A crise da música erudita paulista

Da Folha Online

Maestro John Neschling é demitido da Osesp

O maestro John Neschling foi demitido ontem da Osesp, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. No ano passado, depois de intensa pressão do governador José Serra, que queria tirá-lo do cargo, Neschling comunicou ao conselho da Fundação Osesp que não renovaria seu con­trato. Na ocasião, no entanto, fi­cou combinado que o maestro permaneceria à frente da Osesp até o fim de 2010, como previa seu contrato. A situação, no entanto, ficou insustentável. Neschling, que chegou a chamar Serra de “menino mimado” e “autoritário” logo no começo do governo, continuou a dar entrevistas espinafrando com o governador e com o secretário da Cultura, João Sayad, mesmo depois de ter sua saída definida. A gota d’água foram as críticas que ele vinha fazendo publicamente à decisão do conselho de formar um comitê para a escolha de seu sucessor. Neschling foi comunicado oficialmente hoje.

Comentário

Pelo menos no campo da música erudita, a gestão Serra está procedendo a um desmonte cultural em São Paulo. E conseguiu colocar contra si maioria esmagadora da comunidade da música erudita.

Dia desses conversava com velho colega da Escola de Comunicações e Artes da USP. Quando a Universidade Livre de Música Tom Jobim conseguiu se reestruturar – me disse ele – ficou bem à frente da Escola Municipal de Música. Em seguida, houve uma reação da Escola, estabelecendo-se uma competição virtuosa. Percebia-se isso pelo nível dos alunos que passavam no vestibular da USP.

Quando a OSESP (Orquestra Sinfônica de São Paulo) explodiu, continuou, os alunos passaram a estudar quatro horas diárias, porque havia perspectiva pela frente, de uma orquestra de padrão internacional.

Segundo ele – que está desde os anos 70 no setor – jamais a música erudita de São Paulo experimentou salto igual. Ele endossa muitas das críticas feitas ao maestro Nescheling, de temperamento difícil, personalismo. Mas o fato concreto, me dizia ele, é que colocou a música erudita de São Paulo no mapa do mundo. E não se pensou nisso quando se decidiu por seu afastamento.

O primeiro baque foi a destituição da OSCIP responsável pela Universidade Livre de Música e a divisão da ULM por outras entidades. Agora, a destituição de Neschling.

Gosto do Sayad, fui membro do Conselho da ULM, mas sem ter uma participação mais ativa, pedi demissão quando senti a guerra da Secretaria com a OSCIP, a seu pedido passei dicas e idéias para membros da sua equipe.

Mas tenho a impressão que meteu os pés pelas mãos. Era até compreensível que não se quisesse um vice-rei à frente da OSESP. Mas o voluntarismo de Serra ajudou a acelerar esse desmonte.

Trecho da carta de demissão, assinada por Fernando Henrique Cardoso:

Por LPorto

O que fizeram com o maestro é anti ético, fora o desrespeito com o grande profissional..

Link da entrevista, estopim para a demissão, segundo o presidente do conselho Fernando Henrique. Clique aqui.

É claro que o maestro não deu esta entrevista a toa.

Ele veio responder a esta, que o Presidente do conselho não comentou na carta de demissão. Clique aqui.

Luis Nassif

83 Comentários

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  1. Mouro,
    Neschling pode ser
    Mouro,
    Neschling pode ser tudo que dizem de “cara do mal”…
    mas, sou assinante da OSESP há 5 anos..
    NUNCA tinha visto osquestra brasileira no nível da OSESP.

    Eu, lamento profundamente que a política interfira na cultura dessa forma..
    Que entende Serra de música???
    Querer que eles toquem na virada cultural sem condições mínimas???

    NUNCA antes nesse país a OSESP foi o que foi – de bom – vamos ver com a saída dele…

    Sou assinante esse ano – novamente – vamos ver..

    Se não acho que as coisas devam ser personalizadas em um mito (Neschling), nãovejo NINGUÉM à altura técnica/política musical dele..

  2. Eu posso estar falando uma
    Eu posso estar falando uma grande besteira, mas o Joao Sayad, secretario da cultura e o mesmo que foi Ministro do Planejamento (86) e secretario municipal das financas (Marta)? Ue, que que ele entende do “riscado”?

    Bem, se o maestro chamou o Serra de “mimado” e “autoritario” ele merece todo o meu respeito. Digo mais, foi de uma educacao primorosa. Eu usaria outro tipo de palavriado pra descrever este economista fracassado que se julga muita coisa.

    E nao e so a Cultura que vive desmanche. A pesquisa, o ensino (cade as duas professoras na sala de aula?), o transporte publico e a seguranca estao no mesmo caminho. E o anti-Midas. O lendario grego, onde punha a mao tudo virava ouro. Ja o governador, onde poe a mao a coisa vira ……

    Se este homem for eleito presidente, eu sugiro a todos que sigam o conselho do Tom Jobim “a melhor saida e o aeroporto”, porque o governo deste incapaz vai ser um desastre.

  3. Nassif. Você é mineirinho,
    Nassif. Você é mineirinho, não se mete nessa encrenca de paulista em busca do poder. Olha a cabeça de FHC, de Serra, de Alkmin, de Jânio, de Maluf, de Dória.

    Eles não te cansam?!!!!

  4. Lembram da carta de demissão
    Lembram da carta de demissão do Emanoel Araújo da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, quando o Serra ainda era prefeito? http://www.mapadasartes.com.br/setoresnn.php?artig=1&texid=9

    Será que muito do que o EA apontou na carta, mostrando a relação de Serra com as questões culturais, não é a causa desse desmonte da música erudita? O nível governamental é outro, mas a maneira de lidar com a questão pode muito bem ter continuado a mesma.

  5. Esse comportamento do Serra
    Esse comportamento do Serra tá ficando assustador. Tá parecendo a Flora que começou boazinha e aos poucos foi revelando a vilanzona que tinha escondida lá dentro. Primeiro vai ao lançamento do livro do porteiro do bueiro, depois manipula prá TV Cultura sacanear o Nassif, agora demite o responsável por colocar a OSESP no mapa mundi musical. Imagina esse cara na presidência!

    Xô, vade retro!

    Estou começando a gostar da Dilma.

  6. Serra é um “coroné” num
    Serra é um “coroné” num estilo piorado ao do finado ACM. A negociação de Serra é a porrada. Preferentemente abaixo da Lunus, aliás, abaixo da cintura. Tá gastando o dinheiro de São Paulo pra comprar coronés pelo país inteiro, especialmente nordestinos, radialistas, jornalistas(?)… o diabo. Vai acabar como o Maluf em 1985, já que, mesmo com todas as porradas e atitudes “no limite da responsabilidade” está esquecendo de “combinar com os russos”. E vai deixar São Paulo mais uma vez quebrado. Só os celerados anti-petistas a qualquer custo é que não enxergam isso. Não dá pra ententender um político que se quer liderança nacional querendo aplicar a lógica dos generais do AI-5; que não negocia com respeito aos outros. “É um castigo”, como diz o Ciro Gomes.

  7. Quer dizer que o “menino”
    Quer dizer que o “menino” mimado e autoritário não gosta de ser chamado de mimado e autoritário? Isso é coisa de menino mimado e autoritário…

  8. Então o Fernando Henrique é o
    Então o Fernando Henrique é o presidente da fundação OSESP? E o Sayad secretário de cultura? São Paulo está muito bem servida na área cultural.

  9. A expressão certa não é
    A expressão certa não é “música erudita”. Como dizia o maestro Júlio Medalha, como a outra é a música popular, esta é a música impopular.

    Quero ver agora o governador arranjar um maestro de verdade que não seja ao mesmo tempo um proto-ditador e uma estrelinha irrascível e mimada, pior que qualquer atriz ou cantor de rock.

  10. Caro Nassif !

    Temos que
    Caro Nassif !

    Temos que falar aqui com todas as letras:

    A ULM foi PRIVATIZADA. Sim, uma privatização camuflada, bem ao gosto dos tucanos, para não gerar alarde, mas privatizada sim. Quem controla agora é a Faculdade Santa Marcelina. Bem como parte do projeto Guri.

    Os tucanos estão acabando literalmente com São Paulo.

    Os tucanos estão enterrando a cultura paulista.

    Ninguém agüenta mais esse (des)governador, só a Falha, ops, a Folha de SP e a Eliana Catanhede, é claro.

  11. Esse salto de qualidade da
    Esse salto de qualidade da OSESP nos últimos anos foi um dos poucos avanços que esse tucanato que governa São Paulo há tanto tempo conseguiu proporcionar, agora veio Serra e pôs isso abaixo.

    Mesmo sendo crítico por vezes ácido do que aconteceu no estado durante os governos Covas e depois Alckimin, creio que Serra esteja se superando – seja nas crises da USP e das polícias, na política para a TV Cultura ou para OSESP.

    Seria péssimo ter alguém tão mimado e autoritário na Presidência da República.

  12. A questão central é que o
    A questão central é que o regente de uma orquestra pública não tem de agradar o governador, passageiro, e muito menos a um secretário, que nem eleito é. A orquestra é uma instituição e sua gestão deve estar acima de vontades de políticos mimados ou autoritários. O Brasil precisa aprender a distinguir entre o que é atribuição de governo e atribuição do Estado, o que muda com o governo e o que continua, como ação do Estado. Caso semelhante é o da TV Cultura (em MG é ainda pior, com a TV Minas): uma emissora pública não pode sofrer interferência do governo, deve estar acima dele, dirigido por representantes da sociedade, atendendo a princípios democráticos. Onde já se viu o jornalismo de uma emissora pública ter de agradar um funcionário público? Sim, porque o governador não passa de um funcionário público, o número um, mas funcionário público. Em democracia o Brasil ainda está muito, mas muito atrasado.

  13. Nassif, é o “fator 2010”. O
    Nassif, é o “fator 2010”. O mesmo princípio que te tirou da Cultura. Até 2010, muitas cabeças vão rolar. Alguém tem dúvidas dos prejuízos que um sujeito desse traria para o País?
    Forte abraço.

  14. Infelizmente não dava para
    Infelizmente não dava para esperar outro final. Duas personalidades fortes e vaidosas, como Serra e Neschling, quando se bicam, dá nisso aí. Vamos torcer para que o secretário João Sayad, que me parece ser uma pessoa mais sensata saiba escolher ou indicar um profissional a altura de John Neschling. Um nome interessante, que provavelmente deve estar na lista do secretário Sayad é o do brilhante violinista Claudio Cruz, que, por sinal, já se indispôs com Neschling em certa ocasião.

  15. Bem, não quero me meter nessa
    Bem, não quero me meter nessa disputa entre um maestro irascível e um governador irascível. Isso ataca meu estado zen.

    Mas surge uma dúvida: O maestro é intragável para quem? Para a administraçcao? Para os músicos da orquestra? quem reconhece o seu valor e quem o critica, dentro da OSESP?

    Não existiriam músicos mais irascíveis do que ele, talvez?

  16. Não gosto de nenhum dos dois.
    Não gosto de nenhum dos dois. Desde que o método de trabalho da orquestra se revelou tenho boicotado a orquestra. E isso porque sempre assistia às suas apresentações, quando ainda se davam no Teatro São Pedro.

    Neschling está completamente fora de fase com o que se faz de regência no resto do mundo. Não admira que esteja com medo de ver a OSESP acabar; chamava todas as responsabilidades para si, dispensou todos aqueles que poderiam ter sido seus sucessores (lembram do malfadado concurso de regência?) e ainda por cima, fica bicando a mão que o alimenta. Durante todo esse tempo, só soube dizer “a orquestra sou eu”.

    Para mim, todos os elogios que se fazem ao seu trabalho corroboram a lógica de que “os fins justificam os meios” e que invisibiliza (!) os músicos da orquestra, algo que é simplesmente inaceitável para mim – principalmente quando Jamil Maluf consegue resultados fantásticos com muitíssimo menos recursos à disposição, com uma liderança inspiradora que consegue tirar o melhor dos músicos com quem trabalha, e que ganham uma fração do que os músicos da OSESP recebem.

    Mas o pior de tudo é o legado que Neschling deixa no que diz respeito à regência. A impressão que havia é que, com o seu “sucesso”, a solução de todas as orquestras e conjuntos musicais do Brasil passava pela truculência. Sua demissão, inclusive, foi um dos aspectos dessa truculência – a qual, de agora em diante, espero que diminua.

    Quanto a José Serra, é tão mal-assessorado e ignorante que não conseguiu achar uma saída que garanta a continuidade do conjunto.

  17. Nassif,

    Como disse o Carlos
    Nassif,

    Como disse o Carlos Alberto (23:13), aqui em Minas é um pouco pio.
    O Aecinho quase acabou com a Sinfônica de Minas Gerais (da Fundação Clóvis Salgado) e criou uma OSCIP para criar a Filarmônica.
    O pessoal da OSMG já percebeu que não vai haver mais concurso para novos membros e que ela acabe por inanição (apesar de estar sobrevivendo).
    Enquanto isso, a Filarmônica está cheio de músicos trazidos da Europa (principalmente do Leste Europeu e da Escandinávia,onde os empregos para eles estão mais difíceis).
    E não são músicos consgrados, não, São garotos recém formados.

    Sem pensar em nenhuma teoria conspiratória, o que eu acho é que a política cultural desses tucanos aí é ou elitizar totalmente a chamada música erudita ou de concerto ou acabar de vez com o pouco que temos para continuar a ser “chique” ir aos EUA ou Europa e voltar dizendo que esteve em tal ou qual concerto de tal ou qual Orquestra que a maioria daqui não pode ver ou ouvir.

  18. O autoritarismo do Serra não
    O autoritarismo do Serra não tem limites. Com o beneplácito da mídia vai passando feito um trator sobre tudo e sobre todos para pavimentar sua candidatura a presidente.

    Episódios como esse, mais os lembrados pelos comentaristas, como o caso Lunus, o caso Emanoel Araujo, Sabesp, TV Cultura, máfia das ambulâncias, demissão de jornalistas, etc. expõem claramente o caráter desse sujeito.

    Vá lá que ele puxe o saco dos barões da imprensa, nomeando qualquer pinguela com os seus nomes. Mas prestigiar o lançamento de um manual de esgoto mostra o quão rapidamente está se transformando num Maluf classe média.

    Sua biografia já era um “fake” e caminha a passos largos para o pastiche.

  19. Lembro-me de ter visto na tv
    Lembro-me de ter visto na tv uma senhora, creio que na Suiça, surpresa após ouvir uma apresentação da OSESP.
    Ela teria dito:
    – Nunca ouvi Haiden (não sei como escreve) tocado assim.
    Senti orgulho de saber que algo do Brasil estava ali.
    Quem conduzia era o Neshiling.
    Soube depois que ele estava sob bombardeio.
    Deu no que deu.
    Vixe!
    Tucano é paparicado pela elite de SP.
    Tem uma orquestra das boas.
    E fica nessa.
    Deixa as picuinhas zerarem tanto tempo de aprimoramento e formação dum orgulho de SP e do Brasil.
    Que o Serra quer afinal?
    Tornar tudo uma tábula rasa onde possa reerguer qualquer bobagem que a paparicação lhe fez achar?
    Serra é um destruidor?
    Tudo bem que o maestro, degundo apuro na mídia, é um mestre de difícil trato e ganha um salário digno. Dizem ser muito.
    Mas, o resultado do trabalho foi compensador, e o dinheiro bem empregado.
    E agora?
    O estado mais rico do Brasil não pode dar ao Brasil uma orquestra que represente o Brasil?

  20. Não conheço as picuinhas
    Não conheço as picuinhas internas da OSESP e por isto não posso opinar sobre a demissão de John Neshling (pai do jovem, simpático e talentoso ator Pedro Neshling).

    Mas dois vídeos publicados no YouTube são bem ilustrativos… .

    O primeiro, um áudio em que Neshling, aparentemente sem saber que estava sendo gravado, faz um desabafo reclamando do tratamento que recebia de uma jornalista da Folha; e fala também do modus operandi da administração Serra:
    http://www.youtube.com/watch?v=JKy2OEq-bC8

    O segundo vídeo retrata um momento emocionante ocorrido no final do ano passado…
    Ante os rumores da saída do maestro, o público que lota a Sala São Paulo resolve se manifestar em coro: “Fica! Fica!”.
    http://www.youtube.com/watch?v=IaShUlAqX18

  21. É, minha gente…isto vem
    É, minha gente…isto vem confirmar que a explosão primordial do psdb foi realmente por arrogância!
    Se o Serra não consegue se entender nem com seu próprio Estado, tolice pretender presidência…cruz-credo! jogo de empurra até com orquestra?
    Mas na hipótese de ser início de treino para a corrida de 2010, parece que algum sacana inverteu as setas que indicam a linha de chegada!

  22. O que fizeram com o maestro é
    O que fizeram com o maestro é anti ético, fora o desrespeito com o grande profissional..

    Link da entrevista, estopim para a demissão, segundo o presidente do conselho Fernando Henrique.

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081209/not_imp290806,0.php

    É claro que o maestro não deu esta entrevista a toa.
    Ele veio responder a esta, que o Presidene do conselho não comentou na carta de demissão

    http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art287731,0.htm

  23. Bem,
    você agora está muito
    Bem,
    você agora está muito bem acompanhado na lista dos demitidos por motivos políticos
    ——-

    P.S.: ser´que o FHC vai assumir ibnterinamente a regência da Osesp?

  24. Porto Alegre também já teve
    Porto Alegre também já teve uma grande OSPA- Orquestra Sinfonica de Porto Alegre.

    Também foi destruída em benefício de uma megalomaníaca que quer construir uma megaprédio ao lado do histórico São Pedro. Porque, é preciso dizer, cultura é obra. De preferência civil para deixar nome à posteridade.

    Resumo, megalomaníaca obra parada e a Ospa – nunca teve próprio – nem teatro alugado tem.

  25. Foi FHC que escreveu a
    Foi FHC que escreveu a cartinha? Mal escrita, hein? Será que Dora Kramer e o blogueiro rei da gramática criticarão a forma? Quanto ao conteúdo dirão amém, evidentemente.

  26. É difícil a aceitação de uma
    É difícil a aceitação de uma crítica no serviço público brasileiro a seus xerifes, em qualquer escalão. Jamais um presidente da república dançará com uma sargento num baile de militares, sem que isso não signifique quebra de “hierarquia” e apesar de ser o comandante-chefe das forças armadas do país.

    A lealdade é um princípo que deve ser observado, mas é difícl não ser confundida com subserviência ou alianças clientelistas. Prevalecer a competência é raro, mesmo que esteja em foco a incomparável OSESP.

  27. É isso aí ! O FHC ataca outra
    É isso aí ! O FHC ataca outra vez. Não se esqueceu dos velhos tempos do tucanês: fala, fala, fala, e não diz nada Só enrola.

  28. Nassif

    Acho que aí reside a
    Nassif

    Acho que aí reside a diferença entre uma civilização que presa “sua” cultura e um “paíseco” de terceiro mundo. Serra ilustra muito bem o que a Waléria tentou dizer a você. Na mesma linha, no Rio, a Biblioteca Nacional já teve vários furtos e as condições de conservação do acervo é muito ruim.

    Por outro lado, no início do século XX, os EUA receberam vários artistas [cinema, artes plásticas – Duchamp e outros, música etc..]. Esses caras ajudaram a moldar a cultura contemporânea americana. Talvez não houvesse um cinema americano sem o italiano Frank Capra, sem o alemão Fritz Lang, sem o inglês Chaplin, sem a sueca Greta Garbo, sem a sueca Ingrid Bergaman, a belga Audrey Hepburn etc. Talvez não houvesse a arte contemporânea americana sem os vários europeus que aportaram por lá, notadamente Duchamp. Nas décadas de 1940/1950, os EUA já eram o maior produtor de arte do planeta. Daí vieram a Pop Art, Andy Warrol, Polock, instalações, performances etc. Sem falar da música com John Cage e tantos outros.

    Nessa Terra Brasilis, os intelectuar de plantão, barbáros ignorantes, destroem toda a possibilidade do Brasil deixar de ser a periferia cultural do planeta.

    A atitude do Serra só exemplifica o que vem acontecendo no Brasil há 500 anos.

    Sobram o folclore, carnaval, a Amazônia, o axé, o malandro, o futebor, Carmen Miranda [invenção dos americanos].

    Na verdade, a ação castrativa do Serra será lembrada por um bando de aficcionados de música erudita. Infelizmente, a maioria do povo brasileiro não sabe/nunca ouviu ou viu uma orquestra sinfônica em CD e muito menos ao vivo.
    Nos EUA, em todas as universidades você tem duas coisas: uma banda [os maiores compositores para bandas do planeta estão lá. Winton Marsalis já gravou vários deles] e uma orquestra. Popular [Jazz] ou Erudita.

    O Serra é a a cara do Brasil muuderrnu/chique e globalizado. Ou seria lobotimizado?

  29. Nassif

    Alguém poderia me
    Nassif

    Alguém poderia me esclarecer se essa função (sic) que o Sr. Fernando Henrique exerce é reminerada?

    Não. Ele não precisa disso. Remunera apenas o ego.

  30. Me lembra de um estratagema
    Me lembra de um estratagema chinês: matar alguém usando a mão do outro.

    E os mesmos de sempre: Serra, FHC, Estado, FSP.

    “Ele (Serra) é sem escrúpulo, passa por cima da mãe.”
    De Ciro Gomes, numa sabatina na Folha

    O Serra está retirando do caminho tudo o que pode atrapalhar os seus planos para 2010.

    Bateu o desespero. Têm que abafar a Satiagraha de qualquer jeito. A última esperança deles é eleger o Serra como presidente embora, se eleito, tomara que não, ele não poderá fazer nada contra a Satiagraha. Ele também está lá no grampo.

    O IFHC mandou ilegalmente grana para o exterior através do Dantas.

    A FSP está enrolada com o Dantas.

    Tem muita gente enrolada com o Dantas e com as CC-5 do Banestado que será investigado na segunda etapa da Satiagraha.

    Ainda tem a Alstom, a Siemens (Lista de Furnas), metro de SP, etc. É muita coisa.

    A demissão do Maestro pelo Serra por motivo fútil e a sua evidenciada reaproximação do FHC respingarão no Serra em 2010. Até mesmo em São Paulo ele perderá votos.

    Tomara que o Maestro bote a boca no trombone e conte tudo, mas não para a FSP ou Estado, Globo, etc. porque não publicarão.

  31. Que praga!! Politicagem até
    Que praga!! Politicagem até na música classica. Que país é esse. Isso é dos tempos de coronelismo. Que politicos de m… nós temos. Quando vamos nos livrar deles?

  32. Os conselhos da OSESP e da
    Os conselhos da OSESP e da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) estão dominados por pessoas ligadas a FHC e Serra. As intervenções de Serra nessas instituições objetiva sempre os seus interesses pessoais. Nunca o interesse público.
    Serra e FHC usam instituições públicas como se fossem privadas.
    João Sayad e Paulo Markun são partes do esquema de Serra.
    Esta é a realidade que pode ser comprovada por quem se interessar.
    Será que a jornalista Catia Seabra ira assinar uma matéria na Folha de SP apresentando a “versão oficial” da demissão do maestro ?

    A Cátia é uma repórter bastante profissional.

  33. Atuei na Escola Municipal de
    Atuei na Escola Municipal de Música no período em que estavam se realizando os exames para efetivação ou contratação dos músicos para a OSESP, logo após a morte de Eleazar de Carvalho. Pude sentir que dali viriam muitas mudanças com Neschiling. Confirmadas depois. Em nosso país há excelentes regentes, o problema não é de qualidade, mas de politicagem mesmo. Quem não abaixa a cabeça a tudo que recebe por escrito (às vezes nem por escrito) a ser feito, tem seu contrato rescindido. Ora, ora, direis é possível continuar ouvindo estrelas, assim, senhores FHC, Serra, Saad et toda a tucanada? Queren música erudita de boa qualidade para quem? Para o quê? Contra quem, a favor de quem?

  34. Estão fazendo com a OSESP o
    Estão fazendo com a OSESP o que fizeram com o MASP: a própria elite está desmontando o patrimônio público. O museu paulistano está um caco após anos e anos de Júlio Neves. Com tantos bilionários, com tantos negócios no mercado da arte internacional nos anos de bonança, o nosso museu só decaiu. Na OSESP acontece igual, logo mais será apenas um prédio bonito que lembrará um apogeu cada vez mais distante. Enquanto nossa elite não souber ser burguesa e achar que é uma “aristocracia cosmopolita” (seja lá o que for isso), ela será apenas o espelho do atraso com dinheiro.

    Os tucanos e seus cansados se mostram um bando de cafonas grosseiros, grossos e sem o mínimo de conhecimento artístico. Coleção Folha de Artes já basta para essa gente.

  35. Daqui a 50 anos John
    Daqui a 50 anos John Neschling será lembrado, com toda justiça, como a pessoa que ressuscitou a música clássica no Brasil. Quanto a Serra, torça para que uma parte da história de John Neschling não seja escrita dessa maneira:
    ´”John Neschling foi demitido pelo governador de São Paulo”.
    Ou seja, só um nome será lembrado.

  36. Existe um pequeno detalhe mas
    Existe um pequeno detalhe mas talvez que faça diferença e que não pode passar desapercebido.

    Os políticos são insignificantes. São lembrados pela história apenas os grandes chefes de Estado e apenas os que fizeram diferença em algum sentido. Lembramos de Napoleão, Churchill, Roosevelt, alguns Reis e Imperadores. Se alguém for lá pras terras européias e perguntar quem foi D. Pedro II poucos saberão.

    Essa é a diferença. Os políticos são insignificantes e eles, no fim das contas, não fazem difierença alguma para a humanidade, por isso não são lembrados. Alguém sabe qual foi a importância de Franco Montoro, por exemplo? O que ele fez de tão relevante pra virar nome de aeroporto? Provavelmente os brasileiros de outros estados nem saibam de quem se trata. O que eles fazem quando governam não tem importância alguma para a humanidade.

    Político depois que morre vira nome de alguma coisa: rua, aeroporto, estrada. E os outros políticos fazem essa grande (?) homenagem apenas pensando em auto-promoção, nunca em razão de qualquer relevância que o homenageado tenha, porque não tem.

    Machado de Assis não precisa de nome de rua ou de qualquer outra coisa. Ele já deixou sua obra.

    O Serra, quando “passar desta pra melhor”, será apenas nome de rua, no máximo merecerá uma avenida: Av. governador José Pedágio, digo, Serra. E apenas em SP. Ou alguém acha que ele merecerá alguma avenida no Rio, ou em Curitiba?

    Alguém sabe o nemo do prefeito de Viena quando Beethoven lá vivia (entre 1790 e 1827, mais ou menos)? Alguém sabe o nome do prefeito de Paris quando Debussy era vivo? Alguém sabe o nome de qualquer político da época de Van Gogh? E até mais perto de nós, alguém sabe – de cabeça – qual era o nome do governador do Rio (Estado da Guanabara ?) quando Villa-Lobos era vivo?

    Esse é o destino do Serra, do Lula, do FHC, e de todos aqueles sujeitos toscos que se dizem deputados, senadores, governadores, prefeitos: A INSIGNIFICÂNCIA.

    Talvez por isso que eles tentem o tempo todo dinamitar a cultura (popular ou erudita).

    Mas isso é um problema deles.

    Foram eles que se lançaram à insignificância !

  37. O dinheiro gasto com John
    O dinheiro gasto com John Neschling daria para financiar dezenas de projetos de ensino de música a estudantes das escolas de periferia.Teria uma importância infinitamente superior ao projeto do maestro competente e fanfarrão.Imagine-se uma sociedade proletária educada culturalmente no aprendizado da música erudita?

  38. o Fhc menciona também as
    o Fhc menciona também as manifestações dos músicos a respeito da entrevista. Desconheço as manifestações,mas provavelmenye foram favoráveis á entrevista. Esse (des)concerto a quatro mãos,executado por Serra e FHc, é uma obra prima do autoritarismo mimado.

  39. José Adalton

    Paralelo à
    José Adalton

    Paralelo à OSESP, sempre houve o Projeto Guri, [existe em todo o Estado de São Paulo] cuja função era/é ensinar música para garotos da periferia. Uma coisa não exclui a outra. Existe em Cubatão a Banda Sinfônica, criada com recursos da Prefeitura de Cubatão [os músicos são assalariados]. A maioria absoluta dos integrantes são egressos da escola de música de Cubatão/Projeto Guri. Essa Banda Sinfônica já se apresentou até na Áustria.

    Recentemente Alckmim/Serra repensaram o projeto, na verdade, tucanearam. Isto é, diminuiram as verbas. Hoje eu não sei a quantas anda o guri.

    NO tempo do Alckmin, o Guri foi politicamente loteado pelo MArcos Mendonça.

  40. Serra por Neschiling:
    “é um
    Serra por Neschiling:
    “é um menino mimado e autoritário”:
    Governo Serra por Neschiling:
    “Durante anos, me deixaram fazer meu trabalho e eu honrei a confiança. Agora assume um governo que acha que pode fazer melhor, apesar de não ter idéia do que seja uma sinfônica.”

  41. Este é um problema crônico
    Este é um problema crônico dos tucano: O ego. O governador e o maestro fizeram uma disputa mesquinha para ver que tem o ego maior.Perdeu,mais uma vez,a população do estado de São Paulo.

  42. Será que vale a pena bancar
    Será que vale a pena bancar milhões numa Orquestra, ao invés de investir em saúde, habitação popular ou educação?

    Até quando uma pequena parte da sociedade paulistana vai continuar achando que somos um país europeu, para bancar um luxo destes?

    É legal ir lá, assistir os concertos, eu mesmo já fui… mas a que custo? Com o Estado bancando o prejuízo para toda a classe média que vai lá?

    O Estado precisa ter uma Orquestra? Podia fechá-la e alugar a Sala SP para eventos. Pelo menos saíriamos do lucro para o prejuízo.

  43. Pérsio

    Não é preciso ser um
    Pérsio

    Não é preciso ser um país europeu. Cultura não é privilégio de europeus, americanos, chineses etc., é, sobretudo, um patrimônio de qualquer nação civilizada. Ademais, investimento em cultura erudita ou não – jamais – é gasto, Na verdade, é o maior investimento – ao lado de saúde, educação formal etc., que uma nação pode e deve fazer.

  44. Concordo com José Adailton, o
    Concordo com José Adailton, o salário de Neschling era desproporcional em relação ao de outros regentes pelo Brasil afora. Não conheço o trabalho dele, mas acredito que existam profissionais de valor que não tenham necessidade de tantos holofotes e cobrem um valor justo, de acordo com a realidade brasileira. Ainda precisamos avançar muito em matéria de política cultural. No Brasil, infelizmente a vaidade supera a preocupação com a oferta de um trabalho tecnicamente relevante.

  45. No O Globo de hoje saiu uma
    No O Globo de hoje saiu uma notinha de apenas três linhas sobre a demissão do Maestro.

    Maestro John Neschling é demitido da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo

    Plantão | Publicada em 21/01/2009 às 22p0m

    RIO – O maestro John Neschling foi demitido nesta quarta-feira da direção da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Ele estava no cargo desde 1997 e seu afastamento se deve a divergências com o governador paulista José Serra.

    http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/01/21/maestro-john-neschling-demitido-da-orquestra-sinfonica-do-estado-de-sao-paulo-754086276.asp

    A caixa para postar comentários que sempre acompanha as matérias do Globo não foi disponibilizada desta vez.

    Procurei o formulário — que sempre acompanha todas as matérias do Globo onde os internautas sugerem correções no texto da matéria — para sugerir a colocação da caixa de comentários, mas também não foi disponibilizado.

    No UOL nenhuma linha sequer falando da demissão do Maestro.

    Diversos artistas e intelectuais do Brasil e do exterior não gostaram da saída do Maestro. O troco será dado nas urnas em 2010.

  46. Eu vejo Fernando Henrique
    Eu vejo Fernando Henrique presidindo a fundação OSESP e o Sayad como secretário de Cultura, ambos que eu saiba, sem nenhuma militância na área cultural. Fico imaginando o que diria a grande imprensa se fosse um governo do PT colocando figuras carimbadas do partido, inexperientes na área, para ocupar tais cargos. Acho que estariam todos acusando-os de aparelhamento.

  47. Alguém sabe como será o
    Alguém sabe como será o mecanismo de escolha do novo maestro. Concurso público, eleição, ou vai ser indicação?

  48. Quem diria,hein? Um
    Quem diria,hein? Um ex-ministro da saúde dando prejuízo aos donos de farmácia de SP!! Quem é que vai COMPRAR OS CALMANTES E BETA-BLOQUEADORES que os músicos da OSESP usavam? O Ministério da Saúde já advertia: Osama Bin Neschiling é o câncer da OSESP!!!

  49. Alguém poderia me explicar
    Alguém poderia me explicar está historia de privatização da Faculdae Sta Marcelinha, projeto guri? É verdade que o ensino medio está a caminho da privatização? Desculpe minha ignorância, sou do estado de ms.

  50. Demorou para rolar a cabeça
    Demorou para rolar a cabeça do excelente maestro Neschling, que recuperou o respeito e a qualidade técnica da OSESP, afinal, ele não teve medo de bater de frente com o governador tucano josé serra, é em minúsculo mesmo, pois esse sujeito não é meu governador, nunca votei nesse político energúmeno, arrogante, ignorante e prepotente.
    O serra deve pensar que é uma espécie de rei absolutista, tipo Luiz XIV da França, o famoso Rei-Sól, o que no caso do serra seria o CARECA-SÓL, pois parece que o sujeito acha que o mundo deve girar em torno de sua calva medíocre e de suas idiossincrassias pessoais.
    Quem perde com essa politização rasteira tucana/serrista da OSESP é o povo de São Paulo, que méritos do governador Mario Covas, nos deu a Sala São Paulo, uma das melhores do mundo, e a reorganização e recuperação do prestígio da OSESP, sob a regência e batuta do maestro Jonh Neschling.
    Fica trista não maestro Neschiling, com certeza, pela sua competencia e brilhantismo, não lhe faltarão boas oportunidades nos Estados Unidos e na Europa, onde se reconhece e valoriza o talento e a cultura.
    Deixe o josé serra e seu séquito de puxa-sacos do governo de São Paulo na mediocridade, afinal, esse é o nível dessa gente, que não enxerga um palmo na frente do nariz, bando de provincianos e caipiras, no pior sentido do termo.
    E o mediocre ainda quer ser o próximo Presidente do Brasil, DEUS NOS LIVRE DE TAL DESDITA!

  51. A título de curiosidade, é
    A título de curiosidade, é conveniente falar da diferença entre a orquestra sinfônica e a orquestra filarmônica. Na verdade, a diferença é tão-somente referente à entidade mantenedora da orquestra.

    Orquestra sinfônica é aquela organizada e mantida com recursos públicos oficiais (municipais, estaduais ou federais). Grosso modo, a sinfônica é uma “orquestra estatal”.

    Já a orquestra filarmônica, praticamente inexistente no Brasil, é aquela mantida exclusivamente pela iniciativa privada (clubes, empresas, agremiações, admiradores etc.).

    Para quem pensa que é melhor o governo investir em diversos grupos musicais populares em vez de uma só orquestra sinfônica (que carece de muitos recursos), recomendo urgentemente uma boa dose de cultura. Diminuir o tempo de tevê e implementar a leitura de clássicos é um bom começo…

  52. Uma pena, sobretudo pelo
    Uma pena, sobretudo pelo Sayad, que também gosto e considero um grande economista – foi secretário da área na gestão Martha, inclusive. Uma história de brigas que começou mal não poderia terminar de forma diferente…

  53. Ouvi sim a OSESP. Não só ao
    Ouvi sim a OSESP. Não só ao vivo, mas em disco também. E ouvi pelo menos uma ópera com a Orquestra Experimental de Repertório (Romeu e Julieta). E repito: Jamil Maluf consegue fazer mais com menos recursos. E o mais importante, sem ter que importar músicos estrangeiros, e a despeito de só poder pagar aos músicos da orquestra uma fração do que a OSESP paga.

    O espetáculo a que assisti e que foi regido por ele foi belíssimo, musical e cenicamente, e nada deixou a dever a espetáculos ditos de “primeiro mundo”. Já li também muitas resenhas e críticas dos espetáculos que ele dirigiu, e não me lembro de ter lido uma crítica que fosse negativa.

    O que John Neschling tem de grandiloquência, truculência e empáfia, Jamil Maluf tem de competência, simpatia e modéstia. De sobra.

  54. Será que eles vão vender a
    Será que eles vão vender a OSESP, por que para os tucanos tudo que que é publico e começa a dar lucro, eles vendem logo, ou será que dessa vez vai ser diferente e vão dar para rei do esgoto reger!

  55. esse argumento de o salário
    esse argumento de o salário de Neschling ser menor do que de outros maestros pelo Brasil a fora é de uma falácia e de um pobrismo terrivel.

    Parte do principio de que, como o Brasil é um pais pobres, e de pobres, nao precisa e nao deve ter uma Sinfonica de envergadura mundial.

    Neschling recebe quase o dobro que Ricardo Castro, na OSBA (que aliás, faz um trabalho magnifico a frente de DUAS orquestras – a OSBA mesmo, e a Dois de Julho / Neojiba, talvez a melhor sinfonica jovem do Brasil hoje).

    Mas os salarios da OSESP sao desproporcionalmente BAIXOS se comparados a de outras orquestras de mesma envergadura – isto é: as internacionais.

    E esse era um ponto politico de que Neschling sabiamente nao arredava o pe: a OSESP tem de pagar melhor do que qualquer outra na America Latina, e se possivel tao bem quanto as Europeias.

    Por que?

    Porque senao o Brasil ia gastar rios de dinheiro formando musicos nas Universidades Federais – para dar de bandeja esse capital cultural pros paises de primeiro mundo, que nao teriam investido um puto furado em tais musicos.

    Isso é elitismo? A mim soa como nacionalismo programatico e de esquerda…

  56. digo mais: esse argumento
    digo mais: esse argumento pobrista anti-OSESP perde de vista a dimensao do Brasil hoje no ambito mundial, e de Sampa desde sempre.

    Sampa é uma das maiores metropoles do planeta. Precisa ter uma sinfonica a altura. Inclusive para “tocar de graça para seus pobres”.

    A Serie da OSESP esse ano pelo Brasil veio a Salvador. Fez 4 apresentacoes: uma em camera, uma em teatro grande, uma em área aberta de dia, outra em área aberta de noite. A UNICA que foi paga foi a no TCA – a ridiculos 40 reais o ingresso.,

    sim, ridiculos! Nao se ve em pais civilizado uma orquestra como a OSESP por menos de 100 dolares a entrada…

  57. A fúria de demissão do Serra
    A fúria de demissão do Serra na Cultura de São Paulo nos dá uma pista do risco que corremos se o PSDB voltar ao poder como pretende. Todos sabemos que a Cultura em São Paulo faz lembrar a famosa frase de um empresário norteamericano – “Quando ouço falar em Arte, vou logo sacando meu talão de cheque” – mas nosso governador está extrapolando : passou a foice primeiro na TV Cultura (não é Nassif) e agora, em parelha com o Farol, demite escandalosamente o maestro criador da OSESP. Vai ver, se ele chegar a Presidência, a primeira medida que ele vai tomar será demitir o Povo.

  58. Nassif, a população de São
    Nassif, a população de São Paulo que se cuide com essa dupla Serra-FHC, porque até 2010, eles vão “trabalhar” um bocado. Imagine se perdem pela terceira vez…
    Foi pena FHC não ter feito pelo menos umas três “cartinhas” de demissão iguais a essa, enquanto estava na Presidencia. O Brasil agradeceria.
    Agora uma pergunta, será que um dos dois toca flauta?..

  59. Mais uma vez, aflora o
    Mais uma vez, aflora o manjado esquema subserrâneo em ação.

    Finalmente a virada cultural vai poder contar com a Osesp e, com jeitinho, acabam executando até o hino do Palmeiras.

    A sacanagem em progressão continuada, depois da Educação, chega à Cultura e se espraia subserrâneamente, sob o olhar complacente e o silêncio obsequioso da mídia amiga.

  60. Como diria Paulo Henrique
    Como diria Paulo Henrique Amorim: “É o Farol de Alexandria jogando suas luzes sobre o cenário cultural paulistano”.

    É uma lástima. E vergonhosa a maneira como tudo se processou.

    Soledad

  61. há uma enorme mistificação a
    há uma enorme mistificação a respeito da qualidade da osesp pós neschiling.
    o dito cujo é um colosso de articulação política e marketing. uma capacidade de trabalho monstruosa! mas vamos mais devagar com o andor qdo se fala de qualidade. a orquestra soa bem? soa, quase sempre. tão melhor do que as outras? às vezes sim. mas nem sempre. e nem tanto.
    o fato é que , me desculpem a sinceridade, muita gente na blogosfera ouviu o galo cantar e não sabe aonde…o trabalho de imagem feito por ele para si mesmo foi fantástico e rendeu pontos bônus para a osesp. mas quem conhece minimamente os bastidores sabe que a truculência é soberanda. uma mentalidade narcisista, desrespeitosa e autoritária que desnecessariamente tortura, ameaça e usa palavras de baixo calão com os músicos. não aceito isso nem na selva corporativa. seja num banco , numa agência de publicidade ou numa escola eu defendo a progressiva eliminação destes egos nocivos. poderíamos ter uma osesp maravilhosa sem neschiling ou outro autoritário qualquer. o problema maior é, sim , o desmonte das outras entidades. esta da sta marcelina eu não sabia…

  62. Que tragédia!! E o “menino
    Que tragédia!! E o “menino mimado” quer ser presidente em 2010? Imagine ele querendo desmontar tudo o que resta de cultura em nível nacional! Vá de retro!!
    E o FHC só aparece no cenário nacional pra dar vexame, meu senhor, vá para um analista!! É a fogueira das vaidades!!

  63. Olá pessoal a situação esta
    Olá pessoal a situação esta grave para a Cultura do EStado de São Paulo !!!
    O ano passado foi o Neschiling, a OSESP, também o Conservatório de TAtuí, com demissão de professores e depois um processo seletivo para professores feito com cartas marcadas, ficamos sabendo também pelos nossos colegas de tatuí a extinção do Festival de Música Popular de Tatuí e também o Brasil Instrumental, que fomentava a música instrumental brasileira.
    Sou aluna da ULM (não aceitamos esse nome EMESP, o qual nos deparamos no começo do ano) e acabo de voltar de uma manifestação que os alunos fizeram em frente a ULM seguindo direto para a Secretaria de Cultura do Estado.
    ESTAMOS DE LUTO PELA ULM !!!
    Mas depois de ler todos esses depoimentos… estamos de luto pela cultura No EStado de São Paulo !!!

    Quem ainda não sabe o que está acontecendo na ULM pode ler aqui:
    http://www.scribd.com/doc/13720387/O-QUE-REALMENTE-ESTA-ACONTECENDO-COM-A-ULM-ULM-vs-SANTA-MARCELINA

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