Comércio varejista paulistano recua 3,2% em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O faturamento real do comércio varejista da capital paulista caiu 3,2% no mês de julho na comparação com o mesmo mês de 2014, atingindo um total de R$ 13,3 bilhões. A receita total do mês ficou R$ 443,2 milhões abaixo do registrado em julho do ano passado. No ano, o varejo da cidade de São Paulo apresentou retração de 2%, de acordo com dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Seis das nove atividades analisadas pela pesquisa apresentaram recuo, sendo que os resultados negativos mais relevantes foram observados no segmento de Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-17,2%), que impactou o resultado geral com -1,3 ponto porcentual (p.p); no de Materiais de construção (-16%), com impacto de -1,3 ponto; e no de Lojas de móveis e decoração (-11,4%), com contribuição de -0,2 ponto.

Entre os setores que alcançaram desempenho positivo, o destaque foi do setor de Autopeças e acessórios, que apresentou o expressivo crescimento de 15,8% em relação a julho do ano passado, porém dada sua baixa representatividade no varejo da região, contribuiu com apenas 0,3 ponto porcentual.

Segundo a FecomercioSP, o crescimento apresentado nesse segmento mostra que grande parte dos paulistanos está optando pela manutenção e reparo dos veículos em vez da aquisição de carros novos, aspecto tipicamente notado em épocas de crises econômicas. Houve elevação também nos segmentos de Supermercados (2,6%) e de Farmácias e perfumarias (1,2%), que juntos colaboraram com 0,9 p.p. no resultado geral.

O desempenho negativo pode ser atribuído às recentes altas nas taxas de desemprego, que têm se mostrado mais intensas na cidade de São Paulo e atinge muito o setor de serviços, onde as médias de rendimentos são tradicionalmente maiores. Ao considerar essa tendência de deterioração ainda maior da renda na capital aliada a inflação alta e baixo crescimento econômico, é improvável uma recuperação das vendas do varejo a médio prazo.

Em julho, o faturamento real do comércio varejista do Estado de São Paulo caiu 6,3% em relação ao mesmo ao mesmo mês de 2014, e atingiu o montante de R$ 42,8 bilhões. O resultado ficou R$ 2,8 bilhões abaixo do alcançado em igual mês do ano passado. É a quarta queda consecutiva nessa mesma base de comparação. No acumulado do ano, as vendas do varejo paulista recuaram 4,1%, o que representa R$ 60 bilhões a menos na comparação com o mesmo período de 2014.

A entidade afirma que nenhuma das 16 regiões do estado conseguiu evitar o declínio das vendas. Assim como observado no  mês anterior, o mau desempenho foi obtido mesmo diante de base comparativa fraca do ano passado – junho e julho, quando foi realizada a Copa do Mundo, meses que contaram com menos dias úteis por conta dos feriados e folgas concedidos. Seis das nove atividades pesquisadas apresentaram queda acima de dois dígitos em julho.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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