Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
[email protected]

Defesa de nordestino se faz na Embolada!

Rafael de Carvalho e Wilson Aguiar – Rafael e Cheiroso

Fiquei triste ontem ao ler o Post da amiga Tamara, ao constatar no vídeo apresentado preconceito contra os nordestinos. Sou nordestino com muita honra, cabeça chata, cabra da peste e resolvi homenagear dois artistas nordestinos a fim de tirar desforra. Trago aqui o excelente Rafael de Carvalho, paraíbano da cidade de Caiçara, excelente ator, cordelista e compositor, interpretando algumas de suas maravilhosas composições. Também mostro meu conterrâneo Wilson Aguiar, o Cheiroso, que interpretou o Nezinho do Jegue na novela O Bem Amado, Ambos excelentes artistas nordestinos, que interpretam COCOS, EMBOLADAS e DESAFIOS, em solo ou em parceria. NORDESTINOS SOMOS!

 

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

21 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Viva o povo brasileiro!

    Caro Luciano,

    você sabe que esse preconceito é de uma minoria, muito manipulada e tal. A maioria do povo brasileiro adora o nordeste: literatura, artes plasticas, culinaria e a musica então… so temos a agradecer. E que terra linda, não é ? Euclides da Cunha, nas preliminares de Os Sertões, descreve passionalmente a geografia brasileira, do Nordeste ao Rio Grande, de forma lirica nos faz imaginar, como era toda essa região naquela época, ainda selvagem, de sua resistência, lutas,  tudo o que viria a ser hoje parte importante de nossa historia.

    Abraço conterrâneo.

     

     

          1. “O olhar vê tons tão sudestes”

            Comandante Lalau, 

            Voce merece muito mais que Palmas, prá lidar ca vacada…

            Voce merece o Tocantins e o Nordeste inteiro, 

            “onde o homem bode berra” e “uma moça cosendo roupa, com a linha do Equador”,

            vai desfazer “a contenteza do triste… a tristezura do contente” sem ficar, nem um pouco,

            encafifada com um prosaico rascunho biláutico.

            Eita,Nordeste da peste,
            Mesmo com toda sêca
            Abandono e solidão,
            Talvez pouca gente perceba
            Que teu mapa aproximado
            Tem forma de coração.

            E se dizem que temos pobreza
            E atribuem à natureza,
            Contra isso,eu digo não.

            Na verdade temos fartura
            Do petróleo ao algodão.

            Isso prova que temos riqueza
            Embaixo e em cima do chão.

            Procure por aí a fora
            “Cabra” que acorda antes da aurora
            E da enxada lança mão.

            Procure mulher com dez filhos
            Que, quando a palma não alimenta,
            Bebem leite de jumenta
            E nenhum dá pra ladrão.

            Procure por aí a fora
            Quem melhor que a gente canta,
            Quem melhor que a gente dança
            Xote,xaxado e baião.

            Procure no mundo uma cidade
            Com a beleza e a claridade
            Do luar do meu sertão.

            Autor: Luiz Gonzaga de Moura

          2. Obrigado Comandante!

            Comandante,

             

            Teus comentários sempre valem mais do que meus simples posts. Num fico dizendo o tempo todo, mas sinto falta quando te fazes de visagem e sai pairando pelo mundo afora e num vem por aqui…

            Abração do luciano

             

          3. Devorteio

            Meu Véi,

            Fui dar outro devorteio no sul da Bahia e levei pro barbudão-falamansa, o artista Agadman, uma pinga-da-boa pra ele apreciar, introjetado nas suas viagens interiores, por todos os cantos do seu refúgio projetado para refletir a luz natural em ângulos diversos, provando a sua teoria de “subtração da matéria” ao compor telas de “pinturas vivas” na sua “casa para a alma”, como revela no seu confessionário instalado na beira do mar.

            Espetáculo de gigantes

            É o grande mar, refletido nos nos vidros transparentes da sua casa-atelier,  que inspira o artista:

            – “O vazio é o espaço mais fantástico, porque eu dirijo a matéria para onde quiser”, filosofa Agadman. 

            – “A arte é muita coisa… é a janela pra você ir embora, pra você criar. Isso é o caminho da liberdade, (…), são tuas ideias, são teus sonhos, tuas loucuras… coisas que você vê, tem ansiedade, quer mostrar…”, segue decretando o artê.

            – “A inspiração vem da natureza: acordo todo dia às 3h pra ver o sol nascer e também olhar as estrelas”, resume Agadman.

            Josias e Tuxa são os outros entalhadores de Prado, além de Sakyo, de Alcobaça.

            Velho Lobo Cubano,

            Quando fostes bailar e banhar a pança em Varadero, colei alguns posts sobre este boníssimo cantante cearense, relacionando-o com o Velho Ernest Hemingway e o Mar.

            Surpreendentemente. descobrimos, depois, que o nobre Tenor estava, no mesmo período, desbravando as enconstas da lendária Sierra Maestra.

            Pena que a furiosa turma da tesoura do blog tenha desdenhado das minhas lembranças e lamentos pela desastrosa ausência do pesquisador-mor deste canto de artilharia política, curiosidades, modas e modinhas populares.

            Um grande abraço de Jones, o sem teto e sem cadastro.

            [ Existem homônimos no blog ]

          4. Abraço, Dom Jones sem teto!

             

            Dom Jones,

             

            Eu li suas lembranças e lamentos…rsrsrs… Nem preciso dizer o quanto gosto de seus inteligentes comentários. Seria chover no molhado. Obrigado por interagir com esse véi do Ceará e, você sabe, eu sou como você, não sei se case ou se compre uma escada (ou coqueiro)…

             

            Abração do luciano

          1. relabuxo

            Fidel do Ceará,

            Este sombacana é um hipnotizante convite ao rastapé.

            Dou um milhão pra dançar este coco com uma princesa fogosa e cheia de remelexo e dou mais um prá ela não parar até o dia clarear – [ depois de tomar todas, pago em cheque bumerangue ].

            Lamento: não sou, eternamente, responsável e nem um pequeno principe, politicamente, correto.

            Deus que me perdoe: eu quero é trepar…

  2. Meus cumprimentos ao povo

    Meus cumprimentos ao povo nordestino. Minhas vaias às manifestações xenofóbicas de uma minoria ignorante. Sou paulistano nato e tenho orgulho de ter muitos amigos nordestinos. Gosto do sotaque, da cultura, dos costumes, da culinária, do talento… Gosto até daquela forma “imperativa” de se comunicar, que muitas vezes traz a impressão de um mal interpretado desacato, mas que, na verdade, é uma forma direta de dizer as coisas, sem delongas e sem rodeios, conferindo ao diáologo o benefício de uma comunicação  mais direta e objetiva. Se eu tivesse que escolher nascer de novo, escolheria nascer no nordeste, pois meu sonho é ser “cabra da peste”. 

  3. Obrigado, amigo Henrique Marques Porto!

    Comentário recebido via facebook:

      Henrique Marques Porto Luciano, conheci pessoalmente e me encontrei algumas vezes com Rafael de Carvalho nos anos 70, o que considero um privilégio. Sabia tudo sobre a cultura nordestina. Certa vez convidei-o para dar uma palestra para um público jovem (eu mesmo era um deles). Ele topou no ato, mas fiquei ressabiado. Como iria reagir aquele público, formado por jovens de classe média que não se interessavam muito por folclore, pelos Bumbas e suas danças? Pois o Rafael conquistou todo mundo com aquela voz de baixo profundo que ele tinha. Mostrou dezenas de danças diferentes (ele sabia todas), contou histórias e ainda fez um pouco de política, exortando os jovens a lutar pela democracia e ajudar a derrubar a ditadura militar. Nessa época ele me contou que tinha passado uma temporada na Rússia (na antiga URSS) a convite do Partido Comunista Soviético. E me deu uma informação que poucos conhecem: Rafael estudou canto lírico na Rússia! Seu registro era de baixo profundo (atingia notas gravíssimas com facilidade). No final complementou: “-Como bebem aqueles russos! É vodka, vodka, vodka! Até eu que sou chegado numa cachaça não segurei a onda deles. Quando saí de lá, os amigos russos me chamaram para beber uns tragos. Eu que gosto de uma cachaça fiz pouco caso deles. Pois, mininu, tomei um porre tamanho que entrei dormindo num avião e só acordei no Brasil!” 

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador