Sexta fiz uma reunião musical aqui em casa. Entre outros, vieram os velhos amigos do choro – Lineu, o acordeonista Tales, o sete cordas João Macacão, mais dois craques das rodas da Capital Federal. – meu velho amigo Eduardo Gudin e os novos (para mim) cantores de São Paulo, trazidos pela cantora-compositora Vanessa Bumagny.
Algumas coisas me chamaram a atenção. Primeiro, o fascínio que Gudin exerce sobre a moçada. E com razão. Da nossa geração dos velhos festivais da Tupi, Gudin sempre foi o mais talentoso, compondo uma obra vasta e de alta qualidade.
Outro ponto, foi a total identidade da rapaziada com a música brasileira tradicional. Todos trazem do berço Herivelto, Sá Pereira, Joubert de Carvalho.
Depois falarei dos outros músicos. Agora, fico com o Luiz Gayotto, ótimo cantor, instrumentista e compositor. Sua obra revela algumas das influência na música paulista – alguns experimentalistas dos anos 70, Roberto de Carvalho, os roqueiros mais recentes, que conseguem mesclar o experimentalismo de uma forma não hermética e, especialmente, o som de Zeca Baleiro.
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