Leilão do pré-sal será feito entre petrolíferas de grande porte

Do Jornal GGN – Um grupo de grandes petrolíferas atuantes em várias partes do mundo já se articula e faz avaliação da área que será oferecida no primeiro leilão do pré-sal no Brasil em outubro, a de Libra.

Aproximadamente 20 empresas devem participar do leilão que é o maior já feito no mundo, o número é inferior ao que havia sido previsto anteriormente por causa do porte do projeto e a necessidade de altos investimentos.

No Brasil, de acordo com especialistas, apenas a Queiroz Galvão e a Barra Energia teriam condições de participar, entretanto, com baixa participação nos consórcios, por causa dos investimentos futuros de bilhões de dólares.

O consultor de petróleo e gás Reynaldo Aloy explica que o número de participantes não será maior devido à dimensão do projeto, que tem um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões a ser pago. “Os valores envolvidos são elevados, principalmente no desenvolvimento do campo, envolvendo tecnologias complexas para a exploração no pré-sal”, disse.

Ele avalia que empresas grandes do setor, como Exxon, Shell, BP, Total, ConocoPhillips e Statoil vão concorrer. Na América Latina, poucas têm bala na agulha, mas a colombiana Ecopetrol deve participar. Empresas de Austrália, Malásia, Rússia, Japão, Índia e China também estarão presentes.

Petrolíferas chinesas

Os executivos acreditam que as quatro grandes petrolíferas chinesas — Sinopec, Sinochem, CNPC e CNOOC — entrarão de modo agressivo no mercado. Algumas atuam no Brasil, como a Sinopec, que fez parceria com a espanhola Repsol; e a Sinochem tem 40% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos.

Na avaliação de Aloísio Araujo, economista e especialista em leilões, as empresas asiáticas estão interessadas no acesso aos insumos, ao contrário das petrolíferas ocidentais, que objetivam o lucro. “As asiáticas querem a garantia do acesso ao petróleo. Por isso, as chinesas não estão preocupadas com os riscos regulatórios, mas é uma preocupação que as outras empresas têm”, destaca ele.

O advogado Fernando Villela, do Siqueira Castro Advogados relata que uma das maiores preocupações das empresas participantes do leilão é quanto à interferência da Petróleo Pré-sal SA (PPSA), estatal que será criada para comandar a exploração e produção entre as empresas. Ele aponta que o problema está em que a PPSA irá participar do consórcio, interferir em sua gestão, mas sem assumir riscos nem gastos, o que faz com que as empresas avaliem com cautela o interesse pela oferta.

Pelo regime de partilha, a Petrobras terá uma participação obrigatória mínima de 30% no consórcio vencedor. Mas poderá entrar em um consórcio no leilão, com uma participação maior.

*Com informações do jornal O Globo

Redação

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