Pequeño Vals Vienés: Take This Waltz, de Leonard Cohen

Por Almeida

Uma postagem antiga que agora reavivo, diante da notícia da ausência de Leonard Cohen. Sua versão para o inglês do poema de Garcia Lorca é tão rigorosa, que  a canção que fez sobre a letra em inglês pode ser cantada, com o texto original do poema em espanhol:

https://www.youtube.com/watch?v=2sZzJAxfD-4]

Pequeño Vals Vienés, poema de García Lorca, traduzido para o inglês e musicado pelo poeta, novelista e cantautor canadense Leonard Cohen, gravado em 1988 no álbum I’m Your Man. Uma tradução feliz e fiel ao ritmo do poema original. Sobre a melodia por ele composta, podem ser cantados os versos originais. Foi o que fez o cantor de flamenco Enrique Morente com a banda de rock alternativo Lagartija Nick, no álbum Omega em 1996. Em seguida, a canção foi gravada  por Ana Belén, em seu Lorquiana de 1998. Sílvia Pérez Cruz e Raül Fernández Miró gravaram em disco recente da dupla, Granada, de 2014.

A melodia ganhou versões em outro idiomas, com maior ou menor fidelidade ao poema original. O ator, cantor e comunista sueco Sven Wollter gravou versão de Rikard Wolff em seu álbum de 1989, Nån sorts man. Ainda em sueco, existe a versão com letra de Mikael Wiehe, gravada por Ebba Forsberg. Zorán Sztevanovity gravou em húngaro versão escrita por seu irmão, Dusán, “Volt egy tánc”. Shlomi Shaban gravou em 2009, uma versão em hebreu. O registro da navegação segue:

Enrique Morente & Lagartija Nick.

https://www.youtube.com/watch?v=gqwjjgDIkfE]

Ana Belén, vídeo com a transcrição do poema de Lorca.

http://www.youtube.com/watch?v=h9Xvkn4AOMY]

Sven Wollter.

https://www.youtube.com/watch?v=UC_iCkBH66s]

Ebba Forsberg.

http://www.youtube.com/watch?v=NvtqEbbadzU]

Zorán Sztevanovity: Volt egy tánc.

[video: https://www.youtube.com/watch?v=U13vX5MeSrw

Shlomi Shaban.

[video:https://www.youtube.com/watch?v=PNmgiaC2SlM

Enrique Morente, ao vivo. Vídeo editado com a sencacional apresentação da dupla Olga Lepeshinskaya & Pyotr Gusev, dançando valsa de Moszkowsky.

[video:https://www.youtube.com/watch?v=7FH5Zby1hjU

A grande Sílvia Pérez Cruz , com Raül Fernández Miró, nos emociona até nos tirar o fôlego:

[video:https://www.youtube.com/watch?v=vx5CW0Vyvi8

No Vida Festival.

[video:https://www.youtube.com/watch?v=Akpq1Y3BQH8

Pequeño Vals Vienés

En Viena hay diez muchachas,
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.

Este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.

Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.

En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados.
Hay frescas guirnaldas de llanto.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.

Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals del “Te quiero siempre”.

En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orilla tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.

Fonte: Pequeño Vals Vienés – Poemas de Federico García Lorca http://www.poemas-del-alma.com/pequeno-vals-vienes.htm#ixzz39KK0XY1g

“Take This Waltz”

Now in Vienna there’s ten pretty women
There’s a shoulder where Death comes to cry
There’s a lobby with nine hundred windows
There’s a tree where the doves go to die
There’s a piece that was torn from the morning
And it hangs in the Gallery of Frost
Ay, Ay, Ay, Ay
Take this waltz, take this waltz
Take this waltz with the clamp on its jaws
Oh I want you, I want you, I want you
On a chair with a dead magazine
In the cave at the tip of the lily
In some hallways where love’s never been
On a bed where the moon has been sweating
In a cry filled with footsteps and sand
Ay, Ay, Ay, Ay
Take this waltz, take this waltz
Take its broken waist in your hand

This waltz, this waltz, this waltz, this waltz
With its very own breath of brandy and Death
Dragging its tail in the sea

There’s a concert hall in Vienna
Where your mouth had a thousand reviews
There’s a bar where the boys have stopped talking
They’ve been sentenced to death by the blues
Ah, but who is it climbs to your picture
With a garland of freshly cut tears?
Ay, Ay, Ay, Ay
Take this waltz, take this waltz
Take this waltz it’s been dying for years

There’s an attic where children are playing
Where I’ve got to lie down with you soon
In a dream of Hungarian lanterns
In the mist of some sweet afternoon
And I’ll see what you’ve chained to your sorrow
All your sheep and your lilies of snow
Ay, Ay, Ay, Ay
Take this waltz, take this waltz
With its “I’ll never forget you, you know!”

This waltz, this waltz, this waltz, this waltz …

And I’ll dance with you in Vienna
I’ll be wearing a river’s disguise
The hyacinth wild on my shoulder,
My mouth on the dew of your thighs
And I’ll bury my soul in a scrapbook,
With the photographs there, and the moss
And I’ll yield to the flood of your beauty
My cheap violin and my cross
And you’ll carry me down on your dancing
To the pools that you lift on your wrist
Oh my love, Oh my love
Take this waltz, take this waltz
It’s yours now. It’s all that there is

Fonte: http://www.azlyrics.com/lyrics/leonardcohen/takethiswaltz.html

Redação

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Um apanhado e tanto a se ver, ler e ouvir várias vezes

     

    Almeida,

    Imperdível esse seu post. E uma grande surpresa. Não sou especialista em Leonard Cohen, mas morei um ano em Paris em 1978 e depois de Jacques Brel o que mais escutei foi Leonard Cohen.

    Já havia ouvido música dele cantada por outros, mas não sabia que era dele. Só depois de escutar “Bird on the Wire” no disco dele é que vim a saber que a música era dele e não de Leon Russell como pensava ao escutar no início da década de 70 no disco Joe Cocker The Mad Dogs & Englismen e logo depois em disco de Leon Russell que eu creio que tinha comprado junto.

    Hoje, em um grupo ficamos falando sobre as músicas de Leonard Cohen, principalmente “Suzanne” e “So Long Marianne”, que além de serem músicas bonitas, chama muito atenção, pois falam de nomes comuns nos nossos ciclos de amizade, e mencionei também “Take this waltz”, mas não sabia dessa particularidade (No melhor dos casos posso ter ouvido superficialmente a ponto de esquecer).

    Evidente depois de toda essa história, agora vou lembrar para sempre. S,e bem que com a idade a memória já começa a ratear. O truque para não esquecer e ficar para sempre com essa dívida com você é repetir com este post “Pequeño Vals Vienés: Take This Waltz, de Leonard Cohen” de sábado, 12/11/2016 às 10:43, aqui no blog de Luis Nassif e com texto seu o que eu, com frequência, faço com o post “O primeiro comercial político na TV” de terça-feira, 21/09/2010 às 08:49, também no blog de Luis Nassif e contendo um vídeo de propaganda eleitoral de Janio Quadros e que é fruto de sugestão sua. O link para o post “O primeiro comercial político na TV” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-primeiro-comercial-politico-na-tv

    No Google se colocar Clever Mendes e, com aspas ou sem aspas, o nome do post “O primeiro comercial político na TV”, vão aparecer vários links em que eu indico o seu post para tentar convencer as pessoas de que a inflação não é um problema econômico, mas um problema político. Sob o aspecto econômico no futuro vai-se chegar a conclusão de que a inflação é benéfica à economia, principalmente porque ela acaba com a dívida.

    A ansiedade pela redução das dívidas não atinge as dívidas de gratidão. As dívidas de gratidão não vencem, nem a pagamos e felizmente não nos causam dor. Há outros bons posts seus, mas esses dois são débitos que dá prazer acumular. E são dois posts que vale a pena ir para aquela série “Os cem melhores post para se ver (ler e escutar)”. É só aqui que vale seguir aquele ditado de que dívida não se paga, rola.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 12/11/2016

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador