Jornal GGN – Após treze meses consecutivos de alta, o indicador que apura a expectativa de inflação dos consumidores fechou março com queda de 0,3 ponto percentual em relação a fevereiro. Segundo levantamento elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), a inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes recuou de 11,4% para 11,1%, de fevereiro para março.
“Apesar da ligeira desaceleração das expectativas de inflação dos consumidores, o patamar mantém-se alto em termos históricos, em torno de 11%. As projeções realizadas pelos consumidores podem ter sido influenciadas pela observação da evolução atual da inflação, com desaceleração de altas em itens do grupo Habitação, no preço da gasolina e em serviços de telefonia fixa e internet, associadas a uma possível desaceleração de preços administrados em 2016.”, diz a economista Viviane Seda Bittencourt, da FGV/IBRE, em relatório.
A desaceleração das expectativas de inflação entre as classes de renda foi disseminada de forma homogênea em março, o que manteve o diferencial dos níveis de inflação previstos em fevereiro. A faixa de renda mais baixa continua prevendo a inflação mais alta para os 12 meses seguintes: 11,7%.
O intervalo entre 10% e 12% continua sendo o mais citado pelos consumidores, mas a pesquisa mostra que houve redução da frequência de citações nesta faixa, de 33,7% do total em fevereiro para 31,3% em março.
Segundo a pesquisa, as previsões de projeção de inflação para os 12 meses seguintes vão diminuindo conforme o aumento da renda. Para os que ganham entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, as projeções apontam inflação de 10,9% para os próximos doze meses, contra 11,3% dos cálculos de fevereiro. Já para os ganham acima de R$ 9,6 mil, as previsões caíram dos 11% de fevereiro para 10,6% de março: redução de 0,4 ponto percentual.
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