Daniela Spielmann leva afinidades e ecletismo ao seu novo CD, por Carlos Motta

Daniela Spielmann leva afinidades e ecletismo ao seu novo CD

por Carlos Motta

Depois de dois anos de ensaios, arranjos e gravações, a saxofonista e flautista Daniela Spielmann está lançando o CD “Afinidades”, o primeiro disco com composições próprias em 20 anos de carreira, a contar do álbum de estreia do grupo Rabo de Lagartixa, lançado em 1998. Instrumentista virtuose, nesse CD Dani também se mostra como exímia arranjadora e compositora.

Gravado com o seu quarteto, com Xande Figueiredo na bateria, Domingos Teixeira no violão, e Rodrigo Villa no contrabaixo, todos amigos e parceiros de projetos musicais, o novo disco ganhou ainda diversas participações especiais, como as de Sheila Zagury (piano), Anat Cohen (clarinete), Silvério Pontes (trompete e flugel), Alexandre Romanazzi (flauta), Dudu Maia (bandolim), Idriss Boudrioua (sax alto), Beto Cazes (percussão), Nando Duarte (violão de 7 cordas), viola (DhyanToffolo), violoncello (Matheus Ceccato) e os violinos de Oswaldo Carvalho, Rogério Rosa, Glauco Fernandes e William Doyle.

A atmosfera de sintonia, amizade e afeto permeia o trabalho e se reflete em seu próprio nome: “Afinidades”. “A afinidade ocorre quando há encontros verdadeiros, quando a gente se sintoniza com ideias, gostos e sentimentos de outra pessoa. Todas as músicas do álbum são dedicadas a pessoas e situações onde a afinidade aconteceu”, explica Dani Spielmann.

O CD contém faixas para estudo musical, sem os solos, e partituras em PDF para vários instrumentos.

A saxofonista compôs, arranjou e produziu um repertório com composições inspiradas em situações e afetos que vivenciou. Estudiosa da música brasileira, musicalmente, o CD abraça diversos gêneros brasileiros e hibridações como maracatu, samba-choro de gafieira, afoxé, baião, samba-latino e bossa-nova, um reflexo também da pluralidade musical do quarteto. Fortemente marcado pela brasilidade, seja pelo repertório ou pela maneira de tocar, o grupo se inspira na premissa jazzística de criação coletiva, ao vivo, primando por sutilezas de comunicação que só o tempo e o conhecimento profundo da alma musical permitem.

O quarteto começou a se apresentar em 2001. Ao longo do tempo, os shows contaram com as participações de Aurea Martins, Sivuca, Ricardo Silveira, Zé Menezes, Anat Cohen, Nicolas Krassic , Silvério Pontes e Zé da Velha, e Zélia Duncan, entre muitos artistas. Desde então, o quarteto vem participando de inúmeros festivais nacionais e internacionais.

Daniela Spielmann é uma das poucas saxofonistas brasileiras em atividade e nome obrigatório entre os craques do instrumento. Seus grandes trunfos são a força interpretativa somada à criatividade de suas composições e arranjos. Sua trajetória é longa e farta de projetos importantes. Em 2001, lançou seu primeiro CD solo, Brazilian  Breath, trabalho que foi indicado ao Grammy Latino em 2002.

Fez parte da banda “Altas Horas” do programa homônimo, comandado pelo apresentador Serginho Groisman, do ano 2000 a 2014, na TV Globo elaborando arranjos semanais de acordo com o repertório do programa. É integrante também do grupo Rabo de Lagartixa, duo Spielmann- Zagury, Mulheres em Pixinguinha, Choro na Rua  e Cordão do Boitatá. Já se apresentou com grandes nomes do cenário da MPB Instrumental como Sivuca, Zé Menezes, Zé da Velha e Silvério Pontes e Anat Cohen, além de cantores como Aurea Martins, Moyseis Marques e Zélia Duncan, entre outros.

Daniela participa anualmente como solista convidada desde 1998 no Clube do Choro de Brasília e em vários festivais como líder, no Brasil e no mundo em países, como Estados Unidos, Argentina, Chile, Colômbia, França, Suíça, Portugal, Israel e Paraguai. Em 2017 foi convidada a dar aulas no Choro Camp em Port Townsend, Seattle, junto ao Trio Brasileiro e Anat Cohen. Ao longo do período em que trabalhou na TV se apresentou com inúmeros artistas de variados estilos, como Sidney Magal, Fafá de Belém, Paula Lavigne, Elza Soares e Jota Quest, entre outros.

Em 2014 começou a integrar o grupo de palco do Cordão do Boitatá tendo se apresentado e contribuído com arranjos nos palcos carnavalescos nos shows de 8 horas de duração, com artistas renomados, internacionais e nacionais de diversos estilos e gêneros, como Kezya Jones, Graça Cunha, João Donato e Pedro Miranda. Em 2016 se juntou ao trompetista Silvério Pontes e iniciou uma parceria no projeto Gafierando e Choro na Rua. (Informações da assessoria da artista)

 
Redação

1 Comentário

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  1. Grande instrumentista!
    Grande instrumentista! Sou muito grato ao tio dela, o saudoso José Carlos Spielmann, que me apresentou a Bird, Mingus e Monk, entre outros quando eu era adolescente. Ele falava com muito orgulho da sobrinha.

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