Niva, as águas que passam às vezes voltam… por Luciano Hortencio
No fim da década de 1950, Niva começou sua carreira de cantora, acompanhando-se ao violão. Há registro de sua passagem como cantora na noite paulista, exatamente no Bar Beguin, à rua Peixoto Gomide, onde também se apresentavam o cantor Arlindo Xavier e o pianista e compositor Roberto Copia.
Há registro de sua atuação em rádios, televisão e boites de São Paulo. Recebeu da Rádio Mayrink Veiga (Rio) o apelido de “A voz romance de São Paulo”.
Sempre prestigiada e com muitos fans nas emissoras de OVC paulista, também atuou na Tupi do Rio. Niva Marques ou simplesmente Niva, foi atração segura da Nacional e TV Paulista.
Participou, ao lado de Amâncio Mazzaropi, da película Chofer de Praça, gravou cinco discos em 78 rpm, nas gravadoras Chantecler, Copacabana e um compacto duplo.
Esse pequeno esboço está de acordo com informações obtidas em recortes do Jornal das Moças e outras revistas da época, que foram conseguidos pelo amigo Nino César Dourado e por esse cabeça chata.
Quando adeus me disseste
Eu disse-o para nunca mais
Pois sou como as águas que passam
Que passam depressa e não voltam mais
Quando quiseres voltar
Não mais te receberei.
Não sinto no peito saudade
Sinal que nunca te amei.
Venho de terras distantes
De verdes campinas e linda saudade
E quando digo que não
Por canto nenhum volto atrás
Tu me disseste adeus
Adeus quer dizer nunca mais.
Sou como as águas que passam
E as águas que passam não voltam jamais
Niva Marques – ÁGUAS QUE PASSAM – Ciro Grossi.
Disco Chantecler 78-0083-A.
Janeiro de 1959.
Arquivo Nirez.
Coisas que o tempo levou.
luciano hortencio.
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