Sala de visitas: o lulismo à luz da crise política atual

Luis Nassif recebe os cientistas políticos André Singer e Adrian Lavalle e, ainda, a cantora Joana Garfunkel 

Luis Nassif recebe os cientistas políticos André Singer e Adrian Lavalle e, ainda, a cantora Joana Garfunkel

 
Jornal GGN – Nesta edição do programa Na sala de visitas com Luis Nassif, você acompanha no primeiro bloco uma entrevista com o jornalista, hoje colunista da Folha de S.Paulo e professor da USP, André Singer, que também se consolidou nos últimos tempos como um dos principais cientistas políticos do país, autor de Os sentidos do lulismo que, apesar de ter sido lançado em 2012, já é considerado um clássico na academia. 
 
Singer avalia o que deu errado no processo de integração lulista e os rumos que a crise política poderá tomar nos próximos meses. No final da entrevista, o professor relembra a importância do sociólogo Antonio Candido de Mello e Souza, falecido recentemente, para a sua formação e a de seu pai, Paul Singer. 
 
Em seguida Nassif entrevista, por Skype, o professor do Departamento de Ciências Políticas da FFLCH-USP e coordenador do Núcleo de Pesquisa Democracia e Ação Coletiva do CEBRAP, Adrian Lavalle para avaliar o divórcio entre a população e a classe política, os vícios da estrutura partidária no país e a clivagem de natureza ideológica que se consolidou no cenário político brasileiro nos últimos anos, dividindo o país entre petismo e antipetismo. 
 
“Houve toda uma construção simbólica de que as mazelas do país, basicamente, existiriam pelas más gestões do PT, e que a expressão mais nítida disso era o grau de corrupção ao qual o PT tinha levado o país”. Porém o que a sociedade brasileira veio a perceber, depois da queda de Dilma, é que de fato os problemas de corrupção são endêmicos no sistema político, consolidando uma crise que atinge todo o sistema partidário. 
 
*As entrevistas com André Singer e Adrian Lavalle foram realizadas antes do recente escândalo envolvendo Temer e o senador Aécio Neves. 
 
Por fim, no último bloco, Nassif recebe a cantora Joana Garfunkel acompanhada do violão de Ítalo Peron apresentando os trabalhos do CD Curruira, realizado com a produção artística de Swami Jr e com músicas de Chico Buarque, Tavinho Moura, Chico Cesar, Edu Lobo entre outros nomes de peso, incluindo seu pai Jean Garfunkel. 
 
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Redação

3 Comentários

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  1. Sugestão de pauta

    Que alias ninguém melhor que o Nassif para comentar esta noticia, ou melhor, observação.

    “PH,

    As notícias são de que a JBS comprou dólares nos últimos 20 dias antecipando a divulgação da delação.

    Pra piorar, os Irmãos Metralha-Batista venderam ações da JBS e quem comprou foi a Tesouraria da empresa, para dar liquidez.

    Ou seja, é a Delação Premiada Privilegiada!!!

    Pode isso????

    O cara vai ficar “preso” na Quinta Avenida em Manhattan com uns 500 milhões de dolares que ganhou no crime do crime???

    O que tem a dizer o Meirelles, que fundou o banco (sic) Original dos irmãos Metralha?

    Vai botar o Banco Central para apurar a safadeza?

    E aquela informação “privilegiada” do Temer: fica manso, sócio, porque vou cortar um ponto na Selic!

    Quanto vale isso?

    Não é possível!

    – Investidor indignado!”

  2. Arrisco um comentário e lembrança de Perry Anderson

    O PT teria colocado André Singer no ostracismo por um tempo exatamente por seu senso crítrico diz Perry Anderson no artigo neste link  https://www.pambazuka.org/pt/democracy-governance/crise-no-brasil-uma-an%C3%A1lise-profunda-de-perry-anderson em que o marxista britânico da New Left Review considera o maior intelectual do… PT(já sugeri por aqui rever glo- bonews,programa Diálogos,entrevistador Mário Sérgio Conti,A. Singer afirmando com todas as letras que o lulismo é despoliti-zante,entrevista disponível no site,há uns 4 meses).O trecho final de Anderson é de uma clareza,como todo o artigo,sem vo- cabulários da moda de nossa intelectualidade colonizada (“narrativa”,”empoderamento”, Bauman…- sorria S. B. de Hollanda).

  3. Juntar quem aparecer pela renúncia, Joaquim Barbosa, por exemplo

    Opino que é juntar e tornar secundárias quaisquer diferenças com quaisquer setores e peersonalidades que já se manifestam pela renúncia de Temer. FHC , Joaquim Barbosa e quem mais for. Ninguém, nenhuma das partes é boba e não vai achar que é cooptação, ou algo parecido. (Quando me lembro de massacres e ostracismos de anarquistas por bolcheviques, ou de bolcheviques interpretarem a social-democracia nascente como inimiga, ou Brizola sendo visto como nova direita por parte das esquerddas brasileiras, vejo mais fortes emoções de uma época misturados por convicções que mais se aproximam de credos fanáticos do que o uso da política e da inteligência). Claro, tudo isso é difícil, mas tente-se o alcance dessa opinião.

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