Número de recuperações judiciais bate recorde no ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O número de recuperações judiciais requeridas entre janeiro e setembro de 2015 é 44,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo indicador apurado pela consultoria Serasa Experian. Ao todo, foram 913 ocorrências contra 631 apuradas nos nove primeiros meses de 2014. O resultado também é considerado recorde para o acumulado dos nove primeiros meses do ano desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho/2005).

As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a setembro de 2015, com 466 pedidos, seguidas pelas médias (277) e pelas grandes empresas (170).

Na análise mês a mês, o levantamento da consultoria também verificou aumento de requerimentos de recuperação judicial em setembro em relação a agosto, passando de 139 para 147, um aumento de 5,8%. Já na comparação entre setembro/2015 e setembro/2014 a alta foi de 63,3%,passando de 90 para 147. Na verificação mensal de agosto, as MPEs também ficaram na frente com 73 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 49, e as grandes com 25.

Ao mesmo tempo, o período de janeiro a setembro apontou o registro de 1.326 pedidos de falências no país, um aumento de 5% em relação a igual período de 2014, quando foram registrados 1.263. Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a setembro de 2015, 691 foram de micro e pequenas empresas (de janeiro a setembro/2014 o número foi de 640); 310 de médias empresas (em igual período do ano passado, 312) e 325 pedidos de grandes empresas (em 2014, 311).

Ainda segundo o indicador, foram requeridas 170 falências durante o mês de setembro, queda de 8,1% em relação ao mês anterior, quando ocorreram 185 solicitações. Em relação a setembro/2014 (com 181 falências requeridas) o decréscimo foi de 6,1%. As micro e pequenas empresas foram responsáveis pelo maior número de pedidos de falência em setembro, com 93 registros. Em seguida, as empresas médias, com 43 solicitações, e as grandes com 34.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, “a alta do dólar, das taxas de juros e o aprofundamento da recessão econômica estão prejudicando a solvência financeira das empresas, seja por pressões de custos, seja por queda na geração de caixa. Assim, o crescimento do número de requerimentos de recuperações judiciais reflete este quadro de maiores dificuldades”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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