Queda da OGX não deve afastar investidores estrangeiros, diz Financial Times

Jornal GGN – Segundo o jornal Financial Times, a queda das empresas de Eike Batista não deve afastar investidores estrangeiros do mercado de títulos corporativos da América Latina. O assunto foi o principal destaque de uma página voltada só para a OGX na edição da quinta-feira (31). Intitulada “Investidores da América Latina desdenham dos problemas da OGX”, a reportagem diz que a queda do empresário brasileiro não “vai impedir que compradores de títulos procurem pechinchas” na região. O jornal britânico reconhece, entratanto, que um dos maiores prejudicados pelo caso é a gestora de recursos norte-americana Pimco.
 
A reportagem do Finacial Times afirma também que os problemas das empresas de Eike Batista já eram conhecidos, e que investidores não foram pegos de surpresa. “Durante a última década, no mercado de títulos corporativos na América Latina, são poucos e menos frequentes casos como a OGX de Eike Batista”, diz o jornal. “O caso foi noticiado com antecedência, e o impacto é tão localizado que, ao contrário de uma onda de vendas causada pelas manchetes, a dívida corporativa da região tende a oferecer recompensa para os compradores”, diz o texto, que compara a saída da OGX do mercado com “uma limpeza do quadro-negro”.
 
O jornal acrescenta que o mercado de títulos corporativos latino-americano já enfrentava alguns problemas antes mesmo da quebra do grupo X, e dá exemplos, como a desaceleração da economia brasileira, a inflação alta e a onda de manifestações pelo país. “Longe de colocar as pessoas para fora, essa combinação de preços mais baixos com o pedido de recuperação judicial da OGX pode atrair uma nova onda de compradores e investidores”, diz a reportagem, que ouviu diversos investidores em dívida brasileira nos EUA (Estados Unidos).
 
Apesar das boas novas, o jornal diz que um dos perdedores foi a gestora de recursos norte-americana Pimco. Em outra reportagem na mesma página, o Financial TImes afirma que o “romance brasileiro se transformou em sofrimento para a Pimco”. “Como maior detentor de títulos de Eike Batista, os gestores da Pimco enfrentam dor de cabeça no Brasil depois de um caso de amor de mais de uma década”, explica a reportagem.

A repiortagem diz que, até o segundo trimestre deste ano, um dos fundos da Pimco vinha subindo posições em papéis emitidos pelas empresas X. Segundo um dos entrevistados do jornal, os gestores teriam subido posições porque havia expectativa de que o grupo X poderia ser socorrido pelo governo.

Com informações do Financial Times

Redação

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