Construção civil tem menor capacidade de produção registrada, diz CNI

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A situação negativa da indústria da construção apresentou piora no mês de agosto. A utilização da capacidade de operação do setor ficou em 58% no mês passado, em média. Esse foi o menor percentual da série histórica, iniciada em 2012. É o que informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a pesquisa, o aumento da ociosidade deve-se à extensão dos prazos de entregas das obras devido aos problemas financeiros dos clientes. Com o adiamento dessas entregas, os recursos e equipamentos continuam nos canteiros de obras, mas sendo utilizados parcialmente.

Além disso, os empresários estão sendo surpreendidos por quedas mais intensas da demanda do que as previstas. O levantamento mostra que o nível de atividade apurado em relação ao usual para o mês, que assinalou 28,5 pontos em julho, registrou 27,2 pontos em agosto.  O índice varia de zero a cem pontos e valores abaixo de 50 pontos indicam atividade abaixo do usual.

A baixa atividade continua contribuindo para a queda no emprego do setor, cujo indicador se mantém abaixo da linha dos 50 pontos. O índice de número de empregados registrou 34,7 pontos em agosto, ante 36 em julho, sinalizando que a retração do mercado de trabalho também se intensificou.

A piora no cenário da indústria da construção elevou o pessimismo dos empresários para o desempenho do setor nos próximos seis meses. Em setembro, todos os indicadores de expectativas recuaram e estão abaixo dos 40 pontos. O índice de expectativa sobre o nível de atividade foi de 39,5 pontos, o de novos empreendimentos e serviços ficou em 37,9 pontos, o de compras de matérias primas e insumos recuou para 37,1 pontos e o de número de empregados, 37,3 pontos.

A elevação no pessimismo agravou a disposição dos empresários para investir. O índice de intenção de investimento na construção caiu para 26 pontos, o mais baixo da série que começou em novembro de 2013. Conforme a pesquisa, quanto menor o indicador, mais baixa é a intenção de investimento.

As expectativas para os próximos seis meses tornaram-se ainda mais pessimistas. Os índices de expectativa de nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, de compras de matérias-primas e de número de empregados recuaram entre 2,2 e 4 pontos. Com a queda, todos os índices passaram a situar-se abaixo dos 40 pontos. Os índices de expectativa variam de 0 a 100 pontos e valores abaixo de 50 pontos refletem expectativa de queda. Quanto mais distante dos 50 pontos, mais pessimista é a expectativa.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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