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Juros para operações de crédito avançam em julho

Jornal GGN – A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro atingiu 28,4% ao ano em julho, considerando as contratações com recursos livres e direcionados, o que representa um aumento de 0,8 percentual (p.p.) no mês e de 4,2 pontos em doze meses, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.

No crédito livre, o custo médio situou-se em 44,2% a.a., após elevações de 0,8 ponto percentual e 7,2 pontos, nos mesmos períodos. No crédito direcionado, a taxa média alcançou 10,1% ao ano, com aumentos de 0,8 p.p. no mês e 1,9 p.p. em doze meses.

No segmento de pessoas físicas, o custo médio subiu 0,9 pontos no mês e 4,8 pontos em doze meses, situando-se em 36,3% ao ano. Nas contratações com recursos livres, a taxa alcançou 59,5% ao ano (+1,1 ponto percentual no mês), com destaque para os aumentos em crédito pessoal não consignado (1,1 ponto), cartão de crédito rotativo (23,2 pontos) e cheque especial (5,6 pontos). A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou a 395,3% ao ano em julho, índice recorde para a série histórica, iniciada em março de 2011.

A taxa das compras parceladas com juros, de parcelamento de fatura de cartão de crédito e de saques parcelados subiu 1,3 ponto percentual, de junho para julho, e ficou em 119,5% ao ano. A taxa de juros do cheque especial também subiu 5,6 pontos percentuais de junho para julho e ficou em 246,9% ao ano.

No caso do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento), os juros subiram 0,5 ponto percentual, para 27,8% ao ano. Já os juros do crédito para a compra de veículos caiu 0,2 ponto percentual e ficou em 24,5% ao ano. A taxa do crédito renegociado também caiu, 0,7 ponto percentual, para 45,7% ao ano. Quanto ao crédito direcionado, o custo médio das operações com as famílias avançou 0,8 ponto no mês, para 10% ao ano, sobressaindo-se as elevações em crédito rural (2,2 pontos) e em financiamentos imobiliários com taxas reguladas (0,4 ponto).

Nos empréstimos às empresas, a taxa média de juros situou-se em 19,8% ao ano, com elevações de 0,6 ponto no mês e 3,1 pontos em doze meses. Nas operações com recursos livres, o custo médio subiu 0,4 ponto no mês, para 27,9% ao ano, refletindo aumentos em capital de giro (0,5 ponto) e desconto de duplicatas (2,6 pontos). No crédito direcionado, a taxa de juros alcançou 10,2% ao ano, após aumento de 0,7 ponto, destacando-se a elevação de 0,8 ponto nos financiamentos para investimentos com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O spread bancário referente às operações com recursos livres e direcionados aumentou 0,6 ponto no mês e 2,6 pontos em doze meses, alcançando 18,4 pontos percentuais. Os spreads relativos aos segmentos de pessoas físicas e jurídicas situaram-se em 26,1 pontos (+0,8 ponto) e 10,2 pontos (+0,4 ponto), respectivamente. No crédito livre, o spread aumentou 0,8 ponto, atingindo 31,4 pontos percentuais, enquanto no crédito direcionado avançou 0,5 ponto, situando-se em 3,5 pontos percentuais.

A inadimplência das operações de crédito do sistema financeiro, referente a atrasos superiores a noventa dias, correspondeu a 3% da carteira (+0,1 ponto no mês, estável em doze meses). No crédito às famílias, o nível de atrasos alcançou 3,8% (+0,2 ponto percentual no mês), enquanto nas operações com empresas situou-se em 2,4% (+0,1 ponto percentual no mês). No segmento livre, a inadimplência subiu 0,2 pontos, para 4,8%, enquanto no direcionado aumentou 0,1 ponto, alcançando 1,2%.

 

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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