Jornal GGN – Evaldo Gouveia, compositor e violonista cearense, morreu nesta sexta, dia 29, em Fortaleza, vítima de Covid-19, aos 91 anos. Evaldo foi grande, autor de 1.200 composições e tendo cerca de 700 delas gravadas, ganhou o país nas vozes de Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Alaíde Costa e Maysa Monjardim. Foi gravado e regravado, mas teve também carreira solo, fazendo parte do Trio Nagô, ao lado de Mário Alves e Epaminondas Souza.
O músico estava com a saúde debilitada desde 2017 morando em São Paulo. Voltou para Fortaleza e continuou seu tratamento, mas contraiu coronavírus e seu quadro, já debilitado, o levou.
Evaldo foi referência da MPB da era do rádio, com auge entre 1940 e 1950 no Brasil. Teve seu período de ouro no Rio de Janeiro, no fim da década de 1940, levado pelo sucesso obtido no circuito de bares de Fortaleza e premiações em programas de calouros em rádios. Foi nessa época que surgiu o Trio Nagô.
E o Trio foi para o Rio, apresentar-se na Rádio Nacional, do Rio. E a eles se junta a voz de Nelson Gonçalves, que ajudou na repercussão de composições de Evaldo.
Evaldo completou 90 a nos em 2018, e várias comemorações foram feitas em tributo à sua arte.
“O Mundo Melhor de Pixinguinha”, em parceria com Jair Amorim, virou samba-enredo da Portela em 1974, e Evaldo ainda criou as chamadas “marchas-rancho”, a exemplo de “Bloco da Solidão”, celebrada nos bailes durante os anos de 1970.
Luciano Hortencio separou algumas das mais belas composições de Evaldo Gouveia.
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Compositor de talento raro e indiscutível, que eternizou seu nome na história da Música Popular Brasileira como autor e também como integrante da brilhante parceria com Jair Amorim. Mais uma estrela musical que enriquecerá a partitura celestial e os palcos do infinito universo da música.
Bons tempos em que a música tinha alma e seus intérpretes sabiam traduzir essa alma. Evaldo Gouveia é mais uma dessas estrelas que brilha no firmamento.
Ouvi muito na minha juventude romântica. A seresta fica cada vez melhor do lado de lá.