Pesquisa aponta favorecimento do mercado de games no Brasil

Jornal GGN – Estudo financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu que o Brasil tem cenário favorável para se inserir no mercado mundial de jogos para plataformas mobile (celulares e tablets) e de jogos com fins educativos ou corporativos.

O resultado é parte de uma iniciativa de mapear a indústria mundial, identificar oportunidades de desenvolvimento e propor políticas públicas para estruturar o planejamento estratégico do país no setor.

A pesquisa foi feita por 25 pesquisadores da USP, PCU, UFRJ, UFBA e UFPe. No total, foram mapeados quatro grandes ecossistemas da indústria de jogos: consoles e PC caixa (que inclui os massive multiplayer on-line games, MMOs); distribuição pela internet; jogos pela web e mobile; e serious games. Estes dois últimos segmentos foram considerados aqueles que indústria brasileira pode tirar proveito a curto prazo.

“Apesar da importância da indústria de jogos digitais, tanto do ponto de vista econômico como pelas externalidades que provoca, a indústria brasileira é de baixa expressão no cenário mundial, e o fato contrasta com os dados do tamanho do mercado interno, que hoje é atendido pela produção internacional. Por outro lado, o país tem recursos humanos e competências para desenvolver produtos que atendam boa parcela desse mercado”, diz o relatório final do estudo.

Os chamados “serious games” são jogos educacionais e os de capacitação profissional utilizados nas empresas, que envolvem conceitos de cidadania e objetivos sociais. Ao dos de entretenimento, os serious games apresentam como diferencial estratégico a produção sob demanda. “O Brasil tem produzido bastante na área educacional. Mas há oportunidades surgindo, especialmente no campo da saúde”, diz a professora Ivelise Fortim (PUC-SP), que coordenou o relatório deste tipo de jogo.

Os jogos mobile, por sua vez, são mais interessantes para os brasileiros do ponto de vista da inserção no mercado. De acordo com a pesquisa, segmentos como os de consoles e MMOs, mais fortes e tradicionais, são mercados maduros e com altas barreiras de entrada, tanto pela necessidade de investimento como pelo acesso à distribuição. Os mobile têm custos de produção mais baixos, menores barreiras maior facilidade de distribuição. Mas o professor Reinaldo Ramos (PUC-SP), especialista em games para dispositivos móveis, diz que “o mercado mobile ainda tem muitas oportunidades, mas está cada vez mais competitivo e sofisticado”.

Redação

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