Sem direitos autorais haverá apagão cultural?

SERÁ MESMO?

Sem direitos autorais, haveria um apagão cultural…

.

 

Redação

52 Comentários

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  1. Sem direitos autorais ou sem

    Sem direitos autorais ou sem cobranca de direitos autorais por uma desprezivel maquina de perder dinheiro que nao paga nem sequer os artistas?

    1. pegou na veia!

      Com certeza Ivan, a questão é a atual legislaçao que nao favorece o artista e cria na verdade um empecilho para que a musica se torne ainda mais presente no cotidiano.  Eu tenho uma soluçao relativamente banal pra coisa:  um fundo publico destinado a pagamentos de direitos autorais descontados de nossos impostos. Teria controle de arrecadaçao serio, poderia ser auditado a qualquer momento e os musicos poderiam acessar por intermedio de apresentaçao de documento de autoria expedido pelo Minc, com um valor fixo por musica pago por execuçao. Muitos dirao que isto seria nivelar por baixo, mas nao haveria juizo de valor artistico na obra, apenas o direito liquido de receber por qualquer execuçao de forma direta sem intermediaçao. Acredito que o criterio seja democratico e represente uma alternativa mais palatavel que a cobrança via Ecad,  um dos motivos pra esta celeuma de direitos autorais.  E no caso,  falo com certa liberdade porque tb tenho direitos autorais a defender. Obviamente que estou me referindo a impostos sobre consumo.

      1. Eh complexo demais, Ricardo.

        Eh complexo demais, Ricardo.  Ha mais de 10 anos atraz eu ja trabalhava em restaurante que tinha radio por satelite, era mais de 60 radios -inclusive brasileira- sem comerciais de maneira nenhuma, o dia todo.  Era 10 dolares por mes -para o restaurante, repito.

        As pessoasno Brasil ainda estao presas a um paradigma que se voce escutou musica de x voce lhe deve dinheiro.  Nao devo.  Eu nao escuto musica de x, com rarissimas excessoes eu somente escuto musica.  Quem ta do outro lado da linha nao me interessa exceto depois de muita familiaridade, mas nenhum deles eh insubstituivel.  Alias, o que eu quero eh…  escutar musica.

        Do meu lado, os problemas da industria sao causados por eles mesmos -ate Miles Davis ha 60 anos atraz ja tinha reclamacoes!  O que eles NAO vao fazer eh explorar o mundo mais.  Que ELES distribuam os royalties e se abram pro artista, nao basta jogar nas costas do governo pois isso eh lobby, que eh espionagem de sabotagem da populacao.

  2. Considerando que em outro

    Considerando que em outro post foi citado (creio que pelo próprio Jotavê)  o ensino como uma forma do músico buscar o sustento…e alguém retrucou dizendo que era absurdo um “medalhão” dos dias de hoje fazendo isso…

    Mozart como Professor

    A atividade docente nunca foi uma preferida por Mozart, mas ele viu-se obrigado a tomar diversos alunos de piano para melhorar seus rendimentos. O ensino só lhe era agradável quando conseguia estabelecer uma relação amistosa e informal com o aluno. Nestes casos, podia mesmo dedicar-lhes composições. Seus métodos são pouco conhecidos, mas algo se sabe de alguns relatos e da preservação de um caderno de exercícios de seu pupilo Thomas Attwood. Outro aluno, Joseph Frank, descreveu uma de suas aulas com o mestre dizendo que ele próprio preferia tocar peças e pelo exemplo vivo mostrar a interpretação correta, antes do que instruí-lo por recomendações verbais. Alguns alunos disseram que muitas vezes ele era displicente, e que os convidava para jogar cartas ou bilhar durante as aulas, em vez de estudarem música, mas Eisen & Keefe discordam dessa impressão, considerando-o um professor cuidadoso. Mozart não apenas ensinava a parte prática, mas também teoria musical, usando como base o conhecido manual de Johann Joseph Fux, Gradus ad Parnassum. Do caderno de Attwood se percebe que Mozart costumava dar um baixo para o aluno suprir um contraponto, e depois corrigia o resultado. Para alunos mais avançados, podia examinar e corrigir as composições deles, chegando a reescrever longas passagens. O aluno mais conhecido dentre todos foi Johann Nepomuk Hummel, que chegou a viver com os Mozart por cerca de dois anos, acompanhava-os em festas e na corte, e mais tarde se tornou um pianista virtuoso de grande fama.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Wolfgang_Amadeus_Mozart#Mozart_como_professor

     

      1. E  quem não tem aptidão  nem

        E  quem não tem aptidão  nem vocação para ensinar?  Você acha  que qualquer um pode ser professor? Basta ter domínio do conteúdo e querer?

        1. Não disse isso.

          Eu não disse isso cara Adma. Só quis citar um exemplo de um exepcional músico e seu trabalho didático intenso. Concordo que nem todo mundo possui didática.

  3. Absolutamente estranho o

    Absolutamente estranho o comportamento desse blog em franca campanha contra o direito autoral e contra o direito dos artistas manterem a privacidade de suas vidas.

    Todos tem direito a opinião.

    Porem, quem se intitula “isento”, deveria manter uma postura de imparcialidade.

    O possibilidade de um “apagão cultural” foi levantada por mim em comentario em outro post sobre o assunto. 

    Absolutamente pueril alguem tentar comparar as condições de trabalho de um Mozart, com o que acontece hoje com os artistas contemporaneos.

    A discussão na internet anda rasteira.

    Mas quando temos ate um ministro da cultura achando o Fora do Eixo uma das mais importantes manifestações culturais do pais, fica dificil a conversa sobre o assunto ficar mais seria.

     

     

    “Queremos continuar compartilhando músicas”

     

    Não tenho nada a ver com a “grande industria fonografica”, nem muito menos com os “grandes canais de televisão”.

    Tenho a ver com os artistas.

    Nessa conversa meio embrulhada fala-se muito sobre o direito autoral da “industria fonografica” e pouco sobre o direito do artista.

    Para mim é o problema central mal solucionado desse grande instrumento que é a internet e que acabara por causar um grande dano ao desenvolvimento da cultura.

    Que maravilha é consumir um produto qualquer sem ter que pagar por ele, seja uma musica, filme, jantar no restaurante, um carro ou outro meio de transporte.

    Acontece que qualquer produto tem um custo, um trabalho inserido.

    É simples.

    Quando alguem não paga outro tera que arcar com o custo.

    Não existe outra solução. 

    Ou todos os artistas se tornarão funcionarios publicos ou, com o tempo, desaparecerão.

    Evidentemente, a internet se tornara um gigantesco canal de experimentos amadoristicos fantasiados de “arte”, tipo Fora do Eixo.

    Uns mais ingenuos argumentam que os artistas poderão sobreviver fazendo “shows”.

    Os musicos instrumentais, por exemplo, teriam que pedir esmolas na esquina.

    Na maioria das grandes cidades brasileiras não existe uma unica casa de espetaculo para esse tipo de arte.

    Nenhum artista menos “famoso” conseguiria levar mais de uma dezena de pessoas a uma apresentação.

    Virão logo alguns dizendo que a internet é um veiculo de “divulgação do artista”.

    Conversa fiada.

    Um artista pouco “famoso” desaparece num universo de bilhões de amadores de fundo de quintal.

    A “fama” proporcionada pela internet tem a rapidez do apertar de uma tecla.

    Caso a questão sobre o pagamento dos custos das “musicas compartilhadas” não seja resolvido, como, alias, tambem de outras modalidades de arte, sofreremos muito em breve um enorme apagão cultural.

    Ja começamos a senti-lo.

    Os artistas, ate ha pouco, tratados como pessoas de reconhecido merito pela sociedade, começam a ser classificados, nos debates pela internet, como “canalhas”, “gananciosos”, alem de outros adjetivos pouco elogiosos.

    Ja não querem mais tira-los apenas o direito que tinham de receber pelo uso de seus trabalhos.

    Agora querem tambem que a intimidades de suas vidas seja igualmente “compartilhada”.

    É um mesmo processo de desvalorização daqueles que produzem algo que se encontra de graça por todos os lados.

    E não fica por ai.

    Na internet corre solta tambem uma campanha ate contra os direitos dos herdeiros dos artistas.

    Como não temos mais autoridades que se responsabilizem pela cultura, não aparece ninguem para explicar que, num pais onde as instituições culturais caem aos pedaços, o patrimonio cultural do pais se tornaria, rapidamente,  uma sucata sem a proteção dos herdeiros. As obras de pintores sem herdeiros, por exemlo, são alvos de continuas falsificações.

    Manter acervos tem custos, alem de que, não se pagando por isso, evidentemente, o trabalho dos falecidos serão indefinidamente usados, em detrimento da obra dos vivos e da vivacidade da cultura.

    1. Cartola conseguiu  uma certa

      Cartola conseguiu  uma certa estabilidade financeira,  na velhice, graças aos direitos autorais que passou a receber a partir da década de 70,  quando gravou seu primeiro disco, retomando sua carreira.  Cartola saiu do morro e comprou uma casa em Jacarepaguá,

      1. Sim, claro. Mas a pergunta é:

        Sim, claro. Mas a pergunta é: a pobreza, a falta de direitos autorais impediu-o de compor, ser genial?

        Pelo visto não.

    1. Iria comentar exatamente

      Iria comentar exatamente isso.

      Mozart sempre foi um “mercenário” assim como todos os outros grandes compositores da época que produsiam 99% das suas obras por encomenda.

      Mozart morreu pobre e amargurado. Poderia ter vivido e produsido muito mais se tivesse estabilidade financeira.

      1. Gênio

        Ele teria, sim, “estabilidade” financeira se fosse, como o pai dele insistia, obediente aos mandões lá da área. preferiu o mercado e o resto é história. Beethoven foi da primeira geração a encontrar um, por assim dizer, “mercado” comprador de música e de músicos. Nos salões burgueses o pessoal abria a bolsa pra ele.

        Se interessar, isso está em Norbert Elias: Mozart, a sociologia de um Gênio. Aliás o próprio termo “gênio” é uma criação da época em que crescentemente passou-se a dar destaque para o criador individual.

  4. Curiosidades sobre este

    Curiosidades sobre este post.

    1- o Autor – Jotavê – lança um questionamento mas não expõe sua argumentação. Seria apenas uma provocação de quem tem a tarde livre?

    2- Uma figura, Mozart. Não Mozart nunca viveu de direitos autorais. Mas saibam – muitos se esquecem de propósito – ele viveu no século XVIII. Mozart está morto há 222 anos.  Me parece que as coisas mudaram um puquinho nesses 2 séculos não é mesmo, senhores falaciosos. Direitos autorais é posterior a Mozart.

    3- Alguns comentaristas se arriscam tentando falar sobre Mozart. Ele é um dos personagens da história da música que mais lendas urbanas foram criadas a seu respeito. Entnao meus caros, se vocês não estudam história da música nem Mozart, não tragam lendas urbanas para a discussão.

  5. Pelo contrário, seria bom demais!

    Teríamos dois efeitos benéficos, de imediato:

    As rádios, TVs, e outros meios de difusão apenas divulgariam o que elas acharem bom, assim como acontece com qualquer veiculação. Voltaríamos a ouvir pérolas do cancioneiro brasileiro, música de maior qualidade e grandes e bons compositores. Músicas do Chico seriam mais divulgadas e ouvidas que a Boquinha da Garrafa.Teríamos que romper com o sistema internacional de Direitos Autorais, por onde sai uma torrente de dinheiro para pagar música importada. Nunca, em mais de 50 anos, o dinheiro que entrou a Brasil por direitos de música brasileira foi maior que o dinheiro que sai do Brasil, mensalmente pelo mesmo assunto, na compensação do Banco do Brasil. Por isso é que o Tom Jobim (hoje a sua família) tem ainda os seus direitos na Corcovado Music, em Nova Iorque, e nunca pagou sequer um centavo de imposto no Brasil (livro da sua irmã Helena: Tom, um Homem Iluminado)O Direito seria pago na loja, assim como um livro. Depois disso, deixa a gente cantar à vontade nos botecos e nas ruas (se a Lei de Silêncio não encher o saco), sonorizar a festa de 15 anos das nossas filhas e dançar nas escolas.O espertinho que gravou o “parabéns para você” (a música que mais recebe do ECAD) terá que procurar emprego e ganhar dinheiro trabalhando.Os maiores valores do ECAD, correspondentes a mais de 80% do total arrecadado, vão para as grandes gravadoras, nesta ordem: Polygram Internacional, Polygram Nacional, Som Livre, etc. Vai acabar essa mamata.Os bons músicos serão divulgados por nós e pela mídia. Venderão mais shows, etc.

     

      1. O Apagão é relativo

        Veja a qualidade da música brasileira desde 60 anos atrás até hoje.

        Alguns anos atrás, com a Boquinha da Garrafa, achei que tínhamos chegado ao fim da picada, mas conseguiram piorar.

  6. Cultura$$$?

    Gosto da definição lembrada por Gilberto Velho: “cultura é o que pode ser comunicado”.

    Será que esse pessoal “da cultura” só pensa em posses e propriedades?

  7. Meu ponto é simples. Direitos

    Meu ponto é simples. Direitos autorais, hoje, significa CENSURA NA REDE. Não tem outro jeito. Caetano e Chico que me desculpem, mas no que depender de mim eles teriam o mesmo padrão de vida dos talentosíssimos músicos que os acompanham.  Quando o assunto é direito autoral, eles estão de um lado e TODOS NÓS (queiramos ou não) estamos do outro.

     

    1. Ja que o senhor repete a

      Ja que o senhor repete a mesma ladainha vou lhe responder mais uma vez.

      Porque o senhor não reune a sua turma (“TODOS NOS”) e começa outra campanha para não pagar mais as compras do supermercado, os postos de gasolina, as roupas nas lojas, os jantares nos restaurantes?

      Pilhar artista é covardia.

      Va pilhar bancos.

      Levante essa bandeira

      Talvez não tenha a mesma ajuda do Nassif, mas tente.

       

      1. Ganhe pelo seu trabalho, diariamente

        Todas as categorias profissionais, que não os compositores, ganham o seu pão criando e desenvolvendo diariamente. Por isso acho que o Direito da música deve ser pago na loja onde ela é comprada, mais nada. O músico se deu bem com uma determinada composição? Vendeu? Então acorde amanhã e continue trabalhando em novas composições, assim como todo o mundo!

        1. É nisso que deu a

          É nisso que deu a internet.

          Tinha a potencialidade para ser o inverso.

          Segundo o cidadão acima, o Vila Lobos tinha que “acordar como todo mundo” e compor uma Bachianas todos os dias, o Ary Barroso, uma Aquarela, o Pixinguinha um Carinhoso,o Tom um Corcovado, o Baden um Canto de Ossanha, o Guimarães Rosa um Grande Sertão Veredas, o Mario um Macunaima.

          Fico observando tanto desrespeito e prepotente ignorancia e pensando se a internet é isso mesmo  ou se o senhor Luis Nassif errou ao conduzir esse novo espaço informativo. 

          Houve tempos melhores.

          Ja li profundas reflexões em comentarios neste mesmo blog.

          Agora leio um “comentarista”, cujas ideias o Nassif escolhe para destacar, afirmando que os artistas “ganham muito” e que o Chico e outros deveriam dar aulas particulares nas horas vagas” para sobreviver.

          Que lamentavel perda para o Brasil, que assiste tambem seus tradicionais canais de informação adoecerem contaminados pela mediocridade.

          Tinha esperança que a internet poderia modificar esse quadro.

          Mas a doença é geral.

          Nosso ex ministro da cultura achava a Ivete Sangalo “uma grande artista” e o Fora do Eixo, “uma das mais importantes manifestações culturais do pais”.

          Diante disso, não poderiamos esperar mais de que “comentaristas” exigindo que o Ary Barroso “acordasse todos os dias” e criasse uma Aquarelado Brasil ou o Plinio Marcos uma Navalha na Carne, o Nelson Rodrigues um Vestido de Noiva.

          Estamos bem.

          Tenho curiosidade em saber ate onde iremos chegar.

          1. Artista Semi-Deus?

            Eu sou engenheiro, pós-graduado, com sete anos de faculdade. Arrisco todos os dias com uma empresa com quatorze outros engenheiros que devo pagar a cada final de mês. Cobro apenas uma vez por cada projeto desenvolvido no meu escritório, embora transitem diariamente milhares de toneladas de minério nos projetos onde participei como “co-autor”. Se o meu Cliente gostou, assim como os usuários daquele projeto, serei bem divulgado e chamado para um novo projeto do mesmo Cliente ou por novos Clientes, para mais projetos. A lógica é essa.

            O carinha do Parabéns Para Você, recebe mais de 800 mil reais por ano! sem fazer mais nada!

            Pago muito imposto. O Tom citado acima nunca pagou um único centavo de imposto no Brasil e as suas músicas estão todas registradas em Nova Iorque, e que pagamos desde aqui. O Artista – e os seus sucessores por 60 anos – acha que vive no palco 24 horas do dia, recebendo palmas por uma única música, e que não é cidadão com as mesmas obrigações de todos, de trabalhar no seu ramo e ganhar exercendo essa profissão, indo onde o povo está (Milton e Fernando Brant).

          2. Ja havia ficado espantado ao

            Ja havia ficado espantado ao encontrar alguem pensando que o Pixinguinha deveria “acordar como todos” e compor um Carinhoso “por dia”.

            Agora, quase cai da cadeira ao saber que tais conceitos partem de um engenheiro “pos graduado”.

            Mas não é para se espantar.

            A universidade não significa mais nada para o crescimento cultural do povo.

            Nela entram pessoas não a procura do saber, mas de diplomas.

            Nossos universitarios escutam, hoje,”sertanejo universitario”.

            Os “artistas” do “sertanejo universitario” devem “acordar como todos” e compor uma musica por dia.

            Ou talvez por hora.

             

          3. Deuses?

            Não ache muita coisa o “Carinhoso” em relação a um arquiteto que depois de 100 anos de vida continuou criando. Ninguém paga ECAD por assisitir as suas obras, pelo Brasil afora

            Jorge Amado escreveu até velho. Não acho justo que um esperto que musicou a “Gabriela” venha ganhar a vida toda com ela, enquanto o Jorge Amado vendeu e ganhou pelo seu livro uma única vez.

            Espertos e preguiçosos!

          4. Acho que o maior problema

            Acho que o maior problema disso tudo é a volta ao amadorismo. O artista passa a ser visto como um ser iluminado, que não come, não paga condomínio etc etc etc.

            Entendo perfeitamente que o sujeito possa dar shows, participar de especiais… Mas e quando ao compositor? A quem não mostra a cara, mas cria as letras? Quantas letras por dia o Aldir Blanc teria que fazer?

            Não faço essas perguntas por defender direitos autorais.  Mas são dúvidas que tenho, 

          5. Hà muitas possibilidades. Com

            Hà muitas possibilidades. Com o fim dos direitos autorais, o custo da composição a vista, iria aumentar. Ademais, ele poderia vender o trabalho parcelado. Mas não direito autoral. Pedágio nao.

      2. Pilhar o artista

        Ninguém quer que o artista trabalhe de graça. Quando se apresentar num teatro, ele tem o direito de cobrar bilheteria. Quando se apresentar na televisão, tem o direito de cobrar da emissora. Quando compuser um trabalho por encomenda, tem o direito de cobrar de quem o encomendou. Quando der aulas, tem o direito de cobrar por elas. Tudo isso continua valendo. O problema é o que fazer com a reprodução eletrônica de conteúdos. Há duas soluções extremas. Uma é jogar a polícia em cima da maior parte da sociedade, que hoje troca com regularidade conteúdos copiados da Internet. É o que você defende, se entendo bem. Outra solução (que eu defendo) é acabar de vez com os direitos autorais. A maioria esmagadora dos músicos profissionais viverá exatamente daquilo que vive hoje: de sua atuação em shows, em orquestras, em espetáculos de televisão. Os poucos que vivem exclusivamente de direitos autorais que me desculpem – vão viver de alguma outra coisa e, se quiserem, continuem produzindo música por prazer. No que dependesse de mim, iriam dirigir um táxi, ou vender imóveis, ou trabalhar como frentista num posto de gasolina. Fariam música nas horas vagas se quisessem, quando quisessem. O mundo não iria acabar por conta disso. 

        Agora, veja. Se vocês querem mesmo preservar os direitos autorais, deveriam começar a construir posições intermediárias, entre essas duas opções extremas. Do lado de cá, basta-nos ficar assistindo ao espetáculo. Está muito claro, hoje, que é inútil tentar pôr freios na Internet. Você tapa um buraco ali, nós abrimos outros dez do lado de cá. Muito mais inteligente, na minha opinião, seria vocês começarem a propor alternativas interessantes, que tornassem sua posição mais atraente para quem, como eu, não vê motivo para pagar R$30,00 por um CD que, se eu quiser, baixo na net de graça. Que tal abandonar o esquema das grandes gravadoras e fazer distribuições online por um preço mínimo? Que tal imaginar maneiras inteligentes de se paroximar do público, ao invés de ficar acenando com advogados e com a polícia? Do lado de cá, já percebemos que não há motivo algum para termos medo. Do lado de lá, vocês têm que perceber que não têm capacidade nenhuma de amedrontar. 

        1. Alienados

          Excelente, Jotavê!

          Temos uma classe “artística” completamente alienada que não acrescenta nada! Nada! Só estão à busca de privilégios, status e da renda que podem auferir destes.

          Peço permissão pra fazer minhas suas palavras.

          1. A senhora deve escutar aIvete

            A senhora deve escutar aIvete Sangalo ou sertanejo universitario para achar “a classe artistica alienada”,

            Tente escutar outras coisas, o Milton Nascimento, o Vila Lobos por exemplo.

            Va ao teatro assistir o Vestido de Noiva, ou ao cinema ver Deus e o Diabo.

            Talvez mude de ideia e perceba que esses artistas “acrescentaram” alguma coisinha.

            Nada demais.

          2. Inútil

            Inútil essa respostinha. Eu usei o presente do indicativo.

            Ademais, já ouvi bastante Villa Lobos; já li vestido de noiva; já vi Deus e o Diabo, rsrs.

            Lamento que Milton esteja aposentado, e nunca liguei se alguém deu seu “carinho” ou mesmo seu “baratinho” para Ivete Sangalo ou sertanejo universitário.

    1. Venda uma vez, mas amanhã crie outra coisa

      O “engenheiro musical” – o compositor privilegiado – calcula uma ponte e quer ganhar pedágio por cada carro que passa! O engenheiro comum calcula e é pago uma única vez.

       

      1. O pedágio é de quem controla a estrada, xará.

        Prezado, é favor enviar seu endereço, que amanhã vou passar ai para pegar o “nosso” carro. Já que o fruto do trabalho dos artistas é de todo o mundo, o do seu também deve ser.

        Oh! Que surpresa, não? Sim, a arte é trabalho e quem a desenvolve tem de ser pago por isso. O resto é roubo.

        Quanto à analogia com o pedágio, que infelicidade, não? O engenheiro não é pago cada vez que alguém passa pela estrada, mas a concessionária é. Ou você anda com o nosso carro pela Anhanguera e Castelo de graça?

        Mas o que me deixa mais besta é a ideia bestificante de que os artistas vivem de vento, com o qual, aliás, pagam o IPTU, a luz, a água e a internet.

        No dos outros é sempre refresco, né?

        1. O Artista quer viver da repetição de um trabalho

          A concessionária só existe quando a estrada é privatizada. Nesse caso, nem o artista nem o engenheiro ganham.

          O ECAD é a arrecadadora e as concessionárias são os selos discográficos. O negócio musical é de selos discográficos e não de compositores. Também, é mais um negócio de exploração dos países menos desenvolvidos. É só conferir para onde vá quase 80% do dinheiro do ECAD (R$432,9 milhões em 2010). Os compositores pobres e menos conhecidos são a carne de canhão deste sistema; tipos românticos e ingênuos que acham que a Lei de Direitos Autorais lhes favorece em alguma coisa.

           

           

      2. Alexis, gostando ou não

        da ponte, e essa for meu único caminho, terei de usá-la sempre ou até que surja um novo caminho. Comparar uma coisa material com um bem imaterial é covardia!!

      3. Alexis, gostando ou não

        da ponte, e essa for meu único caminho, terei de usá-la sempre ou até que surja um novo caminho. Comparar uma coisa material com um bem imaterial é covardia!!

        1. Pendure um quadro na parede

          Então, compre uma tela e olhe-a todos os dias, e até mostre para os amigos.

          Ela não vem junto com um caça-níquel que tem que botar um real cada vez que olha para ela.

           

  8. Vcs falam só de música; a pior coisa sao os artigos científicos

    Os direitos autorais limitam a expansao do conhecimento. Isso é muito mais grave que permitir ou nao baixar arquivos de músicas. 

  9. A criação é uma efemeridade?

    Por que não colocamos essa discussão de forma universal? Eu não possuo conhecimentos sobre direito internacional, caso algum debatedor o tenha, por favor, quera orientar-nos. Razão: lembram da celeuma entre Jorge Ben e Rod Stewart? Sobre o direito à herança (consagrado na CF-88), isso sim poderiam ser dicutido, respeitando-se o desejo do criador da obra, ele que deixe registrado para seu uso por mortem.

    Nossa música é reconhecidamente espetacular, embora muitos “boquinhas da garrafa” por aí, admitiríamos então o plágio como forma de criação? Seria tudo “baseado em fatos reais”?

     

     

  10. tudo com autorizaçao direta do artista

    Um ponto importante: o artista pode ou nao liberar o uso do seu trabalho diretamente na negociaçao com  o produtor do evento ou musico interessado em usar a composiçao, sem qualquer intermediaçao do governo ou de qualquer instancia sobre o assunto, o que confere uma independencia ao artista na conduçao da sua obra.

  11. TÃO INJUSTO ASSIM?

    A situação é a seguinte. Sem direitos autorais, o cara de branco em primeiro plano ganharia mais ou menos a mesma coisa que os caras que aparecem um pouco embaçados, lá no fundo.

    Seria o fim do mundo?

     

    1. Isso não tem nada a ver com

      Isso não tem nada a ver com Direitos Autorais. O cara de branco ganha um vultuoso cache e ele paga aos músicos de acordo com o mercado.

      O ECAD cobre parte da bilheteria e ele vai a um saco comum, onde é distribuído de acordo com rating mensal das músicas mais divulgadas no Brasil, naquele mês. Os selos de gravaçao irão receber quase 80% desse dinheiro.

      Sem Direitos Autorais, a música desse cara de branco terá a popularidade que merece e, sem dúvida, fará muitos shows como aquele da foto, sem precisar do ECAD

  12. Uma gota no oceano

    Vejo que a maioria dos comentários se atém a uma parcela muito pequena dos criadores de conteúdo que ganham muito dinheiro.

    A grande maioria dos artistas, criadores, “ser vira nos 30” pra sobreviver.

    A questão dos direitos autorais não é só pagar uma parcela pequena para cada vez que uma música é tocada, a questão também foca em quem criou e quem tem direito a fazer o que bem quiser com sua criação.

    Já imaginou um engenheiro desenhando um protótipo que revolucionaria o mundo, e outro engenheiro “esperto” vai lá e pega sua idéia e aplica com mais celeridade? Ou um música compõe uma linda canção e vê dias depois tocada na rádio e em todas as mídias por outro artista? Se não houver direitos autorais e de propriedade qual a proteção?

    E quanto à expansão do conhecimento, à liberdade de informação, quem cria é que deve decidir o destino de sua criação. Se Pablo Picasso ou Bach decidissem que tudo que criassem nunca seria divulgado e quisessem destruir o objeto de criação algum tempo depois o problema seria deles.

    Acho louvável quem cria e divulga suas criações abertamente. Mas isso cabe a cada pessoa.

    Como diz um trecho de uma música da Legião Urbana:

    “E o carinha do rádio não quer calar a boca
    E quer o meu dinheiro e as minhas opiniões
    Ora, se você quiser se divertir
    Invente suas próprias canções”

  13. A maioria das pessoas que

    A maioria das pessoas que defendem o direito autoral, não percebem que estão sendo manobrados.

    O que eles defendem é o dim dim de grandes estúdios e gravadoras.

    Defendem manter um status quo que está fadado a desaparecer.

    Ou alguém acha que com a Internet vai precisar de alguém para distribuir pelo mundo uma música?

    A única forma de conseguirem manter seu status quo é esta. Direitos autorais.

    A ficha não caíu mesmo com esta galera.

    E os artistas então….muito bons em falar sobre flor, amor, céu, agora querer discutor leis e direitos, são uma piada de mal gosto.

    Suas deficiências intelectuais ficam escancaradas. Depois tem que se retratar, como o fizeram Caetano e O Rei. Quando alguém lhes explica a merda que eles estão falando.

     

    Mais ou menos como este povo que defende direitos autorais. Um dia a ficha cai e eles vão se dar conta da merda que estão falando.

     

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