Phil Collins: Going Back para as raízes, para a Motown

Notas musicais, números, palavras, pinturas, desenhos são as mais variadas formas que temos de  expressarmos a beleza a tristeza, enfim a Vida. Correntes aprisionam. Peguei o finalzinho do especial na Eurochanel do novo CD/DVD de Phil Collins. Acompanhado dos Funk Brothers Going Back é um projeto musical de regravações as mais fidedignas possíveis da era Motowm. Phil Collin canta o que o menino Phil ouvia. Suas raízes antes do Genesis e antes de sua era Pop tão criticada.

Eu adoro o Phil Collins e me emocionei ao vê-lo depois de anos amarrar a baqueta na mão e tocar a sua velha companheira. Vale à pena ouvir!

Como citou Mauro Ferreira em seu blog:

Um dos mais hábeis artesãos do pop, Phil Collins revolve as memórias de sua adolescência em Going Back, oitavo álbum de estúdio de carreira solo iniciada em 1981 com o arrasa-quarteirão Face Value. Ao voltar no tempo, Collins dá sua visão para 18 temas do repertório da Motown, a lendária gravadora dos EUA que projetou nomes como Stevie Wonder e Diana Ross (como integrante do trio The Supremes). Sabiamente, Collins resistiu à tentação de modernizar o som da Motown. Ao contrário, o artista recorreu a três sobreviventes músicos do Funk Brothers – o grupo que gravou em estúdio com boa parte do elenco da Motown – para capturar a pegada e o sentimento do som da época. Juntamente com The PC Horns, quinteto de metais em brasa recrutado para tocar no CD Going Back, os Funk Brothers – a saber: o baixista Bob Babbitt e os guitarristas Eddie Chank Willis e Ray Monette – legitimam a incursão de Collins pelo universo do soul e do r & b da Motown. Girl (Why You Wanna Make me Blue?) – sucesso do grupo The Temptations – é uma das regravações que funcionam bem pela pressão dos Funk Brothers e dos PC Horns. (Love Is Like a) Heatwave – tema lançado em 1963 pelo grupo Martha and The Vandellas – é outro bom momento estrategicamente posicionado no início do disco. Já Papa Was a Rolling Stone – outro cover do grupo The Temptations – se sobressai sobretudo pela fluência do trompete solo de Guy Barker. E o fato é quando abre mão dos Funk Brothers e os metais do PC Horn – como nas baladas Blame it on the Sun e a Never Dreamed You’d Leave in Summer, ambas do repertório de Stevie Wonder – a voz de Collins não evoca todo o sentimento exigido pelas músicas. Talvez porque falte à voz do cantor o fervor necessário para encarar temas como Love Is Here and Now You’re Gone (The Supremes) e Talkin’ about my Baby (Curtis Mayfiled). São os músicos, e não o artista, que sustentam o mergulho saudosista de Phil Collins nesse repertório da Motown…

Luis Nassif

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