Boeing e Embraer discutem a criação de terceira empresa

A especulação é do jornal Valor afirmando que o movimento não é “estruturado” mas foi levantado nos bastidores das empresas como opção (Foto: Agência Brasil)
 
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Jornal GGN – Boeing e Embraer estariam discutindo a possibilidade de criar uma terceira empresa onde as duas seriam acionistas. A apuração é do jornal Valor, arrematando em seguida que a movimentação é apenas uma hipótese levantada nos bastidores e não “um movimento estruturado e em andamento pelas partes envolvidas”. A criação dessa terceira empresa, também não sofreria grandes resistências do governo, mesmo que a Boeing fosse majoritária, isso porque tecnicamente a Embraer continuaria mantendo sua independência.
 
O interesse da Boeing em comprar a fabricante brasileira era fazer frente a expansão da concorrente francesa Airbus que ficou mais forte após assinar parceria com a canadense Bombardier. As negociações entre a empresa norte-americana e a Embraer, porém, foram barradas pelo setor Defesa, área ligada as Forças Armadas, preocupada em questões diretamente ligadas a segurança nacional e também ao mercado. No contrato que a empresa brasileira fez com a sueca Saab, por exemplo, para fabricar o caça Gripen ficou acordado a transferência de tecnologia para o Brasil. Se a Embraer fizesse fusão com a Boeing essa tecnologia seria repassada para a norte-americana, concorrente direta dos suecos? 
 
A Embraer também cuida de programas que vão além da fabricação de aeronaves, desenvolvendo, por exemplo, tecnologias para o submarino a propulsão nuclear da Marinha do Brasil. 
 
Além da questão da defesa nacional, a transação foi barrada porque dependia diretamente do governo Brasileiro por conta de dois mecanismos. O primeiro são as “ações de ouro” – ou golden share -, que representam apenas 0,03% do capital da companhia, mas que dão ao governo poder de veto. 
 
O mecanismo foi estabelecido na privatização, em 1994, e uma das maneiras de a União utilizar essas ações é, por exemplo, no caso de um acionista com 35% de participação querer comprar mais ações da Embraer terá que pedir autorização do Estado brasileiro. O poder de veto também inclui criação ou alteração de programas militares, capacitação de terceiros em tecnologias para programas militares e fornecimento ou interrupção de peças de aeronaves militares. 
 
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a encaminhar uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) para saber como se livrar das “golden shares” que o governo mantém hoje em empresas como Vale, Embraer, Eletrobras e Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) com o objetivo de facilitar a venda dessas companhias. 
 
O segundo mecanismo que barrou fusão entre Embraer e Boeing é uma regra estabelecida pela Advocacia Geral da União em (AGU), em 2000, que obriga que a venda de mais de 40% das ações da brasileira dependam de um decreto do próprio presidente da República. Logo, o papel do governo Temer seria central para viabilizar a entrega da empresa nacional à norte-americana. 
 
Redação

5 Comentários

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  1. Oi?… E essa 3ª empresa por

    Oi?… E essa 3ª empresa por acaso ocuparia qual nicho de mercado? O da Boeing ou da Embraer???

    Ou seja, pensam que somos trouxas!

  2. Realmente, a canalhada de

    Realmente, a canalhada de bucaneiros estúpidos e ignorantes que assaltaram, se
    apoderando do País é algo nunca visto em lugar nenhum do mundo. É uma coisa
    horrorosa! Até um imbecil contador de segundo escalão de banqueiros, assume ares de
    excepcional sumidade.

    Imagine que esse merda do Meireles, até dias atrás era funcionário acoitado, gerentezinho financeiro do matadouro JBS, do açougueiro e ladrão Wesley Batista. Agora, na
    quadrilha do ladrão Michel Temer, o fdp é quem planeja e decide tudo pros bucaneiros.

    É de lascar! Vejam os senhores, há que ponto chegamos…Ah! Mas… retrucam, mas no governo do Lula esse merda era figura importante. De fato, era sim, muito importante, mas para preencher uma cota nas negociações do Lula com a bandidagem do sistema financeiro global.

    Mas, se desejamos tratar as coisas com honestidade, teremos que concordar que não era o fdp do Meireles quem dava as cartas no governo do barbudo nordestino. Mesmo porque o gajo teve vida breve no governo Lula.

    Muito diferente agora. Quando até a cor das “cauçolas”  nesse governo medíocre de merda, quem decide e escolhe é a hiena Meireles.
     

    Orlando

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