CNC projeta queda de 3,3% do emprego no varejo este ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Caso os dados se confirmem, estimativa representaria uma redução de 253,4 mil empregos

Jornal GGN – O número de trabalhadores formais empregados no varejo deverá encolher 3,3% até o fim do ano, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Caso os dados se confirmem, a previsão corresponderia a um corte de 253,4 mil empregos celetistas ao longo de 2016, em todo o Brasil. As projeções foram baseadas no comportamento no emprego celetista do setor, a partir de dados mensais do Caged do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Em 2015, a atividade varejista registrou recuo de 2,3% em relação ao ano anterior com o fechamento líquido de 179,9 vagas, ritmo que se manteve nos acumulados dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. Para 2016, a CNC projeta recuo de 8,3% no volume de vendas do varejo.

Apesar da perda de ritmo de atividade, a redução do número de empregados no varejo em relação ao mesmo período do ano anterior se deu somente a partir de agosto de 2015, quando as vendas já acumulavam recuo de 5,2% no mesmo intervalo de 12 meses. Naquela ocasião, apenas 3 dos 25 subsetores da economia ainda registravam variações positivas no número de trabalhadores ocupados no intervalo de um ano, a saber: serviços de alojamento e alimentação (+0,1%), serviços médicos, odontológicos e veterinários (+3,7%) e atividades de ensino (+1,3%). Contabilizando todos os subsetores, o emprego celetista já acusava retração anual de 2,3% no mesmo período.

Nesse período, o emprego nas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico encolheu 15,2%.Somado ao comércio automotivo e às lojas de materiais de construção, o segmento deverá fechar 202,1 mil vagas (79,7% do total), segundo a entidade.

Regionalmente, as maiores retrações do número de trabalhadores nos últimos 12 meses ocorreram no Amapá (-5,4%), Espírito Santo (-4%) e Distrito Federal (-3,4%). Nesses três casos, o volume de vendas nos últimos 12 meses encerrados em janeiro recuou mais (-15,5%, -18,3% e -12,7%, respectivamente) do que a média nacional (-9,3%).

“O ajuste tardio no quadro de funcionários do varejo, associado à intensificação da retração das vendas em 2016, deverá levar o varejo a registrar queda no número de trabalhadores pelo segundo ano seguido”, afirma Fabio Bentes, economista da entidade, em comunicado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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