Indústria de transformação reduz participação de cidades no PIB

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As capitais dos Estados voltaram a mostrar menor participação na economia brasileira: segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) de todas as capitais estaduais, somados, correspondiam a 33,4% do PIB brasileiro no ano de 2012. Em 1999, essa soma era de 38,7%. Em 2011, quando as capitais tiveram a segunda menor participação da série histórica, elas eram responsáveis por 33,7% do PIB brasileiro.

O baixo desempenho da indústria de transformação em 2012 foi o principal responsável pelas perdas de participação no PIB brasileiro de São Paulo, que passou de 11,6% para 11,4%, Manaus, de 1,2% para 1,1% e São Bernardo do Campo (SP), de 0,9% para 0,8%. Apesar disso, a capital paulista se manteve como o município que gerou mais renda no país, seguido por Rio de Janeiro (com 5% do PIB nacional) e Brasília (3,9%), ambos com perda de 0,1 ponto percentual em relação a 2011. Em cinco anos, a perda de participação de São Paulo chega a 0,4 ponto percentual. Goiânia (de 0,67% para 0,69%) e Aracaju (de 0,22% nos dois anos) subiram uma posição no ranking das capitais, ultrapassando Vitória (de 0,68% para 0,65%) e Porto Velho (de 0,23% para 0,22%), respectivamente.

Por outro lado, os preços da indústria extrativa apresentaram crescimento significativo. Consequentemente, os municípios cujas economias estavam vinculadas às commodities minerais tiveram ganho de participação superior ao daqueles com indústria diversificada. Foi o caso de Campos dos Goytacazes, cuja participação no PIB nacional passou de 0,9% em 2011 para 1,0% em 2012, Cabo Frio (de 0,23% para 0,28%), Rio das Ostras (de 0,22% para 0,26%), Macaé (de 0,30% para 0,33%) – todos no Rio de Janeiro – e Presidente Kennedy (de 0,10% para 0,12%), no Espírito Santo. Este último se manteve como o maior PIB per capita do país em 2012 (R$ 511.967,24), enquanto o menor foi Curralinho (R$ 2.720,32), no Pará.

Além disso, a geração de renda permaneceu concentrada em 2012, com 5,8% dos municípios (324 dos 5.565) respondendo por 75% do PIB. Destes, seis capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus – correspondiam a 25% do PIB brasileiro. Entretanto, a participação relativa do conjunto das capitais (33,4%)foi a menor de toda a série histórica, iniciada em 1999.

Em 2012, os PIB de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus correspondiam a aproximadamente 25,0% de toda a geração de renda do país. Juntas, estas capitais concentravam 13,6% da população. Agregando a renda de 57 municípios, alcançava-se cerca de metade do PIB nacional e 31,4% da população. Os 1.334 municípios com menor participação no PIB responderam por 1,0% da geração de renda, agregando 3,3% da população. Entre eles, estavam 75,9% dos municípios do Piauí, 61,4% dos municípios da Paraíba, 53,2% dos municípios do Tocantins e 50,9% dos municípios do Rio Grande do Norte.

Excluindo-se as capitais, 11 municípios destacaram-se por gerarem individualmente mais de 0,5% do PIB, agregando 8,7% da renda do país: Campos dos Goytacazes (RJ), com 1%; Guarulhos (SP), com 1%; Campinas (SP), com 1%; Osasco (SP), com 0,9%; Santos (SP), com 0,9%; São Bernardo do Campo (SP), com 0,8%; Barueri (SP), com 0,8%; Betim (MG), com 0,6%; São José dos Campos (SP), com 0,6%; Duque de Caxias (RJ), com 0,6%, e Jundiaí (SP), com 0,5%. De acordo com o IBGE, tais municípios apresentavam grande integração entre a indústria e os serviços.

Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste continuaram se caracterizando por uma dependência dos estados em relação às capitais, sendo a principal verificada no Amazonas: Manaus contribuiu com 77,7% do PIB estadual. A menor dependência ocorreu em Santa Catarina, onde Florianópolis participava com 7,1% da geração de renda estadual. Esta é a única capital fora da primeira posição em seu estado. Itajaí (11,1%) ocupava a primeira posição, seguido de Joinville (10,3%).

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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