Pesquisa mostra piora no otimismo do empresariado brasileiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os empresários brasileiros mostram bastante pessimismo com os prognósticos com relação à economia dos próximos doze meses: pesquisa elaborada pela consultoria Grant Thornton mostra que otimismo dos executivos registrou o pior índice na história, fechando o primeiro trimestre de 2015 com um balanço pessimista de -18%, depois do resultado otimista do quarto trimestre de 2014 de 13%. Em relação aos últimos três meses de 2014, a queda foi de 31 pontos percentuais.

O Brasil ocupa a 33º posição no ranking do International Business Report (IBR) elaborado pela consultoria, ficando acima apenas da Armênia, Malásia e Argentina. O estudo, que é trimestral, foi realizado com 10 mil empresas de 36 países, sendo 300 companhias brasileiras dos mais diversos setores da economia. 

A incerteza econômica foi apontada pelos entrevistados como a principal restrição para o crescimento. Para a maioria dos executivos brasileiros (64%), tal instabilidade vai trazer preocupações nas perspectivas de crescimento localmente.  O aumento do custo da energia também foi apontado por 59% dos empresários como um fator de risco do País. Já para 45% dos executivos, as mudanças na taxa de câmbio com a alta valorização do dólar contribuem para um cenário econômico cada vez mais instável. As expectativas para exportações não são otimistas apenas 10% acreditam que as vendas irão melhorar.

Globalmente, o índice de otimismo foi de 33% no primeiro trimestre de 2015, queda de dois pontos percentuais em relação ao último trimestre. Os desempenhos melhoraram na União Europeia e na Ásia, com um aumento de 14 e 4 pontos percentuais, respectivamente, em comparação com o último trimestre de 2014. Já a América Latina, que teve queda de 16 pontos, é a região que explica a baixa dos índices globais, principalmente por conta dos cenários negativos na Argentina e Brasil.

Em nota, a consultoria diz que a crise política, os escândalos de corrupção, os problemas hídricos e o reajuste no custo da energia são algumas das razões para que os empresários se sintam pessimistas em relação ao Brasil para os próximos doze meses.

O estudo mostra que os países mais otimistas neste trimestre são: Irlanda (92%), Índia (89%), Filipinas (86%), Holanda (78%) e Indonésia (68%). Entre os menos otimistas estão Argentina (-38%), Malásia (-32%) e Armênia (-32%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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