Boa Vista SCPC projeta inadimplência de 6,8% para pessoa física no ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A inadimplência deve crescer em 2016, tanto para os consumidores quanto para as empresas, segundo estudo realizado pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) elaborado com base em comportamento e tendências dos indicadores que a empresa calcula mensalmente.

A entidade calcula que a taxa da inadimplência para as empresas vai aumentar para 5% em 2016, acima dos 4,5% verificados no ano passado. Para as pessoas físicas, o ajuste estrutural do mercado de trabalho deverá ter impacto maior, com a inadimplência subindo para 6,8% em 2016, em comparação aos 6,1% de 2015. Também existe a possibilidade de que os concedentes de crédito sigam mais criteriosos ao conceder novos financiamentos, e que a demanda por crédito dos consumidores recue, embora seja possível uma elevação do crédito por parte das empresas.

Com esta perspectiva, o crédito deverá sofrer nova desaceleração, podendo crescer em torno de 3,5% em termos nominais. Para os recursos livres, que já vêm crescendo menos do que os recursos direcionados, a redução deve ser de 3,7% para 1,8%. Para os recursos direcionados, espera-se também uma redução do ritmo pela metade, atingindo um crescimento em torno de 5,1%.

Já a demanda de crédito tem se comportado de forma diferente para as empresas e para os consumidores. A desaceleração da atividade tem feito com que as empresas obtenham empréstimos para compensar as quedas no fluxo de caixa. Devido ao encarecimento do crédito e à maior seletividade dos concedentes, as empresas encontram dificuldades em quitar suas dívidas. Apesar da demanda ser maior, a oferta de crédito para as empresas está diminuindo devido ao elevado risco.

Esses fatores vêm apertando o orçamento dos consumidores e corroendo a renda das famílias, que muitas vezes procuram por crédito para pagar suas contas correntes. “Embora a demanda por crédito continue em queda, estes novos empréstimos tendem a ser concedidos para pessoas com maior risco de crédito, pois são aquelas que mais procuram por financiamentos emergenciais nesses momentos”, pontua a entidade.

A Boa Vista SCPC chegou a essas estimativas levando em conta que as expectativas do mercado para 2016 começaram piores que as do ano anterior: a atividade econômica brasileira deverá enfrentar mais um ano de recessão com impactos sobre o mercado de trabalho, os juros e a inflação deverão permanecer em patamares elevados.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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