Atos Fora Temer mostram reação às medidas “lesa-pátria”, diz senadora

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Imagens: Jornalistas Livres

Jornal GGN – O protesto que ocorre neste domingo (11) contra o governo Michel Temer, na Avenida Paulista, é marcado por cobranças por novas eleições, cassação de Eduardo Cunha, liberdade de imprensa e fim da repressão policial. O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Concentrado desde as 14h em frente ao MASP, os manifestantes devem caminhar pela avenida Brigadeiro Luís Antônio até o Parque do Ibirapuera. Por enquanto, não há estimativa de público.

Em entrevista a jornalista Lilian Milena, do GGN, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) disse que está na “torcida para que a manifestação seja bem superior a do domingo passado. Não só pelo fato deles terem desdenhado, dizendo que seria um protesto de 40 pessoas”, comentou, em alusão a uma fala de Michel Temer minimizando o impacto dos protestos. Mas também porque “o que a gente vê é uma reação não só à figura do presidente usurpador que entrou no Palácio do Planalto pela porta dos fundos, mas principalmente às medidas lesa-pátria que têm como objeto a redução dos direitos conquistados nos últimos anos.”

Ao Jornalistas Livres, a deputada federal e prefeiturável Luiza Erundina (PSOL) avaliou que sem manifestações de peso, será difícil impedir que o governo Temer emplaque uma série de retrocessos sociais. “O povo nas ruas é condição para a gente retirar todos os golpistas que existem no País. Não só o Edardo Cunha, e segundamente o Temer. Vamos ficar nas ruas o tempo necessário até cair o último golpista. São Paulo é front de resistência”, afirmou. Para ela, as reformas pretendidas por Teme – previdenciária e trabalhista – irão “aguçar ainda mais a revolta e resistência. Eles [governo] não sabem o que é viver de salário mínimo ou se aposentar depois dos 60 anos. Não vamos admitir nenhuma perda.”

O líder do MST, Guilheme Boulos, apontou que os últimos protestos ocorreram sem violência porque não houve atuação da Polícia Militar. “Quando a polícia não agiu, não teve violência. Essa é a equação.” Segundo ele, o governo Alckmin sentiu a repercussão negativa da truculência da PM, que teve reação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, que prometeu acompanhar a manifestação de perto. No domingo passado, o ato Fora Temer terminou com bombas e balas de borracha na região do Largo da Batata, por iniciativa da polícia.

Foto: Agência O Globo

Durante o ato de hoje, fotógrafos independentes organizam uma campanha para arrecadar fundos para a compra de um novo equipamento para Vinícius Gomes, que teve sua câmera quebrada no protesto da última semana. Os interessados em contribuir podem adquirir fotos desses profissionais pelo preço mínimo de 30 reais.

Alguns manifestantes também pediram a anulação do impeachment de Dilma Rousseff.

Imagens: Lilian Milena/GGN

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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