As panelas

Dona Izolina era filha de Dona Ignez que em Três-rios-Estação muito fez pelo sangue. Lá negro morreu desprevenido, no mato, louco, mais Dona Ama de leite, escrava da casa grande, fino tratos, e escrava ficou nervosa com a incerteza do destino que tivera a alma da irmã separada ainda na saída do navio negreiro, do marido escravo conhecido na senzala, o mais velho do lugar, pois tudo tem uma entrada para cúmplice colaboradora na evolução humana, sobreviver!

Espíritos ancestrais destes ciclos me deixem de lado, por favor!

Andares! E Logo na primeira loja apareceu este disco: Nervo de Aço.

Disse que estava bem, comprei o disco e por que determinou a lembranças indeterminadas, para a pessoa eu, recomendou alguém, insistentemente talvez à mulher que eu deixei , o a carência da decisão, não sei se consentisse em saldar as vinte moedas que no amor morreu e débito ao filho (o pregador navegador do Cerne tribal sem questões), falou nos deveres de amor e altruísmo para com o achegado e se exonerou infrutuoso.

A Dona virou parceira calada. Porém não apagou os mil-réis ao soldado Sebastiao. Não valia um centavo. O que foi um dos motivos da medita havido nos filhos do avo Alferes não escravo. Eu sou um destes descendentes.

Por essa época tinha meus vinte-um anos e já por qualquer coisa serio demais ou guerreava demais. Ou depois calado chorava silenciosamente, sofria depois calava.

Diziam para mim: O Só!

Escutei na primeira vez com minha mãe este disco, tinha uma musica que gostávamos em corriqueiro, nervo de aço com Jamelão, o interprete preferido de Lupicínio, mas logico em silencio aprisionado e como aprendiz de feiticeira. Coloquei o disco no volume acima do médio. Ela ia e vinha que era um despropósito. Acrescentei a capa: Linda demais e despontei, aqui estão meus olhos amarelos, gato e felino.

Bateu com a mão no meu ombro e onde esta a musica que eh para minha. Ela ia e desandava a preparar a comida quando coloquei: a faixa: 6 Não quero mais amar a ninguém , a lamentar de incisar um coração puro.

Dá uma boa resposta, pensou Dona. E levou o filho ao finito fidedigno do mundo.

Especial Elifas Andreato, pintor de música

Por Daniel Brazil – 09/08/2010

Elifas Andreato é um dos maiores artistas gráficos do país. Ilustrador, cenógrafo, escultor, capista de livros, cartazista, editor e também escritor. O que ele faz aqui na Revista Música Brasileira?

Bom, pra quem não sabe, Elifas é o artista plástico mais envolvido com a nossa música que se tem notícia. Marcamos uma conversa no seu escritório, no bairro de Perdizes, em São Paulo, para ouvir sobre este namoro, que começou quando foi convidado a ilustrar a coleção História da Música Popular Brasileira, da Abril Cultural, em 1970.

Elifas – A coleção da Abril foi a grande vitrine que me apareceu. Embora fosse muito jovem, eu também ia pras entrevistas. Eu tinha a missão de recolher, no arquivo pessoal de cada entrevistado, o material que eu usaria no fascículo. Então eu passei a conhecer essa gente toda. E devo lembrá-los que os velhinhos já eram esquecidos. O Nelson Cavaquinho, Lupiscínio, o próprio Pixinguinha, Ismael Silva… já não tinham espaço. Vinha surgindo uma nova geração de grandes criadores, que estão aí, e esses mais antigos estavam meio esquecidos.

Segue aqui:

http://revistamusicabrasileira.com.br/especial/elifas-andreato-pintor-de-musica

Mas, O disco:

1 Sentimentos (Mijinha)2 Comprimido (Paulinho da Viola)3 Não leve a mal (Paulinho da Viola)4 Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues)5 Roendo as unhas (Paulinho da Viola)6 Não quero mais amar a ninguém (Zé da Zilda, Carlos Cachaça, Cartola)7 Nega Luzia (Jorge de Castro, Wilson Batista)8 Cidade submersa(Paulinho da Viola)9 Sonho de um carnaval (Chico Buarque)10 Choro negro (Fernando Costa, Paulinho da Viola)

Luis Nassif

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