Categories: Música

Trivial do frevo

Oi Nassif, complementando: O tipo do frevo que você cita é o “Frevo de Bloco” (Bloco da Saudade, Flor-da-Lira, Bloco das Ilusões…). São os Blocos Líricos. São acompanhados por uma ORQUESTRA de Pau e Corda. Eles saem no terceiro dia de carnaval do Recife Antigo e, salvo meu engano, no histórico bairro do Poço da Panela, no segundo dia de carnaval no Encontro dos Blocos Líricos. Mas, o bom é assistir aos ensaios deles, funciona como shows, meses antes do carnaval. O recifense brinca carnaval a partir de setembro…

São quatro tipos de frevo (não sou eu quem vai dizer que Zé da Flauta está errado. Eu só conheço três, mas, ele é o diretor da SPOKFREVO Orquestra e, SABE TUDO de música. Zé da Flauta é MAESTRO). 

Do Blog do Zé da Flauta

OS QUATRO TIPOS DE FREVO

Frevo de bloco: Quando é tocado por instrumentos de pau e corda (bandolins, cavaquinhos, flautas, clarinetes, violinos, violões) e geralmente cantado por um coro feminino. Muito influenciado pelas canções de pastoril.

Frevo canção: Executado por orquestras ou bandas sempre acompanhando um cantor ou uma cantora. Muito executado nos clubes e palcos de rua sempre com a missão de alegrar o folião. As letras em sua grande maioria, falam de carnaval.

FrevFrevo de rua: Uma música totalmente instrumental composta para orquestra, que tem o poder de convocar e arrastar multidões pelas ruas com suas melodias contagiantes. Geralmente é mal executado, pois na rua, andando junto aos foliões, fica difícil para o músico caprichar na afinação e articulação.

Frevo de palco: Quando o frevo é tocado em um palco, para uma platéia sentada e calada. Esse frevo é mostrado em primeiro plano, sem cores, sem poesia, sem confetes nem fantasia, sem sombrinha, sem passista, nada que arremeta ao carnaval. Seus arranjos são elaborados para que os músicos improvisem, mostrando liberdade de expressão. É um frevo apresentado como ator principal. 

Do Blog do Zé da Flauta

MARSALIS E A SPOKFREVO

Foi no dia 3 de agosto de 2010, ao final do grande show da orquestra no maior festival de jazz da França, JAZZ IN MARCIAC. Wylton Marsalis assistiu e gostou tanto que foi abraçar os rapazes com muito entusiasmo, chegou a convidá-los para fazer um intercâmbio de Big Bands e ensinar aos americanos como se toca com tanta pressão, precisão, harmonia e dinâmica.
Além de apresentações e workshops em escolas a orquestra vai participar de alguns festivais por ele promovido. O trompetista americano pediu pra ser nosso padrinho nos States.
– Essa é a maior novidade que já vi nos últimos anos! (Wynton Marsalis)

Do Overmundo

II Festival de Orquestras de Pau e Corda valoriza o “frevo de bloco”

de 25/9 a 26/9 · Olinda, PE

Entre os dias 25 e 26 de setembro, ocorrerá o II Festival de Orquestras de Pau e Corda para Blocos Líricos de Pernambuco, na nova Praça do Fortim, Carmo, Olinda, a partir 19h.

O Festival reunirá as melhores orquestras dos principais blocos líricos de frevo de Olinda, Paulista e Recife, oportunidade única para que a população, de forma democrática, gratuita e livre, possa ter o prazer de ouvir as mais belas canções de frevo lírico como “Madeira de lei que cupim não rói”, “Evocações”, “Sabe lá o que é isso”, “Flabelo das ilusões”, “Vem Dudu”, dentre muitas outras que tocam o coração e marcam a história do nosso Estado.

Além das orquestras, também se apresentarão os blocos, corais e o grupo de dança do Ponto de Cultura Veredas, com estudantes de escolas da rede estadual que vêm aprendendo o frevo em oficinas de dança, como parte do programa Pacto pela Vida, do Governo Estadual.

Entendendo o Festival

O II Festival de Orquestras de Pau e Corda de Pernambuco tem por objetivo, exatamente, valorizar o frevo, seus atores e colocá-lo como um ritmo atemporal, que pode ser ouvido, apreciado e dançado em todas as épocas do ano, não apenas no carnaval.

As orquestras que se apresentarão são as orquestras que tocam nos blocos líricos. É nelas a ênfase do festival. Mas também estarão presentes o coral, alas, flabelistas (a dama que guia o flabelo do bloco) e toda a comunidade que participa das agremiações.

As orquestras tocarão quatro de suas principais canções e serão homenageadas, cada qual, com uma medalha. Cada comenda terá um nome de um compositor, carnavalesco, ou carnavalesca, que contribuiu ou contribui para o engrandecimento do frevo. São eles: os compositores Benício Neves, Luiz Wanderley, Cândido Maximiano, Teodomiro Pereira, Romero Amorim, Joel Andrade, Getúlio Cavalcante e Fred Monteiro. Também dão nome às medalhas as carnavalescas Laura Nigro e Maria da Piedade.

A sexta-feira terá a abertura da Orquestra Evocações com uma apresentação do Ponto de Cultura Veredas com o espetáculo “Saudações ao Frevo”. Depois vêm as orquestras dos blocos Banhistas do Pina, Flor do Eucalipto, Um Bloco em Poesia e Pierrot de São José. No sábado, abre o festival a orquestra do bloco Menestréis do Paulista, O Bonde, Eu Quero Mais, Cordas e Retalhos e, fechando o festival, a orquestra do Bloco Flor da Lira, quem promove o evento.

Blocos Líricos

Os blocos líricos de frevo são compostos por cordas (daí o nome orquestras de pau e corda): bandolins, violões, cavaquinhos e violino. Há cerca de 40 anos, com o crescimento dos cortejos, foram introduzidos os metais, para melhorar a sonoridade.

O maestro do Bloco Flor da Lira, Marcos Barbosa, explica que no início do século XX as damas não podiam, ou não era “bem visto” que elas participassem das festas de carnaval. Então, para que elas pudessem festejar, foram aparecendo os blocos líricos, com canções com cadência suave e letras poéticas, inspirados nas serestas e nos pastoris.

Dos blocos que participarão do Festival o mais antigo é o Banhistas do Pina, nascido em 3 de fevereiro de 1932, hoje com 77 anos. Já o mais jovem é o Menestréis do Paulista, fundado em 13 de dezembro de 2003, com seis anos.

O festival tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio da Prefeitura de Olinda, Fundarpe, Editora Bagaço, da agência de publicidade BPM Comunicação, da aguardante Pitú e a agência de fotografia JCMazella.

Luis Nassif

Luis Nassif

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