Sala de Visitas discute escalada do autoritarismo no país

Márcia Tiburi, Alvaro Augusto e Corina Magalhães são os entrevistados desta edição do Sala de Visitas. Acompanhe agora!
 
https://www.youtube.com/watch?v=kh2AciVLRII&feature=youtu.be width:700
 
Jornal GGN – Nesta edição do Sala de Visitas, Luís Nassif recebe a filósofa e artista plástica Marcia Tiburi, o subprocurador-Geral da República aposentado e ex-Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Álvaro Augusto Ribeiro Costa e a cantora Corina Magalhães, indicada ao prêmio Grammy Latino 2016 na categoria melhor álbum de samba/pagode.
 
Márcia Tiburi fala da escalada do fascismo na sociedade brasileira, tema do seu livro Como Conversar com um fascista – Reflexões sobre o Cotidiano Autoritário Brasileiro (Record, 2015), que ficou naquele ano na lista dos mais vendidos. A filósofa faz uma análise do discurso de ódio, construído pela imprensa e que alimenta o fascismo, a relação entre religião e capitalismo e as contradições sociais que levam as classes exploradas a comprarem o discurso das elites, prova disso é a eleição de João Dória à prefeitura de São Paulo.
 
Já o ex-presidente da ANPR, Álvaro Augusto levanta a necessidade de o Ministério Público retomar seu papel expresso na Constituição Federal, como um dos garantidores dos direitos sociais e da justiça. Observa com preocupação a relação entre os meios de comunicação e a entidade, sobretudo nos últimos anos levando ações importantes, como a operação Lava Jato, a se transformarem em fonte de notícias fugindo, talvez, do objetivo proposto, o de suprimir a corrupção nos partidos políticos. Álvaro também criticou a insegurança jurídica causada pela decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de arquivar um pedido de instauração de processo administrativo disciplinar contra Sérgio Moro, onde os propositores questionavam a possível imparcialidade do juiz federal que comanda a Lava Jato. 
 
Alvaro Augusto não fez críticas ao TRF4 pela decisão em si, mas pelos argumentos utilizados por 13 dos 14 desembargadores que analisaram a ação, pois declararam que a Lava Jato não precisa seguir regras comuns do ordenamento jurídico brasileiro. Em outras palavras, o tribunal abriu brecha para o estado de exceção. 
 
Por fim, Nassif entrevista, no Bar do Alemão, a cantora Corina Magalhães, indicada este ano ao Grammy Latino 2016 na categoria melhor álbum de samba/pagode, acompanhada de Leo Rodrigues (pandeiro), André Bordinhon (guitarra) e Rodrigo Y Castro (flauta). 
 
 
 
 
 
Redação

2 Comentários

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  1. sala….

    Autoritarismo está na genética das elites brasileiras, tanto de esquerda quanto outras. nopoliticamente correto, na patrulha ideológica e na censura não assumida da imprensa quanto a personagens e pensamentos dito liberais ou de direita. Basta ver o espaço que é destinado na mídia brasileira para esta linha de formação e politica. “O brasileiro não sabe votar”. Supostamente, Pelé. Crucifiquem-o. Voto obrigatório é necessário para a população aprender com as eleições o valor da democracia. Segundo as elites pseudo-socialistas. Os parasitas não se enxergam mesmo na “Terra da Hipocrisia”.  

  2. Trajano

    Nassif, muito boa a entrevista. Acho que o Trajano também seria interessante ser entrevistado. Poderia falar de futebol, política e música. Nem que seja uma hora só com ele. Vai a dica.

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