Maioria dos empresários do varejo não pretendem contratar temporários

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A época do final de ano não deve ser positiva para os empresários dos setores do comércio varejista e de serviços: levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que nove em cada dez (88%) empresários não contrataram nem pretendem contratar funcionários para reforçar o quadro das empresas nessa época. Apenas 7% afirmaram que não contrataram, mas ainda o farão.

Entre os empresários que não pretendem contratar, quase metade afirmou que sua equipe de trabalho será suficiente, eliminando a necessidade de mais funcionários: 49% alegam que estão satisfeitos com a equipe e que ela consegue atender o volume de clientes; outros 11% afirmam estarem inseguros devido a um histórico de vendas retraídas esse ano, inclusive em datas comemorativas. Estimativa do SPC Brasil e a CNDL mostram que 24.427 vagas temporárias serão criadas no final de 2015.

“A análise pessimista da economia brasileira nos últimos meses têm afetado as expectativas de vendas dos empresários dos setores de comércio varejista e serviços em 2015”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Para ela, a retração esperada para o PIB, o aumento da inflação, a corrosão do poder de compra das famílias, a desvalorização do real e a deterioração dos níveis de emprego contribuem para um clima geral de desconfiança e pessimismo. Considerando o faturamento dos últimos três meses terminados em agosto, praticamente a metade da amostra (48%) afirma que os resultados ficaram abaixo do esperado.

A maior parte dos empresários entrevistados na pesquisa está pessimista: para 45% da amostra, os resultados das vendas em 2015 serão piores que no ano passado; e outros 28% acreditam em níveis de venda iguais a 2014. Entre as principais razões para essa baixa expectativa das vendas estão: mudanças na política e no cenário econômico atual (32%); o desemprego (20%); e a inflação alta e diminuição no poder de compra das famílias (16%). “Os empresários entendem claramente que o ambiente econômico desfavorável inibe o consumo e faz com que muitos consumidores repensem seus hábitos de compra, a fim de enfrentar a crise”, explica a economista.

Em nota, o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a conjuntura econômica atual pode estar deixando os empresários com pé atrás na hora de gastar com novas contratações. “Em sua maioria, os empresários brasileiros dos setores de comércio varejista e serviços estão pessimistas com relação à economia do país e isso produz impactos diretos na expectativa deles para o final do ano”, afirma Pinheiro. “O empresariado imagina que os resultados do Natal, a principal data comemorativa em número de vendas e faturamento, serão ruins, o que os impede de investir em infraestrutura e, principalmente, desestimula a contratação de mão de obra.”

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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