Sala de visitas: reformas denunciam aprofundamento de racha social

Nesta edição Nassif entrevista cientista político Mathias Alencastro, procurador Rodrigo Carelli e, no bloco de música, Iasi e Iaco
 
Nesta edição Nassif entrevista cientista político Mathias Alencastro, procurador Rodrigo Carelli e, no bloco de música, Iasi e Iaco
 
Jornal GGN – Ninguém sabe ao certo quando a onda mundial da crise política chegará ao fim, mas alguns caminhos começam a ser desenhados, sobretudo na Europa, e um deles é a terceira via levantada pelo novo presidente da França, Emmanuel Macron. Nesta edição do programa Na sala de visitas com Luis Nassif, o cientista político especialista em política europeia e doutor pela Universidade de Oxford, Mathias Alencastro, se aprofunda no tema salientando que a crise de representatividade é também alimentada pelos novos meios de comunicação:
 
“As redes sociais dão uma ilusão da representatividade porque o cidadão faz um comentário no Facebook e acha que está participando e, por isso, se desliga dos canais tradicionais da política: o sindicato, o think tanks, o jornalista que faz uma investigação profunda, e acaba havendo uma sensação de representatividade que é totalmente falsa, o que resulta em uma fragmentação absoluta. Nós já não pensamos mais o coletivo, pensamos no individual. E isso é bastante complicado na forma de fazer política, porque você não consegue coordenar mais os movimentos”.
 
Em seguida, Luis Nassif entrevista por Skype o professor da UFRJ e procurador do trabalho, Rodrigo de Lacerda Carelli, que desconstrói todos os argumentos em favor da reforma do trabalho em discussão no Congresso sendo, uma delas, de que as alterações irão melhorar a produtividade. Muito pelo contrário, a reforma aumentará a rotatividade nos empregos reduzindo drasticamente as atividades no trabalho. 
 
“Alta rotatividade de mão de obra é igual a baixa produtividade, isso se trata de princípios básicos de economia do trabalho, [na reforma proposta] não há conhecimento, há visão do global”, dessa forma, acrescenta o procurador, as micro e pequenas empresas acabarão sendo prejudicadas com a desestruturação das leis trabalhistas que vigoram hoje no país. 
 
“Essa reforma trabalhista não é para a pequena e média empresa, é para aquele que se utiliza intensivamente de mão de obra que são para as grandes empresas que tem um bom corpo jurídico e que vão aguentar a explosão de ações trabalhistas que vão aumentar”, completa explicando, ainda, que a reforma proposta não irá evitar a judicialização trabalhista.
 
Por fim, no bloco de música, Nassif entrevista os cantores e violonistas Giovanni Iasi e Pedro Iaco apresentando o álbum inteiramente autoral “Rio Escuro”. No trabalho, lançado no início do ano, os músicos contam com a participação de André Mehmari, Tiganá Santana, Fi Maróstica, Edu Ribeiro e Douglas Alonso.
 
https://www.youtube.com/watch?v=1ZiZw4shTrc width:700 height:394
Redação

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