Empresários apontam aumento de estoques em São Paulo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O indicador que mede a percepção dos empresários em relação ao nível de estoques do comércio na região metropolitana de São Paulo (RMSP) apresentou alta de 3,1% e passou de 98,5 em maio para 101,5 pontos em junho, de acordo com dados calculados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No comparativo anual, houve retração de 11,1%. O indicador capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

A proporção de empresários que considera os estoques elevados demais é de 36,3%. O valor caiu em relação ao mês anterior, mas ainda se encontra em patamar bastante alto. Em contrapartida, houve queda no volume de empresários que avalia seus estoques como abaixo do adequado, passando de 13,7% em maio para 12,6% em junho.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a distância entre estoques elevados e baixos (23,7 pontos percentuais) bateu novo recorde e indica que o País atravessa um ciclo de estoques muito mais resistente do que era previsto e isso deve-se ao baixo ritmo de consumo, o que significa uma má notícia para a indústria, pois indica uma demora na recuperação das encomendas por parte do comércio.

Ainda em relação à distância entre estoques elevados e baixos, a entidade ressalta que segue o mesmo ritmo de crescimento apresentado nos últimos três meses e que o dado de junho encontra-se bem acima da média de 11 p.p. Para a Entidade, enquanto não houver melhoras no campo do emprego e renda, a tendência é que o consumidor se torne cada vez mais cauteloso.

“A economia brasileira atravessa a pior crise dos últimos 25 anos. A última vez que o PIB apresentou um desempenho tão negativo quanto o previsto para este ano (queda de pelo menos 1,5%) foi em 1990, quando a economia recuou mais de 4%. Neste momento, porém, as instituições estão mais sólidas e, com a adoção de uma agenda de reformas e ajustes a serem implementados no País, a Federação prevê que, em cerca de dois anos, o crescimento seja restabelecido”, diz a FecomercioSP.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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