Empresário do varejo mostra menos confiança na economia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A atual instabilidade econômica do País somada à cautela dos consumidores em contratar novas dívidas afetaram o nível de confiança dos empresários do varejo em São Paulo. Pelo nono mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), registrou queda ao passar de 77,5 em julho para 73,9 pontos em agosto (-4,6%) e atingiu, assim, o menor nível da série histórica iniciada em março de 2011.

Os três quesitos que compõem o indicador perderam força durante o período de análise. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) apresentou retração de 4,9% em relação ao mês anterior e atingiu 36,7 pontos, ante 38,6 em julho, o que remete a uma percepção mais pessimista com relação ao atual momento econômico.

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) caiu 3,6% em relação a julho e passou de 118,6 pontos para 114,3 em agosto, enquanto o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) foi o que mais contribuiu para a variação negativa do indicador, com um recuo de 6,1% em relação ao mês anterior e atingiu 70,7 pontos.

O ICEC dos empresários do setor de não duráveis atingiu 69,6 pontos em agosto, queda de 6,2% na comparação mensal e 29,3% na comparação anual. No setor de semiduráveis, o indicador registrou 80 pontos (retrações de 8,2% e 22,9%), enquanto no setor de duráveis o índice atingiu 73,8 pontos (-1,4% e -22,2% nas comparações mensal e anual, respectivamente).

Para os economistas, tal resultado deve-se principalmente ao maior pessimismo em relação ao futuro dos empresários do setor de não duráveis – que incluem as atividades de supermercados, farmácias e perfumarias -, que provavelmente já estão antevendo o impacto do desemprego nas vendas do setor. Apesar dos bens não duráveis apresentarem no ano o melhor desempenho de vendas na capital paulista, os empresários do setor mais uma vez figuraram como os mais pessimistas quando comparados aos do segmento de bens semiduráveis – vestuário principalmente – e duráveis, móveis, eletrodomésticos, eletrônicos e veículos.

Com relação à análise de porte, a desconfiança nas condições econômicas tem sido semelhante entre grandes e pequenos empresários. A variação do índice para as empresas com mais de 50 funcionários (grandes) apresentou queda mais significativa, de 29,7% em relação a agosto de 2014. Na comparação mensal, passou de 82,4 pontos em julho para 78,4 em agosto. Para as empresas com até 50 empregados, a queda anual foi de 24,7% (73,8 pontos em agosto, ante 98 pontos em agosto do ano passado). Na comparação mensal, a queda foi de 4,6%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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