Emprego no setor de construção cai pela 17ª vez consecutiva

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O nível de emprego na construção civil brasileira registrou queda de 1,29% em julho na comparação com o mês anterior, desconsiderando os fatores sazonais, segundo levantamento elaborado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego. Essa é a 17ª queda mensal consecutiva, com o corte de 486,6 mil vagas.

Considerando a sazonalidade, o indicador caiu 0,87% na mesma base de comparação. Em 12 meses, em números absolutos, houve uma redução de 414,1 mil postos de trabalho, com retração de 11,67%. Com o resultado, a quantidade de trabalhadores com carteira no setor ao final de julho era de 3,134 milhões. De janeiro a julho de 2015 foram cortados 184,6 mil empregos na construção brasileira em relação ao visto em dezembro de 2014.

No período, a retração na atividade atingiu todos os segmentos, mas em termos absolutos, os segmentos de imobiliário, com queda de 14,06%, e de infraestrutura, com retração de 15,24%, foram os que mais demitiram nos últimos 12 meses. O indicador de preparação de terreno surge na sequência, com declínio de 10,62%. O movimento tem sido observado em quase todos os estados, a exceção do Ceará.

A pesquisa mostra ainda que, apenas em São Paulo, o emprego com carteira caiu 8,2% em relação ao visto em julho de 2014, enquanto a queda no acumulado no ano foi de 6,72%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior houve redução de 73 mil vagas. Em relação a junho, o nível de emprego no estado recuou, descontada a sazonalidade, um total de 0,73%, com o estoque de 813,8 mil trabalhadores.

“Os dados são extremamente preocupantes, ainda mais no momento em que o governo sinaliza que elevará impostos. Isso será prejudicial à economia e à construção, alimentando o desemprego e a queda da renda. Ao contrário, o governo deveria adotar uma postura favorável à reativação econômica, colocando em dia os atrasos de pagamentos do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida, agilizando concessões e estimulando o crédito”, afirma José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP, em comunicado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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