Intenção de consumo das famílias sobe 1,3% em janeiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou alta de 1,3% em janeiro na comparação com dezembro, ficando em 77,5 pontos, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O aumento apurado na análise mensal foi observado em todas as faixas de renda, tanto entre as famílias que recebem abaixo de dez salários mínimos (alta de 1%), como as que têm rendimento acima desta faixa (alta de 2,7%). Contudo, a CNC destaca que o índice abaixo dos 100 pontos, numa escala de 0 a 200, ainda indica uma percepção de insatisfação com as condições correntes, evidenciada na queda de 35,3% em relação a janeiro de 2015.

Os sete componentes da pesquisa avançaram na comparação mensal, com destaque para o indicador de Perspectiva profissional, que mede a expectativa em relação ao mercado de trabalho, que cresceu 1,5% e voltou a ficar acima da zona de indiferença, com 100,3 pontos. Até então, o único componente da pesquisa que se mantinha nesse patamar desde setembro de 2015 era o que media o nível de satisfação com o emprego atual.

No comparativo anual, todos os componentes da ICF registraram queda, sendo a maior no que mede o momento para a compra de bens duráveis, que registrou 48,5 pontos – um recuo de 50,1% em relação a janeiro de 2015. A maior parte das famílias, 72,9%, considera o momento desfavorável para a aquisição de duráveis. O componente Nível de consumo atual é o segundo subíndice mais baixo do estudo, com 55,3 pontos – queda de 45,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a CNC, o cenário atual e dos meses anteriores foram marcados pela deterioração nas vendas do comércio. No acumulado dos 11 primeiros meses de 2015, foram fechadas 945 mil vagas formais de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho. Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia, a previsão da CNC é que o volume de vendas do varejo apresente retração de 3,7% em 2016.

“A alta do índice foi influenciada pela melhora nas expectativas para os próximos meses, levando a um aumento da confiança em janeiro. Esse movimento, típico de início de ano, foi puxado principalmente pelos componentes relacionados às perspectivas profissionais e de consumo”, explica Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC, em relatório. A economista diz que, apesar da evolução favorável de janeiro, a ICF está em nível bastante baixo em termos históricos e com tendência de queda quando observado em médias móveis trimestrais. Desde maio de 2015, o índice permanece abaixo dos 100 pontos, indicando uma percepção de insatisfação com a situação atual.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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