Censura nunca mais!

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Campanha contra a censura
Idealização: Marianna Leporace e Felipe Radicetti
Música: Felipe Radicetti
Letra: Mauro Aguiar
Direção de imagem: Paulo Mauricio
Realização: Zênitha Produções
 
A voz mais viva é a que não cabe na moldura
A língua solta tanto bate até que fura
O muro vira uma miragem se evapora
E a bola fora vai perdendo o gás.
Por isso agora eu vou dizer pra você sem temer, 
me calar, nunca mais!
Ninguém pode tapar o sol com a viatura
A voz da rua vai se levantar!
É, não dá, não dá para domar
Quando a verdade quer se alastrar
É, não dá, não dá para abafar
O que ninguém jamais censura.

 
A pele, o rosto, o corpo fala enquanto sua
Não se habitua a se calar e o tempo soa
Ninguém jamais cerceará a vida crua
Cabe a você também se desnudar.
Por isso agora eu vou pedir pra você, tente ver 
Sem temer e voar.
A arte é a parte mais inteira da aventura
Que a raça humana se mostrou capaz.
É não dá, não dá pra boicotar
que a cultura quer te incomodar
É não dá, não dá para vetar
o corpo diz: jamais censura!
 
Tem mais valor o que sai da boca pra fora
Informação de não em não é mal que encrua
A boa nova quer correr cidade afora
Nossa emissora sempre está no ar
Por isso agora eu vou torcer pra você escrever, sem temer, digitar.
 A rede é hard, mas cê acha uma ranhura
Para a verdade sempre se mostrar
Ah! Não dá, não dá, não vai rolar
Esse projeto de nos vigiar
Ah! Não dá, não dá pra desligar
O olho vê já sem censura.
 
Eu não aceito mais emenda e nem rasura
Essa tesoura morreu lá com a ditadura
Não tem pra escola com mordaça e castradora
Abre a cachola e deixa o sol entrar
Por isso agora eu vou lutar pra você conhecer, sem temer pesquisar
Educação só serve se libertadora
Ao professor não se encarcerará.
É, não dá, não dá para aceitar
qualquer perseguição a quem pensar
É não dá, não dá pra desculpar
a mente é luz, jamais censura.
 
Só a má fé persegue quem não segue a bula
Não há quem cale em mim quem sou, ninguém me cura
Também não tem pra homem de bem, nem escritura
Cabeça feita sabe respeitar
Por isso agora eu vou rezar pra você sempre crer sem temer, religar.
Esqueça a fé que tudo odeia e é mercadora 
Coisa mais feia é esse deus voraz.
Ah! Não dá, não dá para louvar
A fé que quer calar seus desiguais
Ah! Não dá, não dá pra segregar
A alma em paz, jamais censura.
 
A turbamulta espuma, expõe, impõe patrulha
Arruma treta, aponta o dedo e faz calúnia.
E julga o mundo enquanto lincha e grita e apupa
E põe a culpa em quem primeiro achar
Por isso agora eu vou ferir este seu calcanhar, insistir em cantar.
Só quem tolera o outro, ganha em estatura
E pode ler seus pontos cordiais
É, não dá, não dá pra mascarar
A sombra que se ergueu desses umbrais
Mas já dá, já deu pra esconjurar
É hora! nunca mais censura!
 
É, não dá, não dá para domar
Quando a verdade quer se alastrar
É, não dá, não dá para abafar
O que ninguém jamais censura.
 
É, não dá, não dá para domar
Quando a verdade quer se alastrar
É, não dá, não dá para abafar
O que ninguém jamais censura.
 
É, não dá, não dá para domar
Quando a verdade quer se alastrar
É, não dá, não dá para abafar
O que ninguém jamais censura.
 
A língua solta tanto bate até que fura
Ninguém pode tapar o sol com a viatura
Essa tesoura morreu lá com a ditadura
Afasta a sombra deixe o cale-se lá.
 
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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