Brasília – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (16) que os encontros de jovens conhecidos como “rolezinhos” são uma resposta ao preconceito contra algumas classes sociais e que não se deve reprimi-los.
Segundo ele, o melhor caminho é dialogar e buscar alternativas para as manifestações dos jovens. “Não considero a repressão o melhor caminho, porque tudo o que for feito nessa linha vai ser como colocar gasolina no fogo”, disse. O ministro falou sobre o assunto no Recife, onde participou na manhã de hoje de encontro com jovens camponeses e de um evento sobre participação social.
Para Carvalho, tirar conclusões neste momento pode gerar uma “análise precipitada”, o que é “temerário e pode incorrer em erro”. “Estamos na fase de tentar entender melhor esse fenômeno, que é uma manifestação por abertura de espaços para a juventude, que mostra que cada vez mais não aceita a discriminação e o fechamento de espaços reservados a uma ou outra classe social”, avaliou.
A prática dos “rolezinhos” começou no fim do ano passado, em São Paulo. Os primeiros foram organizados por cantores de funk em resposta à aprovação pela Câmara Municipal de um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista. A proposta foi vetada pelo prefeito Fernando Haddad no início deste ano.
Muitos shoppings têm recorrido à Justiça para impedir os encontros, mas eles continuam sendo organizados. Em Brasília, por exemplo, um “rolezinho” marcado para o próximo dia 25, no Shopping Iguatemi, localizado em um bairro nobre da cidade, já tem 1.887 pessoas confirmadas. O encontro é programado por meio do Facebook.
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RETRATOS
Os rolezinhos é mais um dos vários retratos revelados pelas desigualdades sociais e econômicas de uma nação ainda sem rumo. O capitalismo além de selvagem , é cruel com os desafortunados.
Entender o Fenômeno?
“Estamos na fase de tentar entender melhor esse fenômeno,…”
Trata-se de uma iniciativa de jovens dos EUA, divulgada pela internet e redes sociais. Os jovens brasileiros adoram copiar coisa dos EUA. É uma nova geração de ex-caras pintadas que, ao não seguir mais as ondas da rede Globo, agora bebem diretamente da fonte, os EUA. O problema aqui tomou uma conotação diferente, ao tratar-se, majoritariamente, de jovens negros e da periferia.