Farolito, por Agustin Lara

Olha, que preciosidade: o clássico latino-americano “Farolito”, composto pelo Tom Jobim do México (Agustin Lara), interpretado pelo autor (agustin_lara_farolito.mp3)

Aliás, depois de passar o reveillon ouvindo os boleros clássicos com Nana Caymmi, deu mais vontade de dar um coque em quem fala depreciativamente do gênero. O bolero produziu alguns dos mais importantes clássicos da canção do século 20.

Luis Nassif

8 Comentários

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  1. Que absurdo ! Amo boleros, e
    Que absurdo ! Amo boleros, e são tantos lindos que não dá nem para listar.
    Talvez quem depreciasse os boleros hoje estão revendo sua posição em face da total indigência e falta de criatividade musical de hoje em dia.

  2. O importante de um gênero
    O importante de um gênero musical é que ele nos fale ao coração. Todos são belos e tm seu público fiel. É claro que uns primam pelo esmero, enquanto outros são tão rasantes, como o vôo de gaivota apanhando peixe, mas e daí? O que importa é aquele apertozinho no coração, a vontade de sorver um drink gelado, o desejo do aconchego com alguém especial, rodopiar pela sala ou até mesmo remexer o esqueleto. Com o tempo vai-se ficando mais seletivo, talvez uma forma de o corpo dizer que é hora de “maneirar” os requebros ou a boemia.

  3. e, que tal edye gorme e trio
    e, que tal edye gorme e trio los panchos?
    enquanto houver amor, amor, amor…. enquanto houver noches de ronda …. enquanto alguém disser quizas, quizas, quizas, haveremos de ouvir boleros
    e viva armando manzanero!

  4. Mas compôs para ela, Maria
    Mas compôs para ela, Maria Félix, uma das músicas mais belas do século (“Acorda, em Acapulco”). E sabe quem era a grande rival de Maria Félix em Acapulco? A brasileira Leonora Amar, sobre quem já escrevi aqui.

  5. Coque no, muchacho. Pues te
    Coque no, muchacho. Pues te arriscas a ferir la mano en los cuernos de aquel que no entiende ese bello género musical. Eu já criado uma rádio do Agustin Lara no site “Pandora”. Rapaz, aparece cada preciosidade…

  6. Essa e muchas más canciones
    Essa e muchas más canciones podem ser ouvidas no CD duplo “El mejor de lo mejor” com o próprio Agustín Lara cantando e se acompanhando ao piano e violinos.. Ao todo são 27 inolvidáveis canções (a maioria boleros e mais uma salsa e um tango) todas compostas por ele. Imperdível! Quanto a “Maria Bonita”, cuja letra inicia-se assim, “Acuérdate de Acapulco, de aquellas noches…” (Recorda-te de Acapulco…), e por aí vai a lindísima canção. A bela atriz mechicana María Felix, a quem foi dedicada a canção, foi com ele casada. Mas, isso é uma outra história. Informando ao interessado Cornélio, os dois CDs podem ser comprados na CDpoint. Mas, tenho um certa insatisfação com essa importadora que está me devendo um CD que foi pago, e já faz muito tempo, e não me envia. É isso. Henrique Nascimento.

  7. Tardio comentário sobre um
    Tardio comentário sobre um tema tratado há dois anos e meio. Por itens.

    1) Claro, há uma infinidade de boleros maravilhosos. O preconceito contra o gênero de alguns cultores da bossa-nova é incompreensível. Afinal, o mais constante (e maior) bolerista brasileiro foi Tom Jobim. Desde Solidão, Foi a Noite, Engano e Teu castigo, até Anos Dourados e Luiza. Viva o bolero, a única música de um continente.

    2) Farolito não é um bolero, apesar de ter sido composto pelo maior bolerista de todos os tempos. Trata-se de um vals. O CD mencionado é de fato uma maravilha.

    3) A despeito do que foi dito de Tom, a comparação entre ele e Don Agustin, talvez não proceda. Claro, Lara é o maior de todos os compositores mexicanos. Jobim, aceito, pode ser indicado como o maior compositor brasileiro, ainda que julgo ter sido Pixinguinha superior a ele. Ocorre que o bolero de Tom, em estilo, é diferente do bolero de Lara. Agustin Lara é maravilhoso, mas um bolero mais tradicional, com muito mais sangue que o de Jobim. Amor de mis amores e Foi a noite, por exemplo, são típicos dos dois compositores.

    4) O bolero de Jobim é claramente feelinero. A vertente do bolero que vem de dois fantásticos cubanos: Cesar Portillo de La Luz (ainda vivo, residente em Miramar, Havana) e José Antonio Méndez (atropelado e morto no final dos 80 em frente a um dos templos do feeling, o Hotel Saint John, no coração de Vedado). E que data da segunda metade dos anos 40. Assim, os boleristas mexicanos que poderiam melhor ser comparados a Jobim são Garrido e Manzanero. Com Armando, Jobim chegou a se apresentar para televisão e, penso, inclusive a fazer shows. Com Vicente, não tenho notícia que tenha havido interação entre eles. Mas, existe similaridade na música dos dois. Um exemplo é a tradicional gravação de Nat King Cole de No me platiques más, que tanto sucesso fez no Brasil dos anos 50.

    5) Enfim, saúdo a manifestação de gente inteligente favorável ao bolero. Inclsuive porque o bolero tantas vezes cantou o amor bem sucedido e afelicidade. Claro, Don Agustin não compos boleros de felicidade.

    Abraços

    Mauro

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