Manual para identificar notícias falsas na internet

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Manual para identificar notícias falsas na internet

via Abraji

Um jornalista consegue descobrir facilmente se uma notícia publicada na internet é verdadeira ou falsa. Mas muitos leitores precisam de uma mãozinha: pensando neles, a equipe do On the Media, programa apresentado por Bob Garfield (que esteve no 11º Congresso da Abraji) montou um pequeno manual, com 11 dicas simples que ajudam a separar o joio do trigo.

O material é o primeiro de uma série de “guias para consumidores de notícias” a ser traduzido para o português.

  1. Sinais de que uma notícia pode ser falsa: manchetes inteiras em LETRA MAIÚSCULA ou fotos obviamente manipuladas.
  2. O site tem muita publicidade, banners ou pop-ups? É um bom sinal de que a notícia pode ser falsa e que foi criada só para atrair internautas para o site.
  3. Verifique o endereço do site. Sites falsos frequentemente adotam nomes parecidos com os de veículos de comunicação reconhecidos.
  4. Se o site for desconhecido, procure informações no link “sobre este site”. Ou faça uma pesquisa no Google, colocando o nome do site e a palavra “falso”.
  5. Clique nos links da matéria. (Notícias falsas ou de baixa qualidade jornalística tendem a remeter para sites similares). E se a matéria não trouxer links, citações ou referências, esse é outro motivo para desconfiar.
  6. Confirme uma notícia improvável procurando por um veículo reconhecido que tenha publicado a mesma informação.
  7. Confira a data original da notícia. Mídias sociais com frequência “ressuscitam” notícias antigas.
  8. Leia além das manchetes. Elas frequentemente têm pouca relação com a matéria.
  9. Fotos podem tanto estar identificadas incorretamente como podem ser antigas. Use um site de busca reversa de imagens, como o Google Imagens, para identificar a publicação original.
  10. Use o seu instinto. Se uma notícia fizer você ficar com muita raiva, ela provavelmente foi construída para gerar essa reação.
  11. Finalmente, se você não tem certeza de que a notícia é verdadeira, não reproduza. Na dúvida, não compartilhe!

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. “Confirme uma notícia

    “Confirme uma notícia improvável procurando por um veículo reconhecido que tenha publicado a mesma informação.”

    Essa parte não funciona no Brasil. A população entende como “veículos reconhecidos” a TV Globo e a revista Veja (que são veículos de notícias falsas para quem ainda não sabe disso).

  2. O sites de verificação de

    O sites de verificação de boatos na internet são comprados. Em geral, eles atendem aos interesses de quem foi ou é prejudicado por alguma notícia verdadeira, mas que não teve destaque na grande imprensa (e que, por isso, despertam a desconfiança no leitor mais conservador e limitado, que não tem, ele próprio, capacidade para averiguar a veracidade de uma notícia).

    A metodologia desses sites beira o risível. Eles perguntam para blogueiros e “amigos” do ‘interessado’ via email se a notícia procede ou não – e, com isso, carimbam ‘verdadeiro’ ou ‘falso’. A construção da narrativa pericial parece um texto jurídico de Sérgio Moro, tão ingênua e carente de fundamentação lógica que é. O E-farsas disfarça melhor, mas é igualmente uma fraude.

    Na verdade, tudo se encaixa com o discurso de “fakenews” da imprensa corporativa. São instrumentos conjugados – imprensa e sites de verificação de boatos – para MASCARAR a verdade. A nossa sorte é que eles são tão burrinhos que deixam marcas abundantes, sobretudo na péssima redação e corerência textual.

    De qualquer forma, a batalha da informação e da contra informação em tempos de internet atinge um ponto de não mais volta. E se o colorário são as fakenews e os sites de averiguação fajutos, a outrora detentora do sentido de verdade – a imprensa profissional – é também abduzida para a massa infinita de texto sem fiança.

    O perfil – o significado – da informação mudou. Tudo indica que aumenta o peso do leitor e diminui o espaço da dicção corporativa (que não sabe lidar com o fenômeno da ‘coletividade’ do texto, que pensa ainda como no século 20). Os sites de averiguação são só um efeito tosco de toda essa reorganização dos processos de leitura.

    A rigor, temos gente vivendo no século 20 e gente vivendo no século 21 (e, claro, gente vivendo no século 16). Os que criticam o darwinismo – sic, mal sabem o tamanho do bicho estranho que é o darwinismo tecnológico.

    Ele extingue espécies.

     

    1. Há exceção

      O E-Farsas não tem esse procedimento de peguntar a amigos do interessado, basta a qualquer um ler qualquer dos posts dele e verá que não é assim. Eles analisam notícias, buscam origens de boatos e frequentemente chegam no primeiro a disseminar a fake news. Inclusive, pra mim, a maior credencial do E-Farsas é que ele frequentemente é acusado de “petista” e “esquerdista”, por desmentir boatos envolvendo Lula, Dilma e outros da esquerda. Os bolsominions vivem atacando eles, o que sempre é um bom sinal.

  3. Fake News.
    É inútil esclarecer o povo a respeito das fake News. Quem repassa essas “notícias falsas” o faz por falta de caráter, não por ignorância.

    1. Exatamente assim

      As pessoas que conheço que mais acreditam (e espalham sem filtro algum) as fake news são pessoas com nível superior e pós-graduação, com amplo acesso à internet e a fontes fiáveis de informação.

  4. Seria bom mandar o link para

    Seria bom mandar o link para o pessoal da Folha, Globo, etc, pois quando a coisa se relaciona à esquerda, por incrível que pareça, o disconfiômentro dos “jornalistas” dos tais pseudojornais não funciona.

  5. Dica 12

    Dica 12: saiu na Globo? Na Band? No SBT? Na Folha? Ou é falsa ou é publicidade oficial (se bem que, com Temer, a publicidade oficial também é falsa).

  6. Não atinei bem sobre a

    Não atinei bem sobre a utilidade dessas recomendações, procupações, ou mesmo, falta do que fazer.

    Pra que diabos se incomodar com “fake news” na Internet, se temos à disposição de todo o povo brasileiro, de uma enorme usina produtora das mais “cabeludas mentiras”(versão em português de, fack news, em idioma antigo, ainda vigente em alguns recantos do  Brasil), financiadas com recursos arrancados da própria vítima, que videotamente a consome.

    Me refiro às grandes redes de TV, na verdade, redes de refinarias de mentiras nacionais e importadas, de propriedade dos mafiosos Marinho, filhos do capo Dr. Roberto, ja falecido. Foi um dos grandes representantes dos interesses do Tio Sam e de seus locatários & terceirizados locais.Continua tudo como dantes. Estes canalhas, sempre mentiram, roubaram, trapacearam, chantagearam.

    No mais, é tomar uma água de coco no Abaeté, pra reidratar, enquanto vamos matutando a forma melhor, de como arrancar o país das garras desses fdp.

    Orlando

     

     

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