Cresce proporção de consumidores endividados em São Paulo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A proporção de consumidores endividados em São Paulo passou de 53,3% em julho para 54,8% em agosto, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No mesmo mês do ano passado, o indicador era de 49,4%
 
Do total de endividados, 50,1% têm entre 11% a 50% dos ganhos comprometidos com o pagamento de dívidas. Para 22,6% dos consumidores o comprometimento é menor que 10%, enquanto para 24,1% as dívidas superam 50% da renda total. De acordo com a assessoria econômica da entidade, “as quedas observadas nos meses de junho e julho evidenciam o esforço dos consumidores para contornar a crise, mas o avanço do desemprego levou a uma nova alta do indicador em agosto”.
 
Entre as famílias endividadas da capital, 15,3% possuem contas em atraso, proporção que apresentou alta em relação a julho, quando estava em 14,5%. No comparativo com agosto de 2014 (13%), o indicador apresentou alta de 2,3 p.p. Em números absolutos, o total de famílias com contas em atraso passou de 521 mil em julho para 547 mil em agosto.
 
A ocorrência de atraso também cresceu mais entre as famílias de renda mais baixa. Para as que ganham até dez salários mínimos, o porcentual passou de 18,2% em julho para 19,2% em agosto. Já no caso das que ganham acima de dez salários mínimos, a proporção ficou estável em 5,9% – a federação diz que, para as famílias de baixa renda, o crédito é determinante para a inclusão nos padrões de consumo. Portanto, qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças, exatamente o que parecer acontecer no atual momento.
 
Com a dificuldade para manter o padrão de consumo, os consumidores de baixa renda estão recorrendo a empréstimos não previstos para tentar equilibrar as contas. Isso fez com que o endividamento crescesse mais entre as famílias que ganham até 10 salários mínimos e a proporção de endividados atingisse 58,6% (alta de 1,6 ponto porcentual em relação a julho), o maior valor desde julho de 2013. Já para as famílias que ganham acima de 10 S.M., o porcentual de endividados passou de 42,8% em julho para 44,0% em agosto, alta de 1,2 p.p.
 
Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 1,913 milhão em julho para 1,966 milhão em agosto. Já em relação ao mesmo período de 2014, quando esse número era de 1,773 milhão, houve um aumento de 193 mil famílias.
 
Segundo a FecomercioSP, entre as famílias endividadas, 5,8% acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês. O porcentual é maior entre as famílias que ganham até 10 salários mínimos (8,6%) e registrou em agosto a quinta alta mensal consecutiva.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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