Petroleiros paralisam Bacia de Campos e de Macaé para dar o recado #BrasilEmGreve

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: FUP
 
Jornal GGN – Petroleiros e petroleiras começaram a paralisação ainda na noite desta quinta-feira (27). Com o objetivo de impactar e deixar o recado contra as reformas trabalhistas e previdenciária do governo de Michel Temer, plataformas como a da Bacia de Campos e de Macaé estarão fechadas. 
 
“Neste dia 28 de abril o recado é claro: mostrar às empresas desse país que somos nós, trabalhadores e trabalhadoras, que somos responsáveis pelo crescimento do Brasil”, disse o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Tadeu Porto, em nota publicada no blog O Cafezinho.

 

De O Cafezinho

Greve Geral começou: petroleiros já param na Bacia de Campos

Por Tadeu Porto*, colunista 

O movimento sindical, estudantil e os movimentos sociais em geral convocaram uma greve para o dia 28 de Abril, e, sedentos por uma luta tão justas, petroleiros e petroleiras já começaram o movimento às 23h do dia 27.

Mais da metade das plataformas da Bacia de Campos vão parar, sem contar terminal de Cabiúnas, em Macaé, que processa uma enorme quantidade de gás, inclusive com uma unidade dedicada exclusivamente ao Pré-Sal.

O golpista Temer e sua trupe não terão um minuto de sossego.

Na luta contra o retrocesso trabalhista e previdenciário, a categoria petroleira entra de corpo e alma, pois sabe que, além das mazelas diretas que essas “contrareformas” trazem para os trabalhadores e trabalhadoras – como idade mínima de 65 anos, fim de férias, 13º e proteção à mulheres grávidas – o enfraquecimento da classe trabalhadora como um todo faz parte de um projeto liberal que deseja desmontar empresas nacionais, como a Petrobrás.

Neste dia 28 de abril o recado é claro: mostrar às empresas desse país que somos nós, trabalhadores e trabalhadoras, que somos responsáveis pelo crescimento do Brasil, e, portanto, qualquer mudança necessária terá que primeiro atacar os privilégios da elite política-econômica brasileira para depois pensar em mudar alguma lei ou estrutura que atinja a massa assalariada.

A bola rolou, e que possamos, nesse dia, dar o recado aos golpistas e a todo país.

Todos às ruas para a grande GREVE GERAL 28A!

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. petroleiros….

    Petroleiros, além deste recado contra reformas sendo feitas sem a anuência da nação, outro tão mais importante quanto este é combater a entrega de indústria tão importante, estratégica e significativa quanto à petrolífera, para interesses estranhos ao nosso país. Avanço tecnológico, profissões altamente especializadas e altamente remuneradas, riqueza e desenvolvimento, autonomia energetica… Cite apenas 1 exemplo para demonstrar alguma vantagem que teremos em dividir tamanho potencial com interesses estrangeiros? Sem profissões e salários agora, não existirão aposentadorias no futuro. 

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