Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Meu Nome É Raul Marques

 

O início do vídeo acima apresentado dá uma idéia perfeita de como o artista é tratado no Brasil. O grande sambista, compositor, percussionista e cantor Raul Marques, antes de começar a cantar, precisa dizer com simplicidade: MEU NOME É RAUL MARQUES!

Também eu estava incluído no rol dos que conheciam Raul Marques apenas superficialmente, apesar de já ter, no canal youtube luciano hortencio, vários vídeos com excelentes sambas de Raul Marques.

Saí dessa listinha através do amigo William Marques, sambista e violonista da cidade de Xerém, sobrinho do grande Raul Marques e entusiasta de sua obra. Em um de meus vídeos William faz a todos um simpático e espontâneo convite: “Quero ser amigo, no Facebook, de todos os que gostarem do samba de Raul Marques”.

 

 

A partir daí começamos conjuntamente a trabalhar no resgate das composições e fotos do sambista Raul Marques. Abaixo uma excelente foto conseguida por William Marques, com seu tio sambista e sua mulher Dionéia, em 1954.

 

Trago à colação os dados artísticos de Raul Marques contidos no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.

http://www.dicionariompb.com.br/raul-marques/dados-artisticos

 

Dados Artísticos

Começou a compor em 1930, e seu primeiro samba “O amor que não morreu”, foi gravado por Arnaldo Amaral, em 1934 na Columbia.

Por volta dessa época, foi diretor da extinta escola de samba Unidos da Saúde, que ajudou a criar. Em seguida, passou três anos na também extinta escola de samba União Barão de Gamboa, voltando mais tarde para a Unidos da Saúde. Então, transferiu-se para a Recreio de Ramos. Em 1936, fez com Buci Moreira o samba “Contentamento” gravado por Aracy de Almeida na Victor. Nesse mesmo ano, fez com Ernâni Silva os sambas “Eu e você” e “Helena” gravados em dueto por Aracy de Almeida e Castro Barbosa. Em 1939, teve gravado por Dircinha Batista na Odeon seu samba “Eu gostava tanto dele”, parceria com Valdemar Silva e por Haydée Marcondes o samba “Vou tratar de mim”, com Romeu Gentil. Nesse ano, fez com J. Miranda Pinto o samba-canção “Grande mágoa” gravado por J. B. de Carvalho na Victor.

Em 1940, compôs o samba “Dança mas não encosta”, com Roberto Roberti lançado na Victor por Linda Batista para o carnaval do ano seguinte. Nesse ano, Patrício Teixeira gravou o samba “Que calor!” e Odete Amaral a batucada “Só me falta roupa”, as duas em parceria com Romeu Gentil e Valdemar Silva. Em 1941, Patrício Teixeira gravou os sambas “A gargalhar eu fiquei” e “Não bote a mão na sandália”, Odete Amaral a marcha “Palco da vida” e a rumba “Apaixonada” e a dupla Joel e Gaúcho o samba “Vem cá, Jurema”, parcerias com Valdemar Silva. Em 1942, participou do filme inacabado de Orson Welles, “Jangada”, também conhecido como “Tudo é verdade”, filmado no Brasil, especialmente no Rio. Nesse ano, teve gravados os sambas “Professora de latim”, com Valdemar Silva, por Cyro Monteiro e “Minha despedida” e “Falta meia hora”, com Romeu Gentil, por Carlos Galhardo, os três na Victor.

Atuou nos conjuntos Os Ritmistas e Os Poetas da Voz na década de1940, tocando vários instrumentos de percussão. Por intermédio de Buci Moreira passou a freqüentar gravadoras, tornando-se um dos ritmistas mais requisitados para os acompanhamentos dos discos de diversos cantores e compositores. Em 1944, fez com Henricão e Buci Moreira o samba “Divina dama” gravado na Continental por Hélio Sindô. Em 1945, fez com Ataulfo Alves o samba “Vá baixar em outro terreiro”, gravado na Victor por Ataulfo Alves e suas pastoras e com Carlos de Souza o samba “Falso batuqueiro” gravado por Jorge Veiga na Continental. Nesse ano, obteve seu maior sucesso, com o samba “Coração também esquece”, com Príncipe Pretinho, gravado por Jorge Veiga na Continental. No ano seguinte, Chocolate gravou na Continental o samba “Preto, só o telefone”, com Geraldo Queiroz e Jorge Veiga, também na Continental, os sambas “Meu aniversário”, com Carlos de Souza e “Baile da Pieade”, parceria com o próprio Jorge Veiga.

Em 1947, teve outra e suas parcerias com Príncipe Pretinho gravada por Jorge Veiga, o samba “Estrela do mal”. Nesse ano, fez com Alberto Maia o samba “Ciúme e nada mais”, também lançado por Jorge Veiga, um de seus principais intérpretes. Teve ainda no mesmo período, gravado por Rubens Peniche o samba “Balisa de escola”, com Zé Luiz e Gentil de Castro. Em 1948, Jorge Veiga gravou o samba “Hei de cantar”, com Arnô Canegal. Em 1950, mais dois de seus sambas foram gravados por Jorge Veiga na Continental, “Maior sou eu”, com Amadeu Veloso e César Brasil e “O pagode está redondo”, com Amadeu Veloso. Nesse ano, teve o samba “Sou boêmio”, com Betinho e César Brasil gravado por Nuno Roland na Todamérica.

Em 1954, seu samba “Uisque de pobre”, com Estanislau Silva e Heber Lobato foi gravado na Continental por Ruy Rey e sua orquestra. Também nesse ano, teve gravado o samba “Perdão, senhor!”, com Orlando Soares e Heber Lobato, por Guio sde Morais e seus parentes. Em 1955, teve sua possível olbra-prima, o samba “Risoleta”, com Moacir Bernardino, gravado por Risadinha na Odeon e o coco “Coco duro”, com César Brasil lançado por Carmen Costa na Copacabana. Em 1956, seus sambas “Dengosa”, com Estanislau Silva foi gravado por Jamelão na Continental e “Dedo de Deus”, com Ari Monteiro foi gravado por Odete Amaral na Todamérica. Em 1957, teve dois sambas, parcerias com Rosa de Oliveira e Carlos de Souza gravados por Blecaute na Copacabana, “Decisão amarga” e “Rei dos reis”. No ano seguinte, o mesmo Blecaute gravou o samba “Está chegando o general”, com Rosa de Oliveira e Carlos de Souza.

Em 1959, Zilá Fonseca gravou na Columbia o samba “Reconciliação”, com Fausto Guimarães. Em 1960, o samba “Cachoeira”, com Antônio Soares foi gravado pot Alcides Gerardi na Columbi

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

6 Comentários

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  1. Quando fevereiro chegar

    MEU CARNAVAL É VOCÊ!

    Neste carnaval
    minha escola de samba será você!
    Vou te fantasiar na minha pele
    e nossa ala se chamará Prazer!

    E na grande avenida
    nosso carro alegórico será um grande coração!
    Todo o público de pé
    cantará nosso refrão!

    Dos nossos corpos suados
    rastros de amor ficarão pelo chão.
    A cor da nossa escola será vermelha
    pra representar nossa paixão!

    A grandiosa bateria
    tomada de comoção,
    tocará com maestria
    o tum-tum-tum do coração!

    Chegado o momento
    de encerrarmos o carnaval
    ficará em nossos corpos
    um desejo sem igual!

    E certos de que o amor
    contagiou toda avenida
    por anos a fio ouviremos:
    -Foi a escola mais bonita!

  2. Bom da cabeça

    Muito bom conhecer mais dos sambas de Raul Marques. Não havia prestado atenção ao compositor, mas ja conhecia uma e outra de suas composições. Gostei de conhecer mais. O moço tinha muito talento e amor ao samba.

    Salve salve, Luciano !

     

    [video:http://youtu.be/HMf9byiI5m0%5D

    1. Raul Marques

      Fiquei muito Feliz em saber que contribui de alguma forma, Possuo esse vinil, e acho essa musica fantastica, por isso resolvi fazer o Video, muito obrigado!!!

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