A Estória do Soldado, de Igor Stravinsky

A Estória do Soldado, de Igor Stravinsky

Trata-se de uma obra extremamente curiosa do “Picasso da Música”, baseada em um conto popular russo. Segundo as instruções do compositor, ela deve ser “lida, tocada e dançada”. O conjunto musical, o narrador e os bailarinos compartilham o espaço exíguo do palco, dando ao espetáculo um toque minimalista.

A estória conta as peripécias de um soldado em licença, louco por visitar a mãe e abraçar a noiva, só que ele encontra no caminho o diabo travestido de um velhinho. Esse propõe trocar o violino do soldado por um livro que lhe irá ensinar, de forma infalível, a ser rico e poderoso. O soldado cai na conversa do “cão”, sem conhecer o alto preço que terá de pagar.

Musicalmente, essa peça representa uma transição entre a primeira fase impressionista/pós-romântica de Stravinsky, onde ele no final já usa e abusa do ritmo e da harmonia politonal (cf.a Sagração da Primavera); e a segunda, que é a neoclássica (na terceira, ele abraçaria por completo a dodecafonia de Schönberg). Enquanto que na primeira fase as composições previam grandes orquestras, na segunda, Stravinsky preferiu reduzir o tamanho dos conjuntos a dimensões tipicas da época antes de Haydn. 

No video, a apresentação realizada no Festival de Verão de 2002 da Sociedade de Música La Jolla, em San Diego (Califórnia). O conjunto de musicos é dirigido  por Esa-Pekka Salonen, a coreografia é de John Malashock, e John Rubinstein é o narrador.

A narração é inglês, bem audível e compreensível. Com vistas a não se perder o fio da meada, sugiro, de qualquer forma, a leitura prévia da apresentação e resenha da peça no Wikipédia, , emhttp://en.wikipedia.org/wiki/Histoire_du_soldat. 

Luis Nassif

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