Demanda do consumidor por crédito recua 0,4% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Índice perde força pelo sétimo mês consecutivo

Jornal GGN – A quantidade de pessoas que buscou crédito em março caiu 0,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados pela consultoria Serasa Experian. Esta foi a sétima queda neste critério de comparação (variação interanual) das últimas oito leituras mensais do índice.

Na comparação com o mês imediatamente anterior (fevereiro/2016), por causa do feriado do carnaval, a demanda do consumidor por crédito avançou 8,4% em março. No primeiro trimestre do ano, a demanda do consumidor por crédito encerrou com avanço de 1,0% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, bem menor que a alta de 5,9% observada durante o primeiro trimestre de 2015.

A avaliação comparativa com os dados de março de 2015 mostra que, na classificação por faixa de renda, a queda na demanda do consumidor concentrou-se na baixa renda: -5% para os que ganham até R$ 500 mensais e -1,3% para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês. Nas demais faixas de renda mensal, as variações interanuais positivas foram de 0,9% para renda entre R$ 1 mil e R$ 2 mil; 1,2% para a faixa de R$ 2.000 a R$ 5.000 mensais; 1,4% para os que recebem entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês; e 0,8% para aqueles que ganham mais de R$ 10 mil mensais.

No acumulado do primeiro trimestre de 2016, com exceção da faixa de menor renda (com queda de 3,6%), a busca do consumidor por crédito subiu em todas as demais faixas de renda em relação ao primeiro trimestre de 2015: consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1 mil (0,5%); renda mensal entre R$ 1 mil e R$ 2 mil (2%); renda mensal entre R$ 2 mil e R$ 5 mil (2,4%); renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil (2,3%) e renda mensal maior que R$ 10 mil (1,7%).

Em termos regionais, a comparação com os dados de 2015 aponta menor demanda do consumidor por credito no Norte (-1,4%) e no Nordeste (-7,5%). Nas demais regiões, as altas interanuais foram de Centro-Oeste (4,0%); Sul (0,8%); Sudeste (1,2%).

No acumulado do primeiro trimestre de 2016, as demandas dos consumidores por crédito avançaram 3,5% na Região Sul, 3,1% no Sudeste e 0,3% no Centro-Oeste. O maior recuo na demanda dos consumidores por crédito ocorreu no Nordeste: baixa de 5,8% no primeiro trimestre de 2016 perante mesmo período do ano passado. Por fim, na região Norte, a queda na demanda dos consumidores por crédito foi de 2,1% no primeiro trimestre de 2016.

De acordo com a consultoria, “a elevação do desemprego por causa do o aprofundamento da recessão econômica, o nível elevado das taxas de juros e o patamar deprimido dos níveis de confiança do consumidor continuam impedindo um desempenho mais favorável da procura dos consumidores por crédito no país”.

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