Sistema de monitoramento de preços faz sucesso após “black fraude”

Jornal GGN – Criada em março de 2011 por um desenvolvedor como uma ferramenta pessoal de monitoramento de preços e promoções em sites de lojas virtuais, a ferramenta Baixou conta, atualmente, com uma rede de um milhão de usuários em todo o Brasil. O aplicativo – que é capaz de informar o usuário quando um produto específico teve redução – passou a fazer sucesso há dois anos, quando explodiram denúncias contra a “Black Fraude” – alusão a uma prática comum de lojas de aumentar preços antes do Black Friday para enganar os consumidores com promoções falsas.

O Black Friday é uma expressão surgida nos Estados Unidos em que redes e empresas do varejo anunciam promoções exclusivas sempre na última sexta-feira de novembro, logo depois do feriado de Ação de Graças. Adotada em vários países, a prática não demorou para chegar ao Brasil. Mas algumas empresas, para não terem reduzidos os lucros, aumentam os preços dos produtos semanas antes da data para voltar a baixá-los na ocasião. Muitos clientes e consumidores passaram a se referir à prática enganosa como “black fraude”, onde tudo é vendido “pela metade do dobro”.

“Criei a ferramenta porque era difícil de encontrar promoções. Então pensei que se eu monitorasse os preços, poderia achar boas promoções”, explica Patrick Nogueira, fundador da ferramenta, ao Jornal GGN. No início, apenas ele mesmo era avisado, por e-mail, das promoções ou de quando o preço de um produto específico.

Foi quando acreditou que a ferramenta poderia ser útil para outras pessoas. O Baixou foi lançado em 2011 e começou a ganhar clientes. Um ano depois, após o “black fraude”, a ferramenta teve ampla adesão de usuários que queriam passar a monitorar mais de perto os preços dos produtos.

A consolidação da ferramenta veio em setembro do ano passado. Na época, o sistema chegou a registrar a média de seis mil monitoramentos por hora. Os clientes recebem gratuitamente por e-mail ou SMS os informes sobre preços mais em conta ou podem conferir um histórico das variações de preços dos produtos em diferentes sites de lojas vrirtuais. Além do site, os usuários também instalar o app “Baixou Agora”, que é compatível com os principais navegadores de Internet de sistemas operacionais Windows, Mac e Linux. De acordo com a empresa, também há a previsão para lançamento do sistema para dispositivos móveis Android e iOS.

O sucesso da ferramenta levou as próprias empresas varejistas a aderirem e formaram parcerias no sentido de facilitar a integração do sistema em seus sites. São quase 30 grandes redes com atuação em todo o país, como Walmart, Magazine Luiza, Ricardo Eletro, Saraiva, Submarino e Americanas. De acordo com a empresa, as parcerias ajudaram o sistema a atingir a marca de mais de 3 milhões de produtos monitorados a cada hora.

Redação

7 Comentários

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  1. Que horror o próprio mercado

    Que horror o próprio mercado cria ferramentas para regular o mercado sem interferência do governo.

    Assim não da, não pode , não vale sem o estado regulando o mercado ele não funciona.

    Sugiro a criação de um secretária ou um ministério de regulação de preços (arbitários), de cada uma conforme a sua capacidade e para cada um conforme a sua necessidade.

    Sem essa de cada um se preocurar com o que é melhor para o individuo e esquecer dos outros. 

    1. Miopia pouca é bobagem.
      Esse

      Miopia pouca é bobagem.

      Esse liberalismo religioso fica de pelo eriçado com a notícia dos efetios da concorrência reduzindo preços.

      Se prestasse um pouco mais atenção na notícia veria que ela não é de todo azul. Num primeiro momento haverá, de fato, uma redução de preços, algo que pode perdurar razoavelmente.

      Mas a pronta adesão das grandes redes, tais como Wallmart, Americanas, etc, já diz que a ferramenta servirá para uma mais rápida destruição da concorrência e uma fenomenal concentração do mercado de varejo de internet no médio longo prazo, com preços administrados.

  2. Falta aplicativo para prevenir espertos.

    Enquanto isso uma grande empresa de E comerce – DAFITI-, com problemas sérios de entrega de mercadorias, reclamações às centenas no face – da própria empresa- multas já formalizadas pelo Procon (e deve haver ações na justiça) , continua com o site no ar sem informar nada aos incautos (eis aqui um).

  3. Faça uma cnsulta por um

    Faça uma cnsulta por um produto epecífico, de preferencia por codigo do produto. a primeira consulta vem o menor preço. depois há um alarme geral> tão procurando determinado produto. e todo mundo sobe o preço. 

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