Sala: inovação brasileira na odontologia, o controle da mídia por políticos e participação especial de Mafalda Minnozzi e Paul Ricci

Nesta edição do Sala de visitas com Luis Nassif exploramos a evolução do país na odontologia, carregando títulos no desenvolvimento de novos materiais e, ainda, conversamos com a autora de um livro que explora a relação entre mídia e políticos. Para fechar, recebemos a cantora italiana Mafalda Minnozzi  e o guitarrista Paul Ricci apresentado novo trabalho que reúne Jazz e Bossa Nova. Boa programação

Sala: inovação brasileira na odontologia, o controle da mídia por políticos e participação especial de Mafalda Minnozzi e Paul Ricci

 
Jornal GGN – As ciências odontológicas estão entre as áreas onde o país se destaca no mundo, profissionais e tecnologias brasileiras são exportados para vários países. Mas você já se perguntou por que isso acontece, qual é a origem know-haw adquirido por aqui? Nessa edição do Na sala de visitas com Luís Nassif essas questões são esclarecidas com a entrevista de Paulo Francisco Cesar, atual presidente da Academy of Dental Materials e professor da Faculdade de Odontologia da USP onde desenvolve pesquisas na área de biomateriais. A FOUSP é classificada em diversos rankings mundiais como a melhor faculdade de odontologia do mundo, com tradição tanto na formação de clínicos como de pesquisadores.
 
O principal destaque é justamente na área de biomateriais, desenvolvidos para durar o máximo de tempo possível na boca dos pacientes. Em 2011, um dos seus doutorandos, Lucas Hian da Silva, que também participa desta entrevista, ganhou o prêmio Paffenbarger Award da Academy of Dental Materials, concedido para propostas inovadoras na área. E um dos fatores determinantes para o bom desenvolvimento da odontologia brasileira, realizado na USP, é justamente a integração com outros centros de ensino e pesquisa, como explica Paulo Cesar para o nosso apresentador: 
 
“A Universidade de São Paulo é uma instituição eminentemente de pesquisa e, por ser assim, estimula fortemente a integração entre as áreas. Portanto não trabalhamos sozinhos, nós já começamos um projeto interligado com outras áreas do conhecimento. No nosso caso, que desenvolvemos novos materiais, é natural trabalharmos com engenheiros de materiais, então vamos até a POLI”, destaca.
 
Em seguida, Luis Nassif entrevista por Skype a professora da Escola de Comunicação da UFRJ, Pamela Pinto, que acaba de lançar o livro “Brasil e as suas mídias regionais: estudos sobre as regiões Norte e Sul”. A obra, publicada pela editora Multifoco, aponta a relação de poder de políticos com a posse de rádios e tevês em outras regiões do país, fora do eixo Rio-São Paulo. O livro surgiu de uma curiosidade acadêmica, para entender como funcionava o mercado de mídias longe do principal centro consumidor do país, foi quando a pesquisadora se deparou com a forte controle desses meios de comunicação por grupos e famílias de políticos.
 
“No Amapá, temos um grupo chamada Organizações José Alcolumbre de Comunicação, com afiliadas do SBT, Band e da Record, ou seja, imagina concorrer com esse grupo politicamente? Já o senador Romero Jucá, líder da base governista, tem um conglomerado em Roraima, e lá com essas mídias que são afiliadas à Band e à Record, transfere visibilidade, faz uma espécie de palanque mesmo em tempo real para sua família. Tanto que a sua esposa, a Teresa Jucá, é prefeita a cinco mandatos na capital. E seu filho, Rodrigo Jucá, a pouco tempo se tornou deputado estadual, e tem acumulado cargos de secretário nas gestões da mãe na prefeitura”, conta nesta entrevista.
 
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No bloco de música, Luis Nassif recebe a premiada cantora Mafalda Minnozzi acompanhada do guitarrista nova-iorquino Paul Ricci. A italiana descobriu o Brasil ainda na década de 1970 através de um disco de bossa de Ornella Vanoni, uma das maiores intérpretes da música italiana no mundo, feito em parceria com Toquinho e Vinício de Moraes.
 
“Ainda lembro desse disco com grande afeto e com grande respeito”, falou Mafalda, destacando em seguida que sua admiração se fundamentou na capacidade daqueles músicos de conseguir juntar cultura “com o aspecto lúdico da música” fazendo com que as canções se tornassem populares. “[E eles faziam isso] com a certeza de saber que estavam também se aproximando de uma cultura que não era, propriamente, italiana, podia ser sul-americana, america e até francesa”.
 
Mafalda cresceu também ouvindo os maiores intérpretes do jazz americano dos anos trinta, quarenta e cinquenta. Dessa forma seu trabalho é carregado de influências tanto de bossa nova quanto do jazz. Este ano ela está lançando um novo disco, que faz parte da trilogia do projeto “Empathia Jazz Duo”, acompanhada de Paul Ricci, diplomado pelo New England Conservatory (1980) e que se exibiu nos clubes de jazz mais importantes de NYC nos anos `80 e ´90, junto com os maiores artistas da cena internacional, entre eles Edison Machado, Jaki Byard e Dennis Irwin. Paul também já acompanhou Bebel Gilberto e Astrud Gilberto. Com Astrud realizou inúmeras turnê na Ásia e na Europa como guitarrista, arranjador e compositor.
 
https://www.youtube.com/watch?v=MjC9TYNKD_4
 
Redação

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