CEO da BlackBerry diz que não vê futuro para os tablets

 

O chefe executivo da empresa BlackBerry (antiga RIM), Thorsten Heins, afirmou, em entrevista concedida durante uma conferência realizada em Los Angeles, nos EUA, que não considera o atualmente aquecido mercado de tablets um bom modelo de negócios para o futuro. Para o CEO da empresa, que teve uma série de problemas em 2011 com o fracassado PlayBook – um modelo de tablet da própria empresa –, em cinco anos o interesse do público pelos dispositivos devem regredir, limitando-se ao nicho corporativo.

“Eu não acho que em cinco anos haverá uma razão para alguém querer ter um tablet”, diz Heins. “Talvez hajam telas grandes no ambiente corporativo, mas não um tablet. Esse mercado não é um bom modelo de negócios”. A afirmação do CEO acontece em um momento em que a empresa tenta recuperar o terreno perdido na indústria de telefones por meio do mais recente lançamento: o Q10, aparelho que volta a ter teclado físico depois do Z10, que tinha teclado virtual.

Para o mesmo período, Heins acredita que a BlackBerry tem potencial para se tornar líder em computação móvel por oferecer uma “proposta única em um mercado concorrido”. “Em cinco anos, eu vejo a BlackBerry vir ser líder absoluta em computação móvel. É o que estamos buscando”, afirmou. “Eu quero ganhar o máximo de cota de mercado que eu puder, mas não por ser um imitador”, afirmou o CEO.

“Temos bons primeiros sinais já após o lançamento no Reino Unido. Isso eleva nossa base instalada de mais de 70 milhões de usuários do BlackBerry, por isso temos bastantes expectativas. Esperamos várias dezenas de milhões de unidades vendidas”, disse. Ainda de acordo com ele, boa parte dos usuários ainda preferem um teclado físico (presente no Q10) ao de toque de tela (Z10).

Perda de mercado

Nos últimos três meses entre 2011 e 2012, a empresa perdeu pelo menos 81% de mercado, enquanto seus concorrentes na área de smartphones, no mesmo período, ganharam fatias importantes: o Windows Phone cresceu 52%; o Android, plataforma da Google para smartphones, subiu 13%, enquanto o iOS, da Apple, perdeu 7% de mercado.

Já o PlayBook, a grande aposta da empresa para competir no mercado de tablets – agora visto como sem futuro –, foi considerado um fiasco. O aparelho foi lançado em 2011 e foi muito criticado porque chegou ao mercado consumidor aplicativo de e-mail e, mais grave, e não sincronizava com os serviços dos aparelhos de telefone da empresa. Além disso, a empresa ainda teve de convocar um recall para corrigir falhas no equipamento.

Redação

1 Comentário

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  1. Este é o problema da

    Este é o problema da BlackBerry nunca vê futuro em nada, e demora muito para tomar uma decisão.

    O maior erro das empresas nunca é a decisões que ela toma e sim aquelas que ele deixou de tomar…

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