Se um riso vem teus lábios colorir de alma o rubor
As almas a teus pés vem prosternar-se com ardor
A luz transluz dos céus, nos céus dos olhos teus
Saudosos como o luar no mar a cintilar
Tua alma cheira mais que um alvo jasmineiro todo em flor
Onde tu passas fica um aroma a soluçar
Tu és de Deus a obra prima, não tens par
És uma rima singular
Tu és a pérola ideal que o mar gerou
Tu és a flor mais aromática que Deus sonhou
A mais plangente, meiga lira
Sons não tira como as notas desse teu falar
Teus seios tem o sacro e doce aroma de um missal
Teus lábios tem a eterna sensação da extrema unção
Tu fazes sem pensar, os astros palpitar
Tu fazes sem querer, as almas padecer
Tuas tranças cheiram mais que as rosas transcalantes de um rosal
Que a madrugada vem de orvalho perolar
És uma flor da fonte a margem de cristal
És um poema divinal
És a mais sonora estrofe do Senhor
És a irradiação mais branca do luar
És a luz solar, um hino sideral
Nos olhos tens os raios de uma estrela vesperal
Nos lábios tens a taça inebriante de hidromel
Da imagem do perdão, tu és a cópia mais fiel
Tu és um coração de orvalho lá do céu
Que um anjo a chorar perdeu.
Vicente Celestino – O QUE TU ÉS – Anacleto de Medeiros – Catullo da Paixão Cearense.
Disco RCA Victor 80-1022-A.
Novembro de 1952.
Arquivo Nirez.
Coisas que o tempo levou.
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Pô, meu irmão
Que letra rebuscada da porra
Meu pai era fã das músicas de Vicente Celestino
E as cantava depois de calibrar a voz com 3 talabadas de cachaça
Mas eu nunca ouvi ele cantando essa música "o que tu és"
Me parece uma música fúnebre
É o que sugere essas duas frases
"Teus seios tem o sacro e doce aroma de um missal"
(Missal, livro que contém as preces para a missa???)
"Teus lábios tem a eterna sensação da extrema unção"
(Ao ouvir essa frase eu pensei: Pô, esse cara beijou essa mulher pela primeira vez na porta de um cemitério)
Sinto muito, mas depois de cantar essa música para uma namoradinha, não haveria viagra que me animasse. Nem a ela.
De Catullo da Paixão Cerense eu prefiro "Luar do Sertão"
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Ó que saudade do luar da minha terra
Lá na terra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar do meu sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção e a lua cheia a nos nascer do coração
E por aí vai.