Música que alimenta a alma…

A Mantiqueira se prepara para receber bons acordes na primavera, com ela um projeto relevante para a divulgação da música instrumental brasileira e latino-americana. O Festival de Música – Encontro CORDAS NA MANTIQUEIRA chega à sua 10ª edição.

Com a proposta de realizar um festival com novos e consagrados nomes da música brasileira e fora dos grandes centros, o festival acontece em São José dos Campos e no distrito de São Francisco Xavier. São 13 shows e uma oficina musical que destacam a diversidade da música com instrumentos de cordas. Do jazz ao choro, do erudito ao caipira, violas, pianos, contrabaixos, bandolins, violões com diversos estilos e sotaques. São sempre 2 atrações por noite, ou dia do festival, 2 shows e uma jam session acalorada pelo improviso.  O repertório na maior parte da programação é inédito, uma proposta do Photozofia que em 13 anos de casa, vem conquistando a credibilidade de músicos e cativando um público receptivo a novidades e interessado na boa música.

Já se apresentaram no festival Ulisses Rocha, Arismar do Espírito Santo, Toninho Horta, Guinga, Badi Assad, Yusa (Cuba), Carlos Aguirre (Argentina), Braz da Viola, Ivan Vilela, Trio Curupira, Ricardo Herz, entre tantos outros expressivos nomes dessa música que alimenta a alma. 

A edição de 2013 tem como convidados mestres do violão brasileiro como Marco Pereira e Paulo Bellinati, o maestro e pianista Wagner Tiso e Victor Biglione fazem uma noite de exaltação ao improviso, “No duo você trabalha o tempo todo, cria o ambiente sonoro a dois”, define Wagner Tiso e para Biglione, cuja carreira transitou tanto pelo rock (A Cor do Som e acompanhando Cássia Eller, por exemplo) quanto pelo jazz e a música popular em geral, o duo exige um rigor enorme: “nos propomos desconstruir e reconstruir a harmonia acrescentando elementos das nossas formações musicais, que são próximas no ecletismo, mas necessariamente diversas”. E acrescenta: “A Improvisação, ainda mais registrada num espetáculo ao vivo, desenvolvendo as idéias musicais em cima dos temas, pede um nível de entrosamento espetacular, que nós efetivamente temos”.

Nomes menos conhecidos mas tão importantes para a música brasileira no mundo, o festival traz Rogério Botter Maio Trio, baixista acústico que mostra o seu último cd “Sobre o silêncio” e que tocou com Paquito d’Rivera, Lionel Hampton, Cláudio Roditi, Manfredo Fest, Hendrik Meurkens entre outros. Gravou com Gerry Mulligan e Jane Duboc (CD Paraíso 1993), com Hendrik Meurkens (CD October Colors e Poema Brasileiro), Manfredo Fest (CD Fascinating Rhythm 1994), Naná Vasconcelos (CD Fragmentos 1996), com o trio Transition (CD Transition, 1997 com Dom Salvador e Duduka da Fonseca) apresentado no Brasil como Dom Salvador Quartet no Chivas Jazz Festival em 2003… A Viola caipira tem seu destaque com os grupos Conversa Ribeira e Matuto Moderno e os ritmos brasileiros com charme e talento do Grupo Choronas e o violonista Elder Costa, mineiro que acompanhou o Trio Mocotó por 15 países na Europa entre 2007 e 2009, tem composições e parcerias gravadas por Milton Nascimentos e Ana Carolina.

Para quem gosta de música, é um festival que vale a pena conhecer!

Num tempo de outros “festivais” completamente descaracterizados, e da mesmice, dos cadernos culturais, sempre em cima dos mesmos “grandes nomes” das velhas gravadoras, é revigorante e inspirador encontrar uma programação, uma plateia e um resultado como os do Cordas na Mantiqueira, provando que a alma brasileira, e que a alma da própria música, continuam vivas nos corações de quem ama. ” Julio Daio Borges no Digestivo Cultural.

 

www.cordasnamantiqueira.com.br

Redação

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