PM de São Paulo impede vigília em apoio a Lula

E em Porto Alegre, Brigada Militar barra embarcação com boneco do ex-presidente no rio Guaíba (Foto CUT Roberto Parizotti)
 
 
Jornal GGN – Movimentos populares em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva organizaram uma vigília iniciada na noite desta terça-feira (23) na Avenida Paulista, mas foram impedidos de manter o ato durante toda a madrugada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. Segundo informações da CUT, uma das organizadoras da manifestação, por volta das 21h30, um cabo da PM chegou até à organização do evento e pediu para encerrar a atividade às 22h, alegando que o ato convocado pelo movimento patrocinado pelo MBL, contra o ex-presidente, já tinha sido encerrado. 
 
Desde segunda feira uma série de atos acontecem em todo o país em apoio a Lula, em razão do julgamento realizado nesta quarta-feira (24) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), do recurso da defesa de Lula contra sentença do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. 
 
Segundo os manifestantes que estavam na Paulista, o ato seguia pacificamente, assim como em outros estados, mesmo com a provocação constante de grupos que defende a prisão do ex-presidente. 
 
“A vigília é para afirmar que eleição sem Lula será mais golpe. Não aceitamos que três juízes tirem esse direito de milhões de brasileiros”, denunciou Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), representando a Frente Brasil Popular.
 
Representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e de organizações de juventude do PT e do PCdoB permaneceram em vigília em frente ao prédio do Justiça Federal, no Fórum Ministro Pedro Lessa defendendo o direito de Lula ser candidato à Presidência da República em 2018, em perigo caso os desembargadores do TRF-4 confirmem a condenação de Moro. 
 
“Pixuleco” barrado 
 
Em Porto Alegre, a Brigada Militar barrou nesta manhã uma balsa com um boneco inflável de Lula, com inscrições “Lula nunca mais” e “Movimento Brasil”. A embarcação estava no lago Guaíba fora da área de segurança delimitada para o julgamento no TRF-4, ainda assim os militares exigiram a retirada do boneco.   
 
Na semana passada as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo tomaram a iniciativa de procurar o Estado avisando que estabeleceram um esquema próprio de segurança dos espaços públicos durante os atos de protesto, diante da preocupação de confronto ou destruição do patrimônio público. 
 
Em entrevista ao R7, Vitalina Gonçalves, da comissão operativa da Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul declarou: “Os próprios movimentos tomaram essa iniciativa. Nós nunca depredamos patrimônio público ou privado e queremos garantir nosso direito de manifestar nossas opiniões. Avisamos as autoridades que estaremos trabalhando com segurança militante somada às garantias dadas pelo Estado”.
 
O Estado do Rio Grande do Sul montou um cordão de isolamento no limite do parque Harmonia para separar a região do TRF-4 do acampamento onde estão milhares de militantes favoráveis a Lula. Segundo a Secretaria de Segurança do estado cerca de 3 a 4 mil pessoas foram mobilizadas no esquema de segurança. O governo do RS também determinou bloqueio aéreo, terrestre e naval até o fim do julgamento. 
 
Redação

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