis e deixar esta livre para a grande burguesia circular com suas SUVs.

    Se houvesse realmente uma vontade de modificar a forma de transporte nas grandes cidades, o lógico seria a implementação de o transporte sobre trilhos, porém dentro de um raciocínio de mercado e de transferência de recursos públicos para o privado, só se fala em tarifas menores para os ônibus.

    A principal defesa que os que lutam por ônibus e não por tansporte sobre trilhos está NA GRANDE FALÁCIA NA COMPARAÇÃO DESTES DOIS MODAIS, O CUSTO, aqueles que defendem o transporte rodoviário, mais poluente, menos sustentável e mais desconfortável ESCONDEM O PRINCIPAL na composição e comparação dos custos.  QUEM PAGA A VIA? 

    Na implantação de sistemas de transporte coletivo via ônibus em corredores ou na via normal, ou através dos famigerados BRTs, A VIA DE TRANSPORTE (construção e manutenção) é paga pelo contribuinte em geral, enquanto na implantação do transporte sobre trilhos o custo desta VIA DE TRANSPORTE é colocada na tarifa.

    Os mais desavisados podem dizer, mas a via de transporte serve a todos no caso de transporte com ônibus! Porém aí vem outro ERRO TÉCNICO QUE É INDUZIDO PELOS GESTORES PÚBLICOS, uma via de transporte que fosse cosntruída só para carros, teria um nível de exigência estrutural bem menos devido ao que se chama técnicamente o TREM TIPO (trem tipo não quer dizer que passa um trem (a totalidade das cargas móveis cujas grandezas e espaçamentos são previstos no cálculo de grandes estruturas como pontes, viadutos etc.). Se avia fosse construída só para automóveis o seu custo de implantação poderia cair pela metade e dependendo do tipo de via a ser adotada o custo de manutenção pode cair a ZERO.

    LOGO, quando se constrói uma rua, uma avenida O DESGASTE QUE OS ÔNIBUS causam a ela é DEZENAS DE MILHARES DE VEZES maior do que de um automóvel (não é força de expressão), logo a cosntrução de ruas ou avenidas comuns são feitas ESPECIALMENTE PARA OS ÔNIBUS.

    Visto isto, se quiséssemos comparar em termos de CUSTO SOCIAL (investimento público direto ou pagamento de tarifa) ou deveríamos SOMAR NA TARIFA DOS ÔNIBUS o custo da via, ou deveríamos tirar dos transportes sobre trilhos o custo da mesma. Se fosse feito isto e ainda fosse ampliado no estudo econômico o tempo de amortização, o TRANSPORTE SOBRE TRILHOS SERIA MUITO MAIS BARATO. Se além disto comparássemos os problemas ambientais causados por um ou por outro tipo de transporte ficaria uma verdadeira luta entre um peso pesado e um peso mosca,ou seja, um verdadeiro massacre.

    1. Mas que ódio irracional ao MPL, tchê!

      A classe média em passeio pelas europas usa o transporte público, ônibus e metrô, numa boa, aqui é que ela não quer se “misturar”. Você deveria embarcar no metrô num fim de tarde, ali na Sé em Sampa, ou na Carioca no Rio no mesmo horário, para sentir o seu “conforto”. Você demonstra com todos instrumentos que não é usuário de transporte coletivo. Para você a maioria da população urbana é “a massa de pessoas da rua com seus velhos e feios automóveis”. Acorda, pobre anda a pé, porque às vezes nem tem grana para o busão.

      Quando a classe média volta de seus passeios nas europas, relata impressionada o número de mercedes e outros carrões luxuosos que viram nos centros das cidades em que foram, narram como se aquilo fosse o veículo médio do cidadão do lugar. Mal sabem que aqueles são os usuários, a burguesia, que têm condições para suportar, os custos proibitivos de estacionamento que as prefeituras impõem, para restringirem os automóveis nos centros e tangerem suas classe médias acomodadas para o transporte coletivo. Quem se sente com sangue azul ou grana para torrar, ele que banque o transporte individual e seus salgados encargos.

      A tarifa zero foi uma proposta apresentada pela primeira vez aqui no Brasil pelo PT. Aconteceu na gestão de Luisa Erundina, mas o PT anda “esquecido” do seu programa e de suas propostas fundadoras, anda mais preocupado com sua “governabilidade”, de se sgurar no poder com as propostas de sua base aliada “mui amiga”, de gente como o Temer (das propostas que o pmdb aceita para apoiar o poder, as mais “decorosas” foram expostas ao público na forma de um infame programa neoliberal, não se faz ainda uma ideia do que exige em bastidores, do tamanho do assalto que pretendem aos cofres públicos).

      As vias públicas para o uso do automóvel, ruas, avenidas, viadutos, tuneis, pontes, são todos TARIFA ZERO, ninguém paga quando os utilizam. Ninguém paga também o lixeiro no momento em que ele recolhe o lixo, do mesmo modo funciona a iluminação pública, ninguém põe moedinha no poste na hora de passar de noite por uma rua. Por que o transporte coletivo tem de ser diferente?

      Os veículos que servem ao transporte público, mesmo operados por empresas privadas, são de fato considerados pela lei como patrimônio público. Se alguém os depredam, incorre em crime contra o patrimônio público. Assim como ruas praças e avenidas, os ônibus coletivos são equipamentos públicos, seus itinerários, frequência e horários de funcionamento são definidos por agentes públicos. Qual seria o problema de diluir os custos de todo sistema de transportes públicos, nas contas dos municípios, como já se faz com os custos de recolhimento de lixo, da conservação de parques e da drenagem pluvial, da iluminação pública, da conservação, melhoramentos e expansão de vias públicas?

      Ora, serviços de recolhimento de lixo, a iluminação pública, parques, drenagem fluvial, ruas e avenidas, sistemas de transportes públicos, são todos equipamentos de uma cidade, a municipalidade de forma integral deve responder sobre elas, cumprir que sejam mantidos ativos em boas condições, pois senão a cidade entra em crise ou colapsa. Qual é o problema para a municipalidade custeá-los?

      Aqui no meu bairro existem bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e várias outras pequenas empresas. Todas pagam o que a lei lhes impõe, inclusive o vale transporte de seus funcionários, ou seja elas já contribuem para o funcionamento do transporte coletivo. No mesmo bairro existe uma multinacional, braço de um poderoso grupo econômico mundial, que tem mais de duzentos empregados, umas vinte vezes mais do que a maior das pequenas empresas citadas, mas como seus empregados estão acima da faixa salarial que faz jus ao vale transporte, ela não contribui em nada ou muito pouco com o transporte coletivo da cidade. Esta aí o problema, os grandes não querem ser taxados e falta coragem para certas agremiações que se dizem “de esquerda” para taxá-los.

      É a grande propriedade, predial ou de empresas, que não quer assumir encargos, a classe média que não aceita se “misturar”, a corrupção dos partidos políticos no interior da municipalidade, cujas principais máfias provedoras são as das concesões de transporte coletivo, são essas forças que impedem um transporte público barato e de boa qualidade no país.

  25. nem tanto nem tão pouco

    não vamos endeusar ou sacralizar o movimento pelo passe livre só porque é a novidade.

    que o passe livre é viável é verdade, que é razoável tambem.

    agora a demanda pela implementação imediata vai onerar o cofre publico do municipio e conceder universalmente um beneficio a quem não precisa dele e tirar dinheiro de ações especificas direcionadas a setores da sociedade com demandas mais urgentes, por exemplo, quantas creches serão classificadas pra um classe média abonado andar de onibus trem e metro de graça?????????

     

     

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