Bradesco tem lucro trimestral de R$ 2,943 bi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2013 começou com a divulgação dos resultados do Bradesco, que encerrou os primeiros três meses do ano com lucro ajustado de R$ 2,943 bilhões.

Sem grandes fatores extraordinários, o lucro líquido contábil no período atingiu R$ 2,919 bilhões, desempenho 4,5% superior ante o registrado nos primeiros três meses do ano passado.

Segundo os dados divulgados pela instituição financeira, uma série de fatores influenciaram os dados trimestrais, como as menores despesas operacionais, maior resultado operacional de seguros, menores despesas com provisão para devedores duvidosos, menores receitas com a margem financeira, reflexo da redução das receitas com as parcelas de “juros”, decorrente, principalmente, da nova política de taxas de juros para o segmento de cartões de crédito, e da parcela de “não juros”; e menores receitas de prestação de serviços.

A carteira de crédito expandida no primeiro trimestre totalizou R$ 391,7 bilhões, alta de 1,6% na comparação trimestral e de 11,6% em doze meses. Pelos dados divulgados, o aumento trimestral foi reflexo de 1,8% nas Grandes Empresas; 1,5% nas Micros, Pequenas e Médias Empresas; e 1,4% nas Pessoas Físicas. Nos últimos doze meses, os destaques ficaram com os avanços de 15,6% na carteira de Grandes Empresas; 9,7% nas Micros, Pequenas e Médias Empresas; e 8,7% nas Pessoas Físicas.

De acordo com o Bradesco, os produtos para pessoas físicas que mais avançaram nos últimos 12 meses foram financiamento imobiliário, e o crédito pessoal consignado. Os principais produtos para as pessoas jurídicas foram financiamento à exportação; e financiamento imobiliário – plano empresário.

A despesa de provisão para devedores duvidosos chegou a R$ 3,109 bilhões, queda de 3,1% sobre o trimestre anterior, mesmo considerando a evolução de 2,4% da carteira de crédito – conceito Bacen no período, reflexo da redução do nível de inadimplência, contrariando o impacto sazonal de uma maior inadimplência nos primeiros meses do ano. No comparativo anual, esta despesa apresentou-se praticamente estável, mesmo considerando o crescimento de 10,4% das operações de crédito – conceito Bacen, resultado da redução do nível de inadimplência nos últimos 12 meses.

O índice de inadimplência total, medida pelo saldo das operações com atrasos superiores a 90 dias, recuou 0,1 ponto percentual (de 4,1% para 4%), tanto no trimestre quanto nos últimos doze meses, mantendo a trajetória de melhora com queda gradual. Essa redução foi influenciada, principalmente, pela melhoria de 0,2 ponto percentual no indicador de Pessoas Físicas (de 6,2% para 6%).

O patrimônio líquido apurado ao fim do período chegou a R$ 69,442 bilhões, um crescimento de 19,6% em relação ao contabilizado no mesmo período do ano anterior. Os Ativos Totais alcançaram R$ 894,467 bilhões em março de 2013, apresentando uma evolução de 13,3% em relação a março de 2012, ocasionada pelo incremento das operações e pelo maior volume de negócios. O retorno sobre os Ativos Médios (ROAA) atingiu em 1,3%.

A margem financeira chegou a R$ 10,706 bilhões, alta de 0,1% ante 2012 (R$ 10,695 bilhões). A diferença em relação a 2012 foi decorrente do crescimento no resultado das operações que rendem juros (total de R$ 287 milhões), gerada pela melhora no volume de negócios, e do menor resultado obtido com a margem de “não juros”, no total de R$? 276 milhões, por conta dos menores ganhos com a arbitragem de mercados. O índice de Basileia ficou em 15,6%, com crescimento de 0,6 ponto percentual na comparação com igual trimestre de 2012 e queda de 0,5 ponto percentual ante o período de outubro a dezembro.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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